Je Veux Te Voir | Cap. 5

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Desabotoei sua camisa devagar, ainda o beijando. Ele passou delicadamente sua mão no meu rosto. E eu parei o beijo, olhando-o.

- Sentiu saudade disso tudo? - sussurrou no meu ouvido.

Por alguns instantes, hesitei em contar a verdade para ele. Dizer que tive um breve romance com um cara chamado Lucca, que me lembrava ele, exceto pelo cabelo, a cor do mesmo e a altura. Mas não contarei. Voltei para NYC, não é? Serei a Cecília Di Ricci de antes: mentirosa, vadia, festeira, rica, cínica. Eu prometi a mim que, de alguma
maneira, voltaria a ser quem eu era, e esse momento de recomeçar tudo isso é agora!

- Senti, sim! - olhei nos olhos dele, pois sabia que era seu ponto fraco.

- Você sabe que seus olhos fazem parte do meu principal ponto fraco, e ainda me provoca. - me selou. - Seu olhar é muito poderoso, Cecília.

Sorri e senti sua mão indo em direção ao fecho do meu sutiã, abrindo o mesmo e jogando meu sutiã em um canto do quarto.

Os beijos que antes eram dados em minha boca, agora passavam por meu pescoço, clavícula, e, finalmente, meu peito. Não bastou um, dois, vários beijos. Ele ainda tinha que me provocar mais, chupando o mesmo; e com a outra mão, apertava o esquerdo.

Arrepios tomavam conta de mim naquele momento. Eu sei que você, leitor, nesse momento está sentindo esses arrepios, está se colocando no meu lugar, ou até imaginando, o quanto isso deve ter sido bom. E foi mesmo. Até a Srª Prado aparecer.

- Nixie, querida, trouxe seus cupcakes preferidos! - disse abrindo a porta e nos avistando. - Cecília do céu!

Ela fechou a porta rapidamente e eu ri. Mas ri mais de nervoso, do que de graça. Se fosse para passar raiva, eu ficava em casa!
Afastei George para outro canto da cama e coloquei um blusão da Nixie. Fui em direção à cozinha, onde a mãe de Dominique estava.

- Oi, tia Valentina. - ri, olhando ela tomando um pouco d'água. - Está tudo bem?

- Sim, Cece. Só estou um pouco chocada com o que vi ali. - Colocou o copo na ilha da cozinha e me olhou. - Nixie não me avisou que estava aqui.

- Jura? - franzi a testa.

- Sim, mas tudo bem. Só vim trazer uns cupcakes para Nixie. - fez uma pausa curta - Você sabe que eu não ligo se você, ou Dominique, traz alguém até aqui, ou até mesmo dão festas. - suspirou - Prefiro deixar, sabendo o que vocês estão fazendo, do que prender, e vocês fazerem coisas escondidas.

- Obrigada por ser assim, tia! - a abracei e sorri - Vou voltar para lá, mas não para fazer isso, sabe. Mais tarde eu posso terminar. - mandei um beijo para ela e fui de volta até o quarto.

Poxa, eu sou queria que a Dona Marina Di Ricci fosse um tanto com Valentina Prado. Um pouquinho mais de amor e liberdade seria o suficiente para ela ser a mãe perfeita. A mãe que eu sempre sonhei. Até mesmo que meu irmão sonhou. Mas deixa isso para lá; Hoje é dia de festejar, de reviver momentos, celebrar novos e encher a cara.

De volta ao quarto, sento na cama, ao lado de George e o olho por alguns instantes.

- A gente pode terminar isso mais tarde? - passei a mão em seus cabelos levemente cacheados.

- Claro. Quando quiser. - olhou pro relógio no pulso e levantou, colocando sua camisa e abotoando a mesma. - Agora, preciso ir. Tenho algumas coisas para resolver.

Veio até minha direção, me fazendo levantar para abraça-lo. Aquele abraço apertado fazia eu fechar os olhos por instantes, que pareciam eternos, e sentir seu cheiro amadeirado de Clive Christian C for Men. Ele não precisava de muito para acabar com meu psicológico. Às vezes, só um abraço era necessário para isso.

- Tchau, Cece. - me olhou e foi-se embora.

Assim que ele saiu, fui em direção ao banheiro e abri a água da banheira, deixando-a encher por completo. Graças a Deus, finalmente, um banho digno de demorar, pelo menos 15 minutos, sem ter alguém para me incomodar. Provavelmente, à essas horas, Valentina já voltou para loja - assim espero. Peguei meu Macbook e coloquei para tocar Yelle - Je Veux Te Voir. Vocês já viram a tradução dessa música? Espero que não, porque é pesada.

Fechei meus olhos por cinco minutos, sentindo aquela água quente sobre minha pele. Um banho relaxante como esse é sempre bom de vez em quando, okay, pessoal?
Saí dali com um roupão rosa de Nixie, e vesti meu vestido. Olhei no espelho, e, nossa, mais uma vez eu me senti como a Cece de antes. Um pouco de rímel, sombra escura, um batom nude, e estou pronta; todavia, ainda esperando a noiva Dominique. Cadê ela?

- Chegueeeeeeei. Cheguei chegando, bagunçando a porra toda. E que se dane, eu quero mais é que se foda. - ela se jogou na cama enquanto cantava.

- Quem canta isso, e de onde isso é? - arregalei os olhos.

- Hummm, acho que é da Espanha. Sei lá quem canta- deu de ombros e vestiu a roupa para sairmos.

Ela, obviamente já tinha se arrumado totalmente quando saiu. Provavelmente, foi em um salão ou em um daqueles spas sofisticados que costumamos ir. Então, só vestiu o vestido e fomos até a festa.

Bom, a festa não era em uma boate, num barzinho, ou sei lá mais onde, mas era na cobertura de Lorenzo Smith. Quem era Lorenzo? O cara mais novo, e que tinha a maior herança e dinheiro vivo em Manhattan. Eu espero que ele me note, ou Nixie, ou nós duas.

-  Cece, quanto tempo! - uma moça me abraçou e fiquei confusa. - Se não lembra de mim, sou eu, Florence!

- Florence, meu Deus, quanto tempo mesmo. Como está?

Eu conversava com ela, todavia meus olhos ainda focavam em Lorenzo, que estava em um outro canto da festa, conversando com uma garota loira. Termino minha bebida, que havia ganhado do bartender assim que cheguei, e semicerro os olhos, ainda observando os dois.

Luxúria | A GOSSIP GIRL INSPIRED FIC - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora