The Killing - Harry Styles

||Capítulo Seis||

||Em Chamas||

Não consigo dormir com ele deitado tão perto. Observo o peito de Harry subir e descer ritmicamente em sua respiração tranquila, seu rosto leva uma expressão serena, o cabelo está maior do que eu já havia visto antes, as mechas castanho claro se espalham sobre o travesseiro branco e exalam o cheiro dele.

Vejo cada uma das tatuagens em seu braço, memorizando-as, quero tocar os pássaros em seu peito, quero lamber a borboleta em seu estômago. Fecho meus olhos com força, sentindo o familiar e quente desconforto entre minhas pernas. Meus olhos estão novamente abertos, minhas mãos se livram dos cobertores e inconscientemente viajam em direção ao cabelo de Harry, só preciso sentir a textura por um segundo, mas meu medo me impede. Minha mão fica suspensa no meio do caminho, um sorriso se abre no rosto dele.

— Você planeja me atacar durante a noite? — pergunta, se divertindo com a situação.

— E-eu só — tento me explicar, os olhos de Harry permanecem fechados.

— O que? — pergunta, — Achou que eu estivesse dormindo? — ele solta um pequeno sorriso e se vira para mim — É impossível dormir com você me olhando desse jeito — seus olhos finalmente me encaram, desafiadores e quentes.

Ele agarra meu pulso, meu coração dispara, recuo assustada e com medo. Faziam uns bons dias que Harry não me machucava, na verdade ele cuida de mim. Toda vez que chega em casa ele vai até o porão e me traz para cima, me dá banho, me veste e pentea meu cabelo. Ele me alimenta, me traz para o quarto e nós dormimos juntos todas as noites desde que eu disse que o amava. Harry tem sido gentil, mas não gentil o suficiente para me fazer esquecer das coisas que ele me fez.

Tento ao máxima não falar e não irrita-lo, tenho constantes crises de ansiedade enquanto espero ele voltar, sempre com medo de como vai estar seu humor, ou se ele vai mesmo voltar ou apenas me deixar lá no escuro.

Ele acaricia meu pulso, um aviso silencioso de que não vai me machucar. Harry leva minha mão até seu cabelo.

— Pode sentir — me dá permissão, toco o cabelo macio com as pontas de meus dedos, subo minha mão até sua cabeça e massageio seu couro cabeludo, Harry aperta seus olhos fechados — Isso é bom — sussurra.

Nesse momento ele parece tão vulnerável, apenas um cara legal deitado ao meu lado. Mas essa era apenas uma de minhas fantasias.

Harry volta a agarrar meu pulso, afastando minha mão de seu cabelo.

— Você pode se aproximar — ele diz — Eu irei, de qualquer forma — termina.

Ele se aproxima de mim, ainda segurando meu braço ele me arrasta sobre o colchão até estarmos tão perto que posso sentir sua respiração em meu rosto.
Harry encosta sua testa na minha, roça seu nariz no meu e então toca meus lábios. Harry lambe a parte inferior de minha boca e a suga com força, ele morde prendendo meu lábio.

— Abra a boca — manda, o som da sua voz saindo abafado enquanto ele ainda mantinha meu lábio entre seus dentes — Quero sentir sua língua.

Sinto a pontada de excitação em meu estômago, impaciente Harry segura meu queixo e força minha boca a se abrir, o beijo é agressivo, violentamente quente. Não consigo respirar, uso minhas mãos para empurra-lo sem qualquer sucesso, Harry segura minha mão e a prende junto a cama. Ele fica em cima de mim, usa seu joelho para afastar minhas pernas.