Predictable Choices 'n' Handjobs

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Capítulo tão doce pra dar cárie nos dentes de quem sofreu com os outros dois
XX

Primeiro ato: Blame it on my heart

Talvez o problema dessa geração seja a nossa pressa, talvez a internet tenha corrompido nossa habilidade de esperar com tantas facilidades, queremos resultados e respostas pra tudo em um estalar de dedos, esquecendo que o mundo não está na palma das nossas mãos (imagine o caos que não seria um adolescente onipotente).

Niall era um claro exemplo de impaciência, logo que não conseguia esperar 2 minutos pela resposta de seu novo paquera sem achar que ele havia perdido o interesse, o trocado, largado, traído.

O que acontece é que ele é um pouco paranóico com isso de relacionamentos, é um fato, talvez desde que leu "amar e ser amado - a comunicação no amor" de Pierre Weil onde na introdução os primeiros versos diziam "destina-se este livro aos que procuram um amor tocado de paz interior", algo que o fez  automaticamente consciente de sua atual situação, pois falava de todas as formas sexuais, da paixão e finalmente do amor em sua forma mais pura, percebeu que nunca tinha passado de uma genital para seus antigos parceiros e os via da mesma forma, gostava de sexo, sua definição mínimo era "prazeroso", não uma conexão de corpo e alma como esperava que fosse, isto era no mínimo decepcionante ( como o final de how i met your mother) 

Sempre teve afeição pela ligação carnal desde quando era um adolescente excitado se masturbando para homens e mulheres na tela de seu computador se imaginando em seus lugares sentindo o êxtase que parecia ser um orgasmo dado por outra pessoa.

Mas depois de um tempo algumas coisas perdem a graça e falta de interesse é inevitável, esperado, as vezes só sexo não é suficiente.

É como ser criança é acreditar em mágica e descobrir que é só química.

Desde então ele vem procurando por um encontro existencial, a última forma de amor (de acordo com o livro), na qual ambos sabiam que estavam destinados a passar o resto de suas vidas, sem necessidade de sentimento de possessividade, usar o outro como uma satisfação, nada disso, apenas felicidade conjugal, o sonho de qualquer romântico, viciado em finais felizes de desenhos como Niall era.

Assim, começou a sair em mais encontros sérios em busca de seus alma gêmea, todavia tudo o que conseguia com Tinder eram boquetes e fodas casuais em banheiros de restaurantes, estacionamentos e parques em tardes de domingo pouco movimentadas.

Rapazes sem o menor interesse em uma análise psicológica de uma relação amorosa (como se alguém pensasse em filosofar com um pênis na boca).

Mas agora sua sorte estava virando, estava a sair ocasionalmente com  o seu encontro mais inclinado ao sucesso, um tal de Ed Sheeran, ruivo, alto, sardinhas espalhadas aqui é ali,  sorriso adorável, um pouco vesgo, aos olhos de Niall um charme, muito educado, tímido sem ser retraído, facilmente influenciável, fazia piadas ruins na hora certa, simpático, conversa saia com fluidez sobre tudo e nada, a voz calma e baixa, tinha talento pra música e sensibilidade para poesia, parecia a escolha certa, alguém que Niall conseguia definitivamente se imaginar apaixonado.

Ed era bom com crianças e tinha 3 gatos (Sun, moon e midnight, os nomes são clichês, admito) o que diz muito sobre alguém, era assumidamente pan para família e amigos, não que sexualidade defina alguém, mas era tão bom não estar com alguém que tem o peso e a aura tóxica de fingir ser quem não é, como alguns rapazes os quais saiu que não tinham o apoio de ninguém nem de si mesmo.

Ed tinha tudo para ser "o cara" de Horan.

No entanto nem tudo são rosas, na  a beira do sexto encontro, eles estão mais íntimos  e descontraídos, sabem as cores, filmes, músicas favoritas um do outro.

Cigarette smoke // L.S & Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora