Devil In Me | Negan |

01 ▪ Never trust

■Rose e Charlie na foto■

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Rosie's pov

Sobreviver.
É disso que tudo se trata agora, sobreviver.

Observo a cidade destruída pela enorme janela de vidro, do pequeno prédio que um dia foi habitado. O cenário e terrível, caminhantes vagam sem rumo, veículos abandonados às pressas ocupam grande parte das ruas e tudo parece um filme de terror. É impressionante como as coisas chegaram a esse ponto. A estranha doença, que fazia as pessoas voltarem a vida, fugiu completamente do controle das autoridades. Até que as pessoas tiveram de se virar sozinhas, com o que possuiam. E agora já não há mais nada, governo ou abrigo, nada além de alguns sobreviventes que ainda persistem, no mundo destruído, em busca de um novo começo. Eu sou uma das sobreviventes.

Ouço um barulho vindo de perto, que me faz tirar o olhar da visão apavorante. Procuro por alguma coisa no cômodo que estou, nada. Esse é mais um dos aao apartamentos em que procuro por suprimentos, sei que a cidade não é o lugar mais seguro, mas é o melhor para conseguir coisas necessárias. Então é o que faço, percorro toda a cidade silenciosamente, indo em cada prédio que se encontra pelo menos parcialmente sem zumbis. Vem dado certo até agora.
Caminho para o corredor, com o barulho cada vez mais próximo. Pego a minha faca e seguro com força antes de entrar no último cômodo.

-Meu Deus, Rosie!-Charlie grita assustada quando pulo na sua direção com a faca.

-Ah, desculpa. Pensei que estivesse verificando os quartos.-respondo ainda com a arma em mãos, atenta para qualquer movimento.

-Nada.-ela comenta desanimada, seguindo para um armário e abrindo-o. Encontra uma garrafa de energético e me mostra, logo em seguida colocando na mochila.

Também procuro por algo, sem sorte.

-Está anoitecendo. Acho que podemos passar a noite aqui.-digo com um pequeno sorriso.

Dormir numa cama de verdade é muito melhor do que dormir na floresta ou em um carro, e esse é o único apartamento em condições razoáveis que encontramos em dias. Relaxo com a idéia de dormir confortavelmente.

-Ainda bem.-ela fala animada, indo para um dos quartos.-Não aguento mais dormir naquele carro.

-É, mas ele ainda é melhor do que dormir na floresta.-digo rindo, abro um pacote de bolachas e sento com ela na cama.

-Isso é.- a garota ri, pegando um punhado, e se deita com a cabeça em meu colo.

Charlie é como a irmã mais nova que eu nunca tive, irritante às vezes e sempre alegre, apesar de tudo. Tive sorte de encontrá-la nesse mundo, não sei se conseguiria sozinha. Perdi coisas demais.
Entrego o pacote à ela e me concentro em mexer no seu longo cabelo loiro.

-Está ouvindo?-ela me pergunta num sussurro, depois de poucos instantes de paz.

O conhecido som de um zumbi batento contra a porta ecoa pelo apartamento, suspiro cansada e falo:

-Nos encontraram.

Charlie se levanta com um lamento e eu a sigo até a porta de entrada. Ela destrava a arma, pronta para uma emergência, enquanto seguro a faca. "É só um." murmuro muito baixo, depois de olhar no olho mágico. Respiro fundo e abro a porta, dando espaço para o caminhante entrar, com um braço o empurro contra a parede e enfio a faca em seu crânio. Arrasto o corpo do zumbi para fora, olho para os dois lados do corredor para verificar se tem mais deles e para a minha tristeza surgem mais três, e logo mais dois. Uma pequena horda vêm em direção da porta, pelo apertado corredor. Fecho a porta rapidamente.
Não temos armas nem condições de lutar com uma horda.

-Tem uma horda vindo.-aviso para Charlie, pego a mochila e percebo que a expressão da garota fica assustada.-Vamos ficar bem, certo?-pergunto olhando em seus olhos. Ela assente pouco confiante e as batidas dos malditos contra a porta começam, junto dos gemidos.-Rápido.

Saio pela janela, para a escada de incêndio e ajudo Charlie. Sem uma palavra descemos todos os andares, com cuidado de não chamar a atenção de nenhum zumbi logo abaixo de nós. Conseguimos certa prática nas diversas buscas pela cidade.

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Já no carro, conto as balas restantes.
7 balas, à noite e no meio da cidade. Tranquilizo Charlie, na mera tentativa de me tranquilizar também. Nunca ficamos tão expostas, sempre encontramos uma maneira de ir para uma estrada menos movimentada se não achamos nenhum lugar. Mas não temos chance aqui.
Dou a partida no veículo e dirijo com os faróis baixos na confusão de corpos pútridos que são as ruas. Meio tanque dá facilmente para chegar no abrigo, que é o nosso local seguro e ponto de encontro, numa das construções mais antigas e afastadas do centro.

-Essas ruas são assustadoras para caramba.-ela fala me encarando, com a faca firme em mãos.

-Elas são. Mas precisamos ser corajosas, e daqui a pouco chegamos no abrigo.-respondo com mais segurança do que realmente sinto.

-Socorro! Alguém me ajude, por favor.-gritos desesperados vêm de uma esquina.

Me aproximo com o carro, o suficiente para ver um homem sendo atacado por zumbis. Meu olhar vai da cena para Charlie, então volta para a cena. Penso entre continuar o caminho e deixar ele morrer, mas esse mundo não me deixou assim tão fria ainda, ou talvez eu seja apenas incrivelmente burra.

-Ah, não. Você não vai inventar de ajudar ele. Não, Rosie.-Charlie fala nervosa.-Isso é suicídio. Não, não!

-Atire em qualquer coisa que se aproximar.-digo entregando a pistola para ela, a abraço e dou um breve sorriso.

-Isso não vai acabar bem.-Charlie insiste.

Abro a porta.

-Não me deixe aqui sozinha!-ela grita com o olhar assustado.

Peço para ela ficar calma e fecho a porta do carro, deixando-a.

Com a beretta, carregada de três balas, ando pela rua escura à caminho do homem sendo atacado. Atiro em um zumbi, e logo quando iria atingir o segundo percebo algo atrás de mim. Viro dou de cara com um grupo de pessoas se aproximando. Uma armadilha. Antes que eu possa fazer alguma coisa sou atingida.
Então tudo fica escuro.

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Oii genteee!
Como vocês estão?
Criei essa outra história e espero que gostem❤
Ela é uma personagem bem misteriosa, vamos descobrir mais sobre o seu passado nos flashbacks.
Comentem e votem muitooo
Amo vocês! ❤