Luxúria | A GOSSIP GIRL INSPIRED FIC - Livro 1

Trouble | Cap. 6

Após observar toda aquela maldita encenação de Lorenzo, resolvi relaxar. Acho que não é hoje que eu conquisto o coração, ou só um pouco da atenção e da grana, do cara mais rico de Manhattan. Desisto!

Florence, que antes estava a conversar comigo, fora embora. Nixie, provavelmente, estava dando em cima de alguém, ou tentando aumentar a sua influência no meio dessa galera. E eu? Eu só estava sentada naquele banco do barzinho, pensando na minha vida, em Lucca, George, no quanto eu não significo nada. Sim, crises existenciais. Até mesmos nós, os ricos, temos crises como essas.

- Mais uma dose de vodka para a senhorita Di Ricci - o bartender me olhou, entregando a dose.

Peguei meu celular, chequei minhas redes sociais por míseros dois minutos, enquanto bebia a dose devagar.

- Você parece triste. Não virou sua dose... - o bartender falou, enquanto secava alguns copos. - Percebi que você estava observando o Sr. Smith. - assumiu.

Olhei para ele séria, sem dizer uma palavra, e assenti com a cabeça.

- Ele é assim mesmo, Cecília. - entregou uma cerveja para outra pessoa. - Quer uma dica? Ele adora caipirinha. Talvez se você pedir uma pra ele, ele te note. Ou talvez não. Ele pode ser difícil.

- Eu só queria atenção de alguém, por uma mísera noite! - falei baixinho. - Estou cansada de não ter algo fixo. - bufei. - Minha vida é difícil!

- Calma! - me deu um copo de cerveja. - Toma isso, respira fundo, que vai dar tudo certo! - piscou.

É. Quem diria, hein? Cecília Di Ricci pedindo, e recebendo, conselho, de um bartender. A que nível chegamos? Talvez no fundo do poço. Ou talvez estejamos saindo dele.

*

Duas horas depois, toda a minha tristeza e solidão pareciam ter ido embora. Eu estava dançando com um cara que eu, claramente, não conhecia. Já estava me sentindo momentaneamente completa, segura comigo, divertida, e tudo mais.

- Cece? - Nixie falava alto no meu ouvido.

- Sim???

- Estou indo embora. Arrumei uma companhia para hoje. - fez uma pausa - Precisando ir pra minha casa, vá! - beijou minha bochecha e desapareceu no meio de tanta gente.

Agora que a Nixie me deixou, só me resta curtir essa festa da melhor maneira possível. Mas é claro que eu vou viver o hoje como se não houvesse amanhã. Essa é, claramente, uma das melhores desculpas para poder beijar e pegar quantas pessoas você quiser, beber até não aguentar mais, fazer tudo que você tem certeza que tem direito!

- Qual seu nome? - perguntei ao cara que dançava comigo.

- Patrick White. - sorriu- e você é a famigerada Cecília Di Ricci!

- Sim, sou eu. - ri e o olhei - Mas por quê famigerada?

- Ah, os caras da elite acham que você é o tipo de mulher perfeita, sabe? - pegou na minha cintura- Sensual, linda, divertida, que daria uma ótima namorada.

- Eu sou um objetivo de vida de vocês? - arqueei a sobrancelha esquerda.

- Quase isso.

O celular dele tocou, de repente. E ele saiu andando para um canto da festa para atender. Graças a Deus que tocou. Já estava ficando sem graça com esse assunto de eu ser um objetivo de vida pros homens da elite Nova-iorquina.

- Olá, maior objetivo da minha vida!

Lorenzo sussurrou em meu ouvido, fazendo-me arrepiar todo o corpo. Eu consegui! Eu chamei atenção da pessoa que mais me interessa.

- Lorenzo, oi. - sorri sem graça. - Estou adorando a festa! - olhei nos olhos dele. Eram castanhos como avelã.

- Estou feliz por ver você aqui. - sorriu e me puxou até o barzinho. - Percebi a sua tentativa de flertar comigo durante toda a festa. Você é insistente. Me chamou a atenção.

O bartender nos entregou as caipirinhas, e piscou para mim disfarçadamente. Valeu mesmo, cara. Te devo essa.

- Só queria conversar um pouco. - mexi o pedaço de limão, no copo, com o canudinho.

- Não gosto de muita conversinha. Sou muito mais de ação. - sorriu malicioso e mordeu o lábio inferior. - Quer conhecer meu escritório pessoal?

Orra, meu querido, mas é claro que eu quero. Eu não vim aqui à toa, não. Que pergunta com resposta mais óbvia.

- Seria uma honra.

Ele me deu a mão, e me guiou até o escritório pessoal dele, que ficava no segundo andar da cobertura.