Conversamos com a autora das histórias Psicose, Lobotomia, Dark Knight, Dark Knight - Revenge e Desvio de Conduta. Não esqueça de deixar sua estrelinha no final da entrevista 😉
1 – De onde veio a ideia para Desvio de Conduta e Psicose?
A ideia pra Desvio de Conduta no meio de uma aula na pós-graduação, em que o professor estava falando sobre desvios de conduta na responsabilidade civil (mais jurídico impossível). Não sei exatamente por que, mas eu decidi que precisava escrever uma história chamada Desvio de Conduta, e de repente a Madison e o Dylan surgiram na minha mente. Então eu juntei um monte de coisas que eu adoro, é sempre quis escrever sobre, mas nunca tinha tido a ideia perfeita. Peguei Harvard (da minha paixão por Legalmente Loira), a máfia (da minha paixão maior ainda por O Poderoso Chefão), agentes do FBI, políticos, misturei tudo e surgiu Desvio de Conduta.
Psicose veio enquanto eu assistia à Ilha do Medo. Logo ali no começo do filme, quando o Leonardo DiCaprio entra no manicômio judiciário, o Corey apareceu e nunca mais foi embora!
2 – Já teve dificuldade de escrever alguma cena? Se sim, qual?
Ih, muitas cenas! Muitas mesmo! As de sexo, então, é quase parir um dinossauro. Quando tenho que escrever, eu fico me perguntando por que diabos planejei isso, em primeiro lugar? Mas acho que a mais difícil de todas foi o epílogo de Lobotomia inteiro, porque precisava explicar muitas coisas, tem algumas revelações chocantes, eu tinha muito medo de ninguém entender, ou de todo mundo odiar, foram dias difíceis!
3 – Qual personagem é mais divertido de fazer? Qual é o mais fácil e o difícil?
O mais divertido é a Imogen, de Desvio de Conduta, porque ela basicamente fala todas as besteiras que estão na minha cabeça, mas que eu nem sempre tenho coragem de falar. O mais fácil é o Corey, ele praticamente faz parte do meu coração, hahahaha. E o mais difícil é o Dylan porque ele tem muitas nuances, ele é misterioso, engraçadinho, fofo, safado, tudo ao mesmo tempo, tem que pensar muitos nas falas dele.
4 – Você tem uma história inacabada e sem previsão de voltar, Incivilidade. Por que parou de escrevê-la?
Porque ela retrata o relacionamento de um cara de 30 anos com uma menina de 17, acho que não cabe mais esse tipo de história agora. Por mais que o personagem principal lá pensasse milhões de vezes antes de ficar com a personagem principal, e, até onde eu escrevi, ele não tinha dado mais do que um beijo nela, acho um tanto problemática. E porque eu comecei a escrever quando tinha 17, já tenho 26, acho que passou o tempo dela, não consigo mais voltar pra atmosfera da história.
5 – Nós pedimos ajuda das suas leitoras, e elas querem saber... Casa, mata ou beija com: Dylan, Corey e Vidal?
Caso com Dylan, beijo o Corey e mato o Vidal (de amor), infelizmente alguém precisa morrer 😭
6 – Bloqueio criativo. Já passou por isso? Tem alguma dica de como superar?
Passo quase todos os dias ultimamente, hahahaha. Geralmente eu releio trechos que eu acho importantes da história, releio muitas vezes os comentários, ouço as músicas que eu escolhi pra trilha sonora da história, vejo filmes que me inspiraram... geralmente dá certo!
7 – Em algum momento você já pensou em desistir de uma obra sua que hoje faz sucesso?
Quando eu decidi que precisava revisar Psicose, porque tinha muitos aspectos que me incomodavam profundamente, tive que pensar umas 50 vezes antes de deletar tudo e deixar pra lá. Mas minha mãe não deixou, hahahaha. Ela me mandou reler e rever tudo o que eu não queria que estivesse lá e que reescrevesse com calma, porque a história tinha conquistado tanta gente, não poderia ser ruim. E é o que eu tô fazendo atualmente, reescrevendo bem devagar, assim reaprendi a amar a história do Corey e da Melissa.
8 – Você tem outras histórias na gaveta? Se sim, fale um pouco sobre isso.
Tenho A Oitava Arte, escrita em parceria com minha amiga Lan, que tá parada, mas tenho esperanças de retorno em breve, quando nossas vidas estiverem mais organizadas. É um suspense investigativo de um serial Killer que reproduz obras de arte nos seus crimes. Então a personagem principal, que é a nossa agente do FBI mulherão da p*** pede a ajuda de um falsificador de artes que ela mesma prendeu antes pra chegar ao assassino. Tenho também planos de retomar Apocaliptika, que é um pós-apocalipse zumbi com anjos e demônios. E mais alguns plots iniciais que são só três linhas, tipo, uma ideia inicial, que eu não sei quando e se um dia serão desenvolvidos, hahahaha.
9 – Em Desvio de conduta os personagens principais fazem faculdade de direito. Isso tem relação com fato de você ser formada no curso?
Sim! É muito fácil escrever sobre algo que a gente vivencia ou vivenciou. Depois tem o fato de que a ideia veio numa aula. É aquela coisa toda com Legalmente Loira, que se passa em Harvard etc.
10 – Imogen Hawtorne é inspirada em alguém? Se sim, quem?
É inspirado na minha personalidade escondida que pensa muitas besteiras e fala poucas!
11 – Que livro marcou a sua vida? Por quê?
Harry Potter e a Pedra Filosofal. Eu ganhei de aniversário do meu tio quando tinha 9 anos, e até então só tinha lido aqueles livros de 50 paginas que a professora de português passava na escola. Então surgiu aquele livro que pareceu ENORME com um menino montado numa vassoura na capa. Literalmente mudou a minha vida. Eu gostava de ler, mas eu passei a AMAR ler, eu quis escrever, eu quis ser que nem J.K. Rowling. Um divisor de águas esse Harry Potter.
12 – Uma música que defina uma das suas estórias.
Behind Blue Eyes (versão Limp Bizkit) define muito Psicose/Lobotomia
13 – Qual dica daria para os novos escritores que estão começando?
Leia muito, porque quanto mais você lê, mais você sabe, é mais absorve de estilos literários pra criar o seu. Pesquise muito sobre o que você quer escrever. Erro o menos possível de português, o Google tá aí, é muito fácil pesquisar e deixar sua história o mais correta possível. E escreva, escreva e escreva, por mais que você ache que não está bom, quanto mais treina, melhor fica.
14 – Deixe uma mensagem para os seus leitores.
Eu sempre acho que qualquer palavra que eu disser, não vai ser o suficiente para agradecer à altura o carinho e a dedicação de vocês, é algo inimaginável. Nunca achei que conquistaria a admiração e a lealdade de tanta gente. Vocês são seres humanos maravilhosos, iluminados por terem dado uma chance para minhas histórias, serei eternamente grata pela existência de cada um. Muito obrigada! E não desistam de mim, eu demoro, mas não abandonarei Desvio de Conduta!
Obrigada pela entrevista, andiiep ♥
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Entrevistas | Estante Literária
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