Tay dirigiu até uma região menos populosa da cidade, que era bem bonita, cheia de casinhas e árvores, Sam ficou encantado com o local, gostava de lugares mais simples daquele jeito. O carro parou em uma pequena casa, com um belo jardim ao redor, Sam desceu animado.
- Essa é melhor? -perguntou Tay indo o abraçar.
- Sim, mas quero deixar bem claro que não vou viver de favor!
- Com o tempo a gente resolve isso, agora vamos, temos que nos arrumar para a festa que meus pais vão dar hoje. -ele pegou Sam pela mão e o puxou para dentro.
- Mas Tay... Seus pais já sabem de mim?
- Eles sabem, que eu conheci uma pessoa maravilhosa... -Sam o encarou com reprovação.
- Você não contou para eles que está namorando um homem?!
- Vai ser minha surpresa, mas fique tranquilo, eles não são preconceituosos, vão adorar você. -os pensamentos de Sam voltaram ao medo, de encontrar dois ricos lunáticos igual dos filmes que ele assistia.
- Tay... Mesmo que seus pais não sejam preconceituosos, a chance deles terem uma boa reação é uma em um milhão.
- Você é muito chato, o importante aqui é que eu quero você, ninguém mais precisa aprovar nossa relação!
- Tudo bem, eu não vou deixar de lutar por nós, mas isso não me impede de ter medo. -Tay riu e o abraçou.
- Medo de que? Você tem a mim para lhe proteger... Vai dar tudo certo, confia em mim?
- Confio.
- Então vamos nos arrumar.
- Ok.
Tay mostrou a casa, em seguida o convidou, para experimentar o chuveiro e a cama, envolvidos pela excitação, quase perderam a hora, se arrumaram na correria e saíram com presa. Durante o caminho Sam ficou encarando Tay, era realmente estranho para ele, ver o homem usando roupas sociais, dirigindo um carro super caro e principalmente sem os clássicos chinelos que usava no Quênia.
Eles chegaram a um grande prédio, onde várias pessoas bem vestidas conversavam e andavam, Sam usava um terno listrado, preto e cinza, uma gravata borboleta roxa e o cabelo estava jogado para trás, deixando seu belo rosto em destaque. Ele saiu do carro com um pouco de vergonha, Tay com muita tranquilidade, pegou na mão dele e foi andando para dentro.
- Tay, o que está fazendo? -perguntou enquanto alguns fotógrafos presentes corriam até eles.
- Andando para dentro.
- Não é isso, assim todos vão saber que estamos juntos.
- Mas eu quero que saibam, amor não deve ser escondido, ainda mais com uma pessoa tão maravilhosa.
Sam ficou vermelho, eles continuaram andando, as pessoas olhavam curiosos, algumas paravam para cumprimentar Tay. No salão havia muitas mesas e um pequeno palco, com uma tela enorme passando imagens do projeto. Tay soltou Sam e abraçou um homem mais velho, de olhos verdes, branco e com um formato de rosto curiosamente parecido com de Tay.
- Filho, até que enfim, por que não veio ver eu e sua mãe?
- Desculpe, estava um pouco ocupado, onde está a mamãe?
- Aqui querido! -disse um mulher deslumbrante, de pele negra, olhos de um verde maravilhoso, cabelo escuro cacheado, sorriso contagiante e usava um vestido colorido simples, mas que se destacava naquela multidão de roupas caras, Tay a abraçou com força quase a pegando no colo. - Que bom lhe ver novamente querido!
- Não sabe como senti saudades da senhora!
- Pare de me enrolar seu malandro, lembro muito bem que me contou sobre uma certa pessoa especial, que conheceu no Quênia, onde está?! -perguntou animada, o coração de Sam disparou, a aprovação dos pais de Tay era importante para ele.
- Está bem atrás de você! -ela virou com tudo, o pai dele também, ambos encararam Sam, que sorriu meio tímido.
- Mãe, pai... Esse é meu namorado, Sam.
- Namorado? -perguntou com um sorriso e virando para Tay. - Não sabia que você era gay.
- Nem eu, mas aconteceu.
- Ah!!! -ela deu um pulo de emoção e se aproximou de Sam. - Eu sou Tânia, é um prazer conhecê-lo, vi você nas fotos que o Tay mandou dos médicos trabalhando, mas não sabia que tinha roubado o coração do meu bebezinho!
- O prazer é todo meu...
- Você é muito fofo... -Tânia apertou as bochechas dele, em seguida o abraçou. - Ganhei mais um filho!
- Não assuste o rapaz querida. -o pai de Tay parecia mais sério. - Sou Tomás Ector, prazer em conhecê-lo. -ele estendeu a mão.
- O prazer é meu senhor... -Sam apertou a mão, mas foi puxado para um abraço apertado.
- Ele é mesmo muito fofo!
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Último céu.
RandomSam é um rapaz recém formado em medicina, ele trabalhava em um hospital particular, mas não se sentia muito útil já que as pessoas que iam lá eram apenas ricos frescurentos, ele então decidiu se oferecer para ser voluntário nas áreas mais pobres da...