Just Walk - SVTFOE & Gravity Falls Fanfic

13. Não aguento mais! Foi horrível...

N/A: Leiam o cap com esta música! Vai tornar tudo mais emocionante. Boa leitura <3
E por favor leiam as notas finais que tem um recado MUITO importante!!! Obrigada :D

Star P.O.V.

Depois da minha contagem, assim que abri a porta, vislumbrei mais uma vez as salas do castelo de Mewni. Um aperto no coração ao relembrar o dia da morte do meu pai fez-me pensar duas vezes antes de avançar por entre as memórias e explorar. Respirei fundo e dei os primeiros passos a medo. Algo me dizia que não era seguro estar ali. Mesmo assim continuei e apressei-me pelo corredor fora.

Do nada, as paredes mudaram de posição juntamente com a mobília. Sem qualquer tipo de movimento brusco, o que antes era a porta do meu quarto, era agora a sala do trono.

Ao fundo, erguia-se o trono propriamente dito. Junto a ele, um vulto monstruoso de mais para ser humano ou mewmano andava de um lado para o outro. A sua voz deu-me volta ao estômago. Um desejo estranho de vingança perseguiu-me. As lembranças que tinha com o Toffee nunca foram boas. Eram mentiras atrás de mentiras, mas ele acabava sempre por ganhar o respeito e a atenção de todos.

Ele virou-se repentinamente olhando na minha direção. Escondi-me atrás de um dos pilares enormes e frios daquela divisão que me fazia sofrer de cada vez que pensava em como tinha sido desastroso e perturbador o desaparecimento do meu progenitor. Raiva apoderou-se do meu ser sem eu me aperceber disso. Queria voltar a tê-lo ao meu lado nas noites mais difíceis, a celebrar mais um ano juntos e... Lágrimas encheram os meus olhos e não paravam. Eu não queria parar de chorar. Eu não queria esquecer.

Memórias da minha família invadiram a minha mente. Perguntas sem sentido deram voltas sem fim por entre todas as respostas possíveis, mas nada credíveis. O desespero consumiu-me e desejei dar o mesmo tratamento que o Toffee dera ao meu querido papá: a morte. Um punhal surgiu por entre os meus dedos trémulos. Estava indecisa. Sabia que era errado, porém não conseguia ver uma melhor solução. A tristeza por o ter perdido, a raiva por não ter conseguido ajudar, a mágoa que sentia ao olhar para aquele monstro... Eu estava descontrolada e a única coisa que queria era ver o meu padrasto sumir por entre a dor impiedosa.

Olhei novamente para a pequena espada. O meu reflexo deixava transparecer o meu pânico. O cansaço era bastante também. Tinha olheiras e não conseguia estar quieta por um segundo que fosse. Tinha de tomar uma decisão rapidamente.

Estava tão embrenhada nos meus pensamentos que nem dei conta que o novo rei se deslocava para a saída. Não perdi mais tempo. Avancei rapidamente com o punhal tremelicando na minha mão suada. Tinha medo que ele me apanhasse e me prendesse, mas já estava perto demais para desistir. Espetei a minha arma na barriga do Toffee. Tudo se movia em câmara lenta. A lâmina aguçada perfurava a pele escamosa fazendo-o gritar de dor. Pressionei a cabo do punhal para ir mais fundo. Tudo o que via em meu redor era sangue. Os gritos do lagarto eram mais fortes com o passar do tempo. Fechei os olhos e senti a minha pulsação ficar ainda mais acelerada. Apercebi-me de que tinha ido longe de mais. Sou uma assassina!, pensei. Apesar de que me sentia... Satisfeita. Sentia as minhas mãos mais quentes e o meu coração batia desesperadamente. Todo o ar saíra dos pulmões da vítima. Ele ofegava sem um compasso certo.

Finalmente, tive coragem de abrir os olhos e enfrentar a sua cara repleta de sofrimento. Lentamente, os meus olhos foram se apercebendo das formas. Uma sombra alourada olhava-me assustada.

Não, não pode ser verdade... NÃO! O que é que eu fui fazer?

Recuei arrancando o punhal da sua barriga. O vulto encolheu-se demonstrando a sua agonia. A faca escorregou-me das mãos e fez um tilintar ao cair no chão. A arma estava manchada com aquele líquido vermelho e quente. Levei as mãos à cara e não conseguia controlar a quantidade de lágrimas que caíam. O cheiro a metal que o sangue que estava nas minhas mãos possuía fazia-me perder o controlo do meu próprio corpo.