Capítulo 21

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Hi, amores
... Eu não sei fazer essas capas de capítulos, então sorry se ficou meio bulgado
Acharam o Jásper bonito?? (sinceramente)

É parecido com a Perrie né?? (Espero que tenham fumado uns cinco baseados e achem que sim)

Boa leitura, Loves 💙💚

Preso em seus próprios devaneios, Louis ensaboava alguns pratos com a intenção de lavá-los quando um corpo esguio encostou-se em suas costas. Seu coração acelerou e com o susto, acabou por deixar um copo escorregar e cair dentro da pia, espatifando-se em alguns pedaços. Não precisou se virar para saber quem era, o cheiro de cafeína se denunciara só.

Engoliu em seco, o sangue gelando e um calafrio percorrendo seu corpo ao perceber que encontrava-se encurralado contra aquele corpo, que estava quase que colado ao seu. Tomou uma lufada de ar, fechando os olhos com força ao sentir Jásper encostar-se a seu corpo, percorrendo o nariz por sua nuca e pressionando o membro em suas nádegas. Segurou firme na pia, seus dedos esbranquiçados nas pontas e uma sensação ruim percorrendo seu organismo. Um dos braços alheios envolveu-se em sua cintura, suas mãos suaram e uma ânsia o atingiu repentinamente. Desvencilhou-se dos toques em um ato rápido, mas sendo preso quando um de seus braços impediu sua passagem para longe. Encarou os olhos alheios, domados por um sentimento obscuro o qual ele distinguiria como ódio, se essa não fosse uma palavra forte demais. Suas pupilas possuíam um tom escuro, que se tornava cada vez mais predominante e seu porte pareia aumentar ainda mais.

— Jásper... Por favor. — Depositou uma mão em sua barriga, olhando suplicante para o amigo, que apenas rosnou algo em réplica. A respiração alheia colidia em sua bochecha, e a boca do outro se aproximava cada vez mais. Era claro que ele não teria chances contra um alfa, ainda mais sozinho. Debbie e sua mãe haviam saído e Perrie encontrava-se em um sono pesado demais para acordar com seus gritos, que chegariam baixos e suaves no andar de cima. Não entendia o que estava acontecendo, mas parecia que Jásper estava em uma espécie de transe, e isso era o que mais o afligia, porque sabia que em seu estado normal, o amigo nunca agiria daquela forma. Deu um curto passo para trás, tombando no balcão gélido da pia. Seu corpo foi pressionado um pouco mais, o coração acelerando quando foi tocado pelas mãos grotescas na cintura. — Jásper... Sou eu, Louis. O seu Louis, seu Pequeno. — Tocou em seu rosto com as pontas dos dedos em um gesto amoroso, olhando profundamente para seus olhos, que ganhavam cada vez mais a coloração preta, perdendo aos poucos o azul. Um rosnado soou alto e em resposta a ele, Louis colocou as mãos em seus ouvidos, fazendo uma expressão dolorosa ao ouvir o tom grotesco, encolhendo-se enquanto seus tímpanos doíam com o som animal.

Ao vê-lo se encolher com uma face dolorosa e assustada, algo dentro de si pareceu se acender, fazendo-o mudar completamente a expressão, que passou a ser algo mais relaxado. Fechou os olhos e quando suas pálpebras se abriram, suas íris estavam na cor normal novamente, com o azul predominante. Um suspiro aliviado escapou dos lábios de Louis, que sabia que o que havia acabado de acontecer era um acesso a raiva, que especialmente em alfas, deixavam-nos sem o controle da mente, que era manipulada pelo lobo interior.

— L-Louis... Me desculpa, por favor! E-Eu não estava lúcido... Me desculpa, mesmo! — Pediu frustrado, afastando-se do menor. Sentiu compulsão por si mesmo, não podia acreditar que iria machucar o seu amor. Caso algo de ruim acontece a Louis por sua causa, ele não sabia sequer o que fazer. — Droga! — Afastou-se do corpo pequeno, jogando um vaso com flores na parede, vendo-o se partir em pedaços e cair com força no chão, separando-se ainda mais em cacos. Apoiou os braços no mármore do balcão, fechando os olhos enquanto a raiva se alastrava por seu corpo. Louis encolheu-se com o ato brutal, afagando em um gesto protetor sua barriga enquanto aproximava-se de Jásper. Sabia que o que estava acontecendo era por sua culpa, e era seu dever ajudá-lo. Encostou sua mão suavemente nas costas contraídas, que moviam-se conforme sua respiração pesada, vendo-o olhar por cima dos ombros e depois voltar a encarar o nada novamente. — Acho melhor você não se aproximar. Não estou em um dos melhores momentos agora. — Murmurou com a voz rouca, temendo machucá-lo caso voltasse a ter outro acesso à raiva. A morte do pai e o amor reprimido por Louis estavam afetando seu emocional, mexendo com todos os seus hormônios e ativando seu lado mais resistente, seu lobo interior. Isso acontecia quando o lado humano não conseguia ser forte o suficiente para suportar todos os sentimentos, acabando por se desligar e "ativar" o lado mais forte, seu lado animal, que ao entrar em ação era quase indomável.

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