*** Peter Pov ***
Ela desabafou comigo, eu não sei o que lhe dizer. Eu não posso magoa-la mais isso eu sei. Por muito que eu goste dela, eu sei que tudo foi um erro, o melhor erro da minha vida. Eu preciso dela ao meu lado, mas fui demasiado parvo para admitir isso. Mas não posso perder a minha oportunidade outra vez.
- Sarah, eu gosto de ti, eu gosto mesmo de ti, mas eu estou confuso, em relação a tudo, eu sei que beijar-te foi um erro, mas foi um erro bom, só não foi no momento certo – eu fiz uma pausa para olhar nos seus olhos à espera de ganhar um pouco mais de coragem – acho que ambos precisamos de um tempo para pensar em tudo – eu digo finalmente. Isto não era exatamente o que eu queria dizer mas era o suficiente.
Sarah parecia incrédula, estava imersa em pensamentos, eu acho, mas neste momento o seu silêncio está a matar-me.
- Acho que devíamos esquecer tudo isto por um tempo – ela disse por fim quebrando o gelo. Eu acho que ambos temos provas que esquecer não é a melhor opção, ela tem. Mas é a sua decisão e eu devo respeita-la.
- Eh, eu acho – eu respondi apenas. Ela parecia tranquila eu sabia que esquecer tudo por um tempo lhe ia fazer bem. E eu quero vê-la bem.
- Então, vamos dar um passeio – ela disse, mostrando-se alegre outra vez.
- Ah algo que te queria mostrar – ela assentiu e comecei a andar, ela seguiu-me um pouco mais atrás.
*** Sarah Pov***
Eu continuava a andar, mirando tudo à minha volta e com os meus pequeninos tentava alcançar Peter, que dava longos passos, um pouco à minha frente. Então ele parou e com algum esforço consegui alcança-lo. Reparei numa ponte a nossa frente que atravessava um rio que não parecia lá muito calmo. Tinha a certeza que íamos atravessar, mas aquela ponte não me parecia segura o suficiente, para eu colocar lá os meus pezinhos. Era de madeira e tinha algumas falhas, aqui e ali, definitivamente não vou atravessar.
- Vamos atravessar. O outro lado é mais giro – ele disse como que respondendo aos meus pensamentos.
- É segura? – Eu perguntei mesmo sabendo a resposta.
- Sim Sarah… - Ele falou como que prevendo no que estou a pensar. Os meus joelhos estão trémulos, eu não vou atravessar, não vou não – tens medo piquena? – Claro que tenho, idiota.
- Não … - eu disse. Ele não pode ganhar sempre a dele. Eu vou atravessar esta ponte e vou mostrar-lhe que não tenho medo de nada.
- Então não precisas de ajuda, piquena? – Claro que preciso, mas se pensas que vou ceder estás muito enganado.
Coloquei um dos meus pés trémulos sobre a ponte, ela parecia segura, dei mais um passo, e a ponte começou a abanar.
- Peter…… - eu chamei, estou cheia de medo, esta merda vai cair a baixo e vai arruinar tudo.
- Sim, piquena – ele respondeu mesmo atrás de mim.
- Eu não quero atravessar – eu disse ainda a temer.
- Mas é muito melhor do outro lado – ele disse, puxando-me para ele – confia em mim.
- Eu confio em ti … mas nela nem por isso – eu respondi referindo-me a ponte. Ele continuava a agarrar-me pela cintura e aos poucos começamos a dar pequenos passos, juntos como se fossemos um só. A ponte abanava cada vez mais, mas estar assim, nos braços dele era o suficiente para me acalmar. Olhei para baixo o rio, corria violentamente, nunca vi nenhum correr tão rápido, a maioria tem aguas calmas, o que indica que deve haver uma queda de água perto.
Quando dei por mim estava do outro lado da ponte. Uma sensação de alívio percorreu todo o meu corpo. Peter tirou, os braços da minha cintura e colocou-se ao meu lado.
- Então, foi difícil? – Ele perguntou. É óbvio que foi.
- Uhm – eu disse em sinal de confirmação.
- Anda estamos quase lá – ele disse voltando a caminhar rapidamente, desta vez não ia ficar para trás ele que nem pense.
Rapidamente agarrei o seu braço direito. Agora se ele quisesse ir rápido, teria de me levar junto. Ok! Talvez essa ideia não seja tão boa quanto pareceu. Mas, vale a pena tentar, eu acho. Ele olhou para mim, parecendo não concordar com a minha ideia, mas não me obrigou a tirar o braço. Muito pelo contrário, fez com que eu largasse o seu braço, e colocou este a volta da minha cintura.
Caminhamos um ao lado do outro por mais algum tempo, até que paramos, ele largou-me, e colocou-se atras de mim colocando uma venda nos meus olhos.
- E o propósito é? – Eu perguntei querendo saber o porque da venda.
- É só que perece mais bonito se for visto de repente – ele respondeu. Acho que estava a ser sincero desta vez. Colocou novamente o abraço à volta da minha cintura e começou a andar levando-me com ele. Era horrível, caminhar assim sem saber para onde ir como se tivesses presa no escuro sem uma direção para onde seguir, mas a maneira como ele me guiava com o seu braço fazia-me sentir mais segura, como se confiasse nele, para me guiar naquela escuridão.
Andamos por uns cinco minutos, e então ele parou, fazendo-me parar também tirou o seu braço da minha cintura, perdi a conta das vezes que isso já me aconteceu hoje. Então senti a sua mão outra vez mas desta vez na minha cabeça, sabia o que ele ia fazer e estava ansiosa por isso. Lentamente a escuridão passou e deu lugar a algo que eu nunca tinha visto, o paraíso aos meus olhos. Era perfeito, uma casca-ta enorme lançava água ferozmente para o pequeno rio mesmo à minha frente. Este por sua vez lançava água até uma cascata bem mais pequena, que fazia correr a água mais lentamente para outro bocadinho de rio, o rio seguia depois mais lentamente por um bom bocado até se perder de vista.
- Uauh – eu disse em sinal de espanto.
- Então arrependeste-te de ter atravessado a ponte? – Ele perguntou, mas é claro que ele sabia a resposta, só estava a provocar.
- É lindo – eu disse, ainda admirada com o que se encontrava á minha frente.
- Agora, vamos fazer uma coisa mais divertida – ele disse. Pus a cabeça a funcionar mas não chegava a lado nenhum.
- Nadar – ele disse entusiasmado.
- Não me parece – eu disse apontando para as minhas roupas.
- Sem problemas – ele disse e deu alguns passos até à minha mochila, ainda não a tinha aberto para ver o que estava dentro, então ele retirou de lá o meu biquíni, inteligente da parte dele mas eu não o vou vestir aqui.
- Sim tenho que vestir, mas não me vou vestir aqui, percebeu? – Eu disse revirando-lhe os olhos.
- Eu não olho ok – ele disse com aquele olharzinho de inocente.
- Tá, mas eu vou até atras daqueles arbustos ali, se olhas eu …… eu nada – eu disse começando a andar em direção aos arbustos.
Vesti-me o mais depressa que consegui, e voltei para a beira dele. Ele já se encontrava só em calções de banho, que lhe ficavam bastante bem por acaso.
- Então vamos? – Ele perguntou vendo que já estava pronta.
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O que será que vai acontecer a seguir?Sugestoes
Espero que estejam a gostar, love you
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∞Alone, but not forever∞
Teen Fiction"A vida é feita de momentos, momentos em que tu só queres morrer, momentos em que só queres viver, momentos em que queres fugir, momentos em que queres ficar, momentos em que não queres sair da cama, momentos em que não queres lá ficar, momentos em...