Royal or Cyan, They are all Blue

63 10 29
                                    

Passei as férias sem fazer nada de produtivo e não me arrependo 😗

⚠aviso, esse capítulo contém quantidades exageradas de referências a F.R.I.E.N.D.S⚠

XX

Primeiro ato: Me and my head high

Louis tem uma lista mental muito bem feita das coisas que ele não suporta: sucos já adocicados, fanatismo, Pop Art (Romero Britto é um fingido), a praia, vendedores de porta em porta com seus chapéus de outra época, roupas desconfortáveis, cadarços sem ponteiras, chocolate branco, o quanto ele adora palavra "clichê", séries interessantes sendo canceladas (descansem em paz Sense8 e The Get Down). Entre outros.

Mas terapia dinâmica em grupo? Chamar aquilo de desprazer era elogio, ugh, um inferno na terra seria mais agradável, nem mesmo ao imaginar sua futura estadia no subsolo em chamas com satã conseguiu pensar em tortura tão aterrorizante.

Não há problema em sentar em uma cadeira de plástico desconfortável que claramente não acomodava a avantajada bunda e contar como parou com pó de anjo pra alguns semi-conhecidos, os quais ele se recusa a falar com fora daquele ambiente, nenhum assunto, nem que sobre sua família, o tempo, os Lakers ganhando, o que seja, detesta aquelas conversinhas sem assunto que acaba em um silêncio incômodo e suas mãos inquietas em desconforto.

Mas abraços e passar a "linha vermelha da verdade em seu coração" (Lauren foi a que segurou o fio contra o peito por mais tempo, muito tempo se perguntasse a Louis, explicando detalhadamente por volta de 30 minutos como ela e a namorada que mantinham uma relação desde o fundamental acabaram se separando por causa de seu vício e ausência, chorando todas a vezes que cita o nome da garota, fungando ruidosamente, sujando seu sweater vermelho sangue de muco e lágrimas) era demais, apenas muito.

Louis adora Harry, realmente adora, ele é seu anjo enviado por Belzebu, a razão do seu líbido exagerado e noites mal dormidas fetichistas de verão, inverno, outono e primavera, entretanto quando ele propõe que todos se juntem em um círculo, dêem as mãos (Lauren ainda está chorando, mãos melecadas tremendo, ninguém se propõe a dar as mãos para ela), digam coisas amáveis uns aos outros enquanto uma trilha sonora com pássaros, cachoeiras e grilos toca ao fundo, William realmente deseja mandá-lo porta a fora com suas botas brilhantes de saltos barulhentos, calças demasiadamente apertadas e excêntricas camisas estampadas.

A coisa é que: Tomlinson não é muito de conversas, timidamente antipático e sempre acaba sobrando até Harry desfazer um trio e forçar alguém a ser sua dupla, parece ensino fundamental e médio todo de novo, quando Louis era só o menino de cabelo emo afeminado que ninguém queria por perto, não é o tipo bom de nostalgia, lhe garanto.

Louis consegue idealizar Harry na época do colégio, provavelmente popular e esquisito, se é que isso é uma coisa, o queridinho dos professores e dos alunos, conseguindo ser amado sem esforço, estupidamente adorável, talvez um pouco menor, tão desengonçado quanto, cachinhos volumosos e olhos brilhantes, deve ter tido vários namoros, já que convenhamos é muito fácil gostar de Harry.

Porém quando ele começa a cantar músicas de ciranda infantil trocando algumas palavras por nomes de drogas, bem como todos os outros, Louis só quer joga-lo no porta-malas de seu carro e atira-lo de uma ponte.

Todos dão aos mãos e giram como piões, cantalorando desafinados em tempos diferentes, o que fere profundamente a audição aguçada da sua alma artística.

Louis sente que este é claramente um complô contra sua pessoa quando o empurram pra roda que mais parece um ovo, e os dão sorrisos amarelados pelo cigarro, todavia o mesmo se solta do aperto espirituoso, se afasta do círculo (oval) de carinho e se senta o mais afastado possível, espera que Styles o ignore, o deixe estar, o entenda, qualquer coisa, só não pegue no seu pé.

Cigarette smoke // L.S & Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora