Raisa Perosini

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Conversamos com a autora das histórias Very Well Accompanied, Much More Than Well Accompained, 503, De volta ao 505, Definitely Maybe, Probably Maybe, Ainda é cedo, Un-thinkable, Naked, Red Devil, Never Forget, Sunset, Maybe, Talking Body, Cor de Marte, Sin Contrato, Clássicos do Hockey e Crossfire. Não esqueçam de deixar a sua estrelinha no final da entrevista 😉

1 – Você tem muitas histórias relacionadas ao futebol. De onde veio essa paixão pelo esporte?

Desde muito cedo eu acompanho futebol e F1 com o meu pai, então é uma paixão que já cresci com ela.

2 – Agora você resolveu passar para o hóquei. Como está sendo essa nova fase?

Eu comecei a acompanhar hockey porque uma amiga minha ficou viciada e não satisfeita ela teve que me levar junto nessa, de uma hora pra outra me vi pesquisando sobre os jogadores, regras, times, passei a assistir os jogos... Hoje em dia sou uma torcedora louca do Carolina Hurricanes e tá sendo tão bom acompanhar hockey que me pergunto como não entrei nesse mundo antes. GENTE HOCKEY É VIDA e tá sendo maravilhoso de verdade!

3 – 503 e 505 são contos hot. De onde veio a ideia para escrevê-los?

A ideia de 503 surgiu em uma conversa com um amigo meu na época da faculdade, a gente tava na van voltando pra casa quando a gente falou de um lugar em Angra do Reis e a nossa mente fértil foi além. Mas foi só no início de 2016 que eu decidi escrever de fato o conto, até pra treinar a minha escrita restrita. 503 acabou sendo mágico, então veio pedidos pra um conto com o vizinho do 505 e não tinha como negar. A escrita do segundo conto demorou muito mais porque tudo eu achava ruim e que nunca ia conseguir repetir o que foi em 503, mas então percebi que não precisava ser da mesma forma e o resultado foi esse ahahah.

4 – Uma música que defina uma das suas estórias.

Acho Little of your time do Maroon 5 define bem VWA, mesmo que Patience do Guns n roses também seja uma boa.

5 – Que livro marcou a sua vida? Por quê?

Mentirosos, acho que foi um dos únicos livros que li em menos de um dia e demorei séculos pra absorver. É um enredo genial e que te faz pensar que até as escritas mais simples tem certo poder. Eu li em um dia na roça, sem internet e de certa forma ficou marcado não só pela narrativa, mas pelo momento.

6 – De todos os seus personagens, qual o seu favorito? Por quê?

Na minha cabeça o personagem que sei exatamente a vida inteira e toda a complexidade é o Nathan Cooper, então acho que ele é o favoritinho da mamãe ahahah

7 – Qual é a mensagem que quer passar com suas estórias?

Cada uma delas passa uma mensagem diferente, e tem até algumas que não passa mensagem alguma ahahah. Mas vou pegar algumas como exemplo:

Em Ainda é cedo eu quis passar a ideia de que tudo tem seu tempo certo; Cor de Marte a mensagem é que nem sempre o que queremos é o que precisamos, talvez estamos correndo atrás de algo que não vai trazer aquilo que a gente precisa; em todas elas, no entanto, eu tento reforçar a mensagem que respeito é tudo. Fora que a gente precisa ter paciência, paciência com o tempo, paciência com as pessoas, paciência com tudo.

8 – Sua passagem favorita em uma de suas estórias. Por que você escolheu essa?

"Eu não deveria ter me acomodado, pensar que tudo estava certo e deixar por isso mesmo. Porque bem lá no fundo, no fundo mesmo, eu tinha noção que tudo estava errado, mas insistia no "só mais um pouquinho". Aqueles 5 minutinhos de sono pela manhã, aquelas últimas tragadas de ar antes de pular no bungee jump, aquela oração antes de uma prova difícil. É inevitável, mas nos agarramos àqueles últimos suspiros como se nossa vida dependesse daquilo. E na real? Não depende." - Ainda é cedo

Escolhi esse trecho porque é algo que tento trabalhar comigo mesma todo santo dia, porque se trata do famoso medo. Tem um vídeo sensacional do Will Smith falando sobre a experiência de pular de um avião e recomendo muito vocês assistirem porque traz uma mensagem muito foda, às vezes a gente deixa até de viver porque tem medo, por isso a gente precisa mesmo é de se agarrar a coragem.

9 – Você gosta muito de escrever contos, existe algum motivo?

Existe, a minha cabeça funciona a mil por hora e são tantas ideias que prefiro trabalhar todas em forma de contos. Porque long acaba tomando muito tempo e dedicação, se eu já sou lerda com conto, long então... Eu acho muito mais fácil trabalhar com uma narrativa menor e passar tudo o que eu queria do que escrever uma long e acabar parando na metade, porque a essa altura já apareceu outra ideia que me deixa mil vezes mais animada, por ser nova e tudo mais ahahah é uma loucura.

10 – Deixe uma mensagem para os seus leitores.

MEUS LEITORES EU AMO VOCÊS! A ideia sempre foi escrever pra mim primeiramente e eu pensava que o feedback que vier é lucro, mas só depois que comecei a postar o que eu escrevia na internet eu percebi que o amor que recebo por vocês é o que mais me faz querer escrever. Sério, não tenho palavras pra agradecer o apoio que recebo, é muito gratificante saber que pessoas lêem o que escrevo e gostam, eu ainda fico um pouco extasiada quando vejo isso porque quem sou eu na fila do pão? Então se hoje VWA passou dos 100K é por causa de vocês, 503 não sai do ranking da categoria Conto do wattpad por causa de vocês, e se um dia eu sonhar em publicar um livro também será em forma de agradecimento porque vocês são muito fodas! Muito obrigada de coração e todo meu amor pros meus leitores maravilhosos.

Obrigada pela entrevista, raiperosini

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