O Natal em Asville

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Asville era uma cidade pequena no interior do Estado de Brih

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Asville era uma cidade pequena no interior do Estado de Brih. Lá moravam homens, mulheres, desde idosos até crianças. 

Ah! As crianças... Elas possuíam uma energia infindável e pura. Era como se elas não tivessem fim para a imaginação.  Quase todas eram impetuosas, espontâneas e brincavam umas com as outras. Porém, uma criança era diferente das demais, esta criança não gostava de brincar com os demais devido à sua limitação de nascença. Confundiam até sobre sua idade e se era mais nova que seu irmão mais novo! A jovem Zuru havia nascido com nanismo.

Zuru tinha cabelos escuros e cacheados, a pele clara e seus olhos castanhos que quando estavam no sol se tornavam cor de mel. Ela era alegre e divertida, sabia brincar de várias coisas, mas logo após os 10 anos de idade as coisas começaram a ficar mais difíceis para ela. Alguns colegas queriam brincar em determinados brinquedos que ao passar do tempo, ela já não conseguia alcança-los.  Então, Zuru começou a inventar suas próprias brincadeiras dentro de casa, fazendo com que desta forma não precisasse passar qualquer constrangimento com os colegas. 

Desde então a vida da garota de Asville se tornara solitária apesar do semblante alegre em seu rosto. Contudo, havia uma data que Zuru esperava ansiosa e que ela poderia sair de casa e brincar com a neve, fantasiar coisas e fazer pedidos para ela.

Esta época era o Natal, e a menina de dez anos de idade iria fazer onze no dia vinte e cinco de dezembro. Era o momento em que ela fazia sua carta para o Papai Noel e pedia com toda sua força para que ele atendesse seu pedido — ganhar pernas de pau—, para que ela pudesse ter a mesma altura que seus amigos e voltar a brincar com todos que ela tanto gostava.

Então, o dia esperado chegou. Zuru se agasalhou com sua melhor roupa de frio e uma bota linda para poder brincar na neve.  À noite o Papai Noel iria entregar os presentes. Dito isto, a garotinha continuava brincando na neve e esperando ansiosamente pelo seu pedido especial. 

Seu aniversário foi alegre, muitas coisas gostosas, a lareira acesa e uma  música de um disco de vinil tocando ao fundo através de uma vitrola antiga. Zuru teve o cuidado de colocar sua carta bem pertinho da lareira, lugar onde o Papai Noel iria chegar e que pudesse ler sua cara de imediato.

O dia foi se findando e a noite em Asville chegou. Seus pais continuaram distribuindo bebidas quentes e alimento para os convidados da noite, enquanto Zuru ficava em seu quarto brincando com suas bonecas e contando histórias sobre o dia que ela tanto amava. Não demorou muito tempo até que a noite de natal terminasse e os convidados fossem embora.  Os pais da garotinha recolheram os objetos e arrumaram a casa para quando o Papai Noel chegasse, a casa não estivesse uma bagunça.

E o Papai Noel chegou, leu a carta de Zuru e com lágrimas caindo pelo seu rosto e sua barba branca, o velhinho foi em direção ao quarto da adorável menina.

Apesar da ansiedade e animação para que ela recebesse o presente do Papai Noel, Zuru sabia que precisava dormir para que ele entregasse o que ela queria.  E foi então que ao invés de pernas de pau, o amado velhinho fez uma carta para a linda menina.

''Querida Zuru,
Hoje cheguei em sua casa e li sua preciosa carta que havia deixado para mim. Fiquei extremamente feliz por ter sido uma garota obediente todos os dias. Mas quero te dizer que um dos presentes que me pediu, não vou poder lhe dar. Pois você já possui duas pernas, e com elas você consegue brincar, pular, correr e ser feliz como qualquer amiguinho que você tenha. Por isso minha querida Zuru, não é necessário que você tenha pernas de pau para ser mais alta, desde que seus sonhos e seu coração atinja os dos outros com todo o seu amor e inocência. Com todo o carinho,
Papai Noel."

Esta carta foi deixada embaixo do travesseiro de Zuru, e o bom velhinho saiu do quarto e foi em direção ao quarto dos pais da menina. Lá ele começou a retirar sua bota, seu cinto, sua blusa vermelha e sua barba branca. Na verdade o tão esperado Papai Noel, era o pai de Zuru e sentado em sua cama, pouco antes de se deitar, ele olhou para a janela e viu uma estrela enorme no alto de uma montanha e com uma coloração que lembrava um rosa claro.

No fim, apesar de não acreditar em Papai Noel, ele estava fazendo o seu pedido de Natal para que a sua querida filha amanhecesse alegre e contente por ser do jeito que é. 

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