Capítulo 17

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Pov. Maicon

Depois que o Richard me ligou, liguei imediatamente para a polícia e eles me encontraram no parquinho.

- Não se preocupe amor, vamos achar eles - falei sussurrando no ouvido dele é o abraçando.

- Senhor, poderia nos dar mais detalhes - o policial pediu e segurei forte a mão do Richard para ele falar tudo que tinha acontecido.

Depois dele ter explicado o policial começou a fazer perguntas para quem está lá e procurar câmeras de segurança.

O Richard não estava conseguindo parar de chorar, seu rosto estava todo vermelho, eu queria chorar com ele, mas eu sabia que agora eu deveria ser forte para ele e por mim. 

- Os senhores podem ir para casa, o este policial era acompanhá-los para se alguém ligar - o policial falou e concordei com ele. 

Quando chegamos em casa, não tinha vontade de fazer nada e o Richard parecia concordar comigo.

Uma hora depois, o telefone tocou e corri desesperado para atender assim como o Richard e o policial.

- Quem é? - perguntei rápido.

- Eu quero 50 milhões para você ter eles te volta.

- Se você encostar em um fio de cabelo deles - falei cheio de ódio, me levantando.

- Não se preocupe, não vou machucar meus filhos, claro, se vocês quiserem ter eles te volta, por enquanto vamos ficar brincando aqui - desligou o telefone e olhei para o Richard e o policial que esperavam saber o que ele tinha falado.

- Não acredito que ele saiu da prisão... Se ele machucar eles?

- Não se preocupe senhor, ele já deixou claro que não vai machucar elas, ele só quer o dinheiro - o policial falou e meia hora depois, vários policiais entraram no meu apartamento, mas não me importei, se isto ajudasse a trazer eles de volta.

Fiquei conversando com o detetive do que tinha falado com o sequestrador e o que ele pretendia fazer, e também o que era para eu fazer quando ele ligasse novamente.

Olhei para o lado vendo o Richard preparando algo na cozinha, mas suas mãos tremiam.

Me levantei e foi até ele, o abraçando por trás.

- Temos que acreditar que vai dar tudo certo - sussurrei no seu ouvido tanto um beijo nos seus cabelos.

Ele concordou só com a cabeça e foi servir café para os policiais.

- Senhor, pode nós falar mais sobre o sequestrador? - o detetive pediu para o Richard e ele concordou falando de como ele era violento com a mulher, e quando chegava em casa bêbado era com as crianças também, mas a mãe deles sempre tentava proteger eles do pai.

- Merda! Senhor, a informação já vazou - um dos policiais disse para o detetive e vi que era uma reportagem falando sobre o sequestro das crianças.

- Malditos, como eles podem fazer uma notícia disse - falei raivoso e ouvi o Richard voltar a chorar.

Puxei ele para o quarto e fiquei com ele até ele dormir, exausto, e voltei para a sala onde os policiais ainda estavam. 

Meu celular tocou e todos ficaram em alerta, mas falei que era a minha mãe. 

- A verdade que os filhos ​do.... Foram sequestrados? - pulou o nome do Richard, mas não liguei, confirmei fazendo um barulho com a garganta - Tem absoluta certeza que eles foram sequestrados? Já ouvi incidentes te pessoas que forjam o próprio sequestro para ganhar dinheiro com os pais, ou namorados.

- Mãe! - gritei alto e raivoso, repreendendo ela por falar assim, insinuando que isto tudo era obra do Richard para ganhar​ dinheiro.

- Tudo bem. Espero que achem as crianças logo - falou e desligou, não deixando eu falar mais nada.

Já estava próximo das 22h quando o telefone tocou novamente.

- Espero que já tinha conseguido o dinheiro, vamos nos encontrar no CCC, amanhã às 23h - disse e sem esperar uma resposta, ou que eu pudesse perguntar das crianças, ele desligou.

- Vamos formar uma operação. Prepare o dinheiro que ele pediu - o detetive falou e começou a dar mais algumas ordens para os outros policiais​.

Olhei para trás vendo o Richard todo descabelado e com o rosto todo inchado, mas mesmo assim não deixava de ser lindo.

- Ele deu notícias de novo? - ele perguntou assim que olhei para ele.

- Quer fazer a troca amanhã de noite.

- E eles? Como eles estão? - veio para cima de mim desespero, eu compreendia isto, não estava louco por não ter sabido como eles estão.

- Ele não me deixou falar com eles, ou me falou neles - assim que terminei de falar, o Richard voltou a chorar, agora as lágrimas eram finas, não grossas como antes.

Eu e eles ficamos a noite toda acordados vendo os policiais trabalharem.

O Jonathan também tinha ligado perguntando se era verdade, e ele veio quase de imediatamente para cá, ele tinha se afeiçoado muito a eles também depois que conheceu eles, acho até que ele dava mais presentes do que eu.

- Maicon, você não vai gostar disse - já era de manhã e eu tinha acabado de sair do banho, e o Richard tinha acabado de entrar, depois de ter feito o café da manhã para todos os policiais. Peguei o tablet, vendo que o site era de uma revista que sempre fazia notícias maldosas,  e a notícia era falando que o Richard era um stripper e ainda declarações sobre colegas sobre ele, completamente falsas sobre ​ele.

- Não fale sobre isto com o Richard - pedi e voltamos para a sala, o detetive me explicava mais um vez como andava a operação.

Minutos depois o Richard entrou e se sentou perto de mim, ouvindo atentamente o que o detetive falava, eu percebia que alguns polícias olhavam discretamente, e outros nem tão discretos.

Mantive o Richard do meu lado o tempo todo, que não foi muito difícil, já que ele estava preocupado com as crianças tanto quanto eu.

Duas horas antes do combinado, já estávamos indo para o local preparando tudo para nada acontecer com as crianças e eles poderem prender o sequestrador. 

Quando finalmente deu a hora marcada eu me preparei para fazer a troca.

- Cuidado - o Richard falou me tanto um pequeno beijo. E foi para o local.

Minutos depois, um carro apareceu e estacionou na minha​ frente, só a uns metros de distância.

- Cadê meu dinheiro? - o homem que saiu do carro falou, era parecia estar meio drogado.

- Está aqui! - falei mostrando a mala para ele - Cadê as crianças?

- Abriu a porta de trás do carro, e a Kelly e o Carlos estavam lá, e parecia estar bem.

- Quando eu contar até três, você joga a mala e elas vão correr até você - o homem disse e concordei.

Ele começou a contar até três e no final, as crianças começaram a correr na minha direção e eu joguei a mala para ele.

No momento que a Kelly e o Carlos chegaram até mim, abracei os dois e os policiais começaram a agir enquanto eu levava eles para o carro onde o Richard estava.

- Meus amores - o Richard falou quando viu os dois entrando no carro​.

- Papai - a Kelly e o Carlos gritaram indo até ele é o abraçando forte.

- Vocês podem voltar para casa, deixa o resto para a gente, irei falar com vocês amanhã para dizer o que aconteceu - o detetive disse e entrou no carro deixando eu, o Richard e as crianças com outros dois policiais que iam nos escoltar até em casa.

- Vai ficar tudo bem agora - falei abraçando os três.

Continua...

Simplesmente te amo (romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora