Capítulo 08

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Pov. Richard

Deste que eu tinha mandado o Maicon embora, sentia meu coração doendo como se tivesse algo nele e depois que ele começou a aparecer na boate e ficava só ​bebendo enquanto me olhava dançando, ficou pior.

Eu tentava não me importar, já tinha feito isto milhares de vezes, mas com ele era diferente, talvez eu queria que fosse diferente, mas foi igual a todos que vinham ali.

Para piorar, as garotas e garotos que trabalhavam ali ficavam falando como ele vinha todos os dias e só pedia por mim até ir embora.

Em uma semana nisso, quando ele não veio começaram a falar que estava enjoado de mim, mesmo não querendo meus olhos iam para a porta esperando ele entrar por ela, mas ele não apareceu.

E para piorar todo, quando saí dá boate dois homens me encurralaram, mais eu não sei como o Maicon chegou bem na hora e me levou para casa.

Agora ele estava na minha casa novamente enquanto ele pegava um copo de água para mim.

- Papai? - olhei em direção ao quarto e vi minha princesinha de pé coçando os olhinhos.

- Oi meu amor, porque já está acordada? - perguntei pegando ela.

- Tive um pesadelo - disse se aconchegado mais no meu corpo.

- Pode dormir agora, o papai vai de proteger - falei tanto um beijinho na testa dela.

- Tio, o senhor vai estar aqui quando eu acordar? - a Kelly perguntou olhando para o Maicon, me pegando de surpresa.

- Vou estar sim, pode dormir - falou retribuindo o olhar dela é me ignorando totalmente. Mas foi assim ele acabar de falar para ela dormir.

E eu também acabei dormindo minutos depois enquanto olhava ela dormindo.

(....)

Acordei com barulhos de risada e olhei para o lado não vendo os meus filhos, não me desesperei já que não era a primeira vez que eles saiam dá cama sem me acordar para assistir TV.

Me levantei e mais uma vez ouvi as risadas altas deles e a noite de ontem veio como um flash.

Foi até a sala vendo a cena mais fofa e inacreditável, o Maicon estava com o Carlos no colo enquanto o meu bebê morria de ri dele junto da minha filha.

Os três pararam de ri quando me viram.

- Papai, bom dia - disse correndo até mim, me tanto um abraço.

- Bom dia amor! - falei, depois foi dar um beijo no Carlos também, e troquei um olhar com o Maicon para seguir para a cozinha e fazer o café da manhã.

Acabei de fazer o café e chamei eles, parecíamos até uma família reunida tomando o café da manhã.

Como hoje era domingo, a Kelly não iria para a escola, mas eu ia trabalhar, mas prometi levar eles para o cinema ver um filme que eles estavam pedindo muito para ver.

- Papai, vamos no cinema com o tio Maicon?

- O que? Filha, ele não...

- Eu não me importa nem um pouco de ir com vocês - disse antes que eu pudesse​completar a minha fala, concordei e assim que acabamos, mandei a Kelly ir tomar banho. 

- Tem certeza, que não tem problema você ir com a gente? - perguntei quando a Kelly e o Carlos não podia mais nos ouvir.

- Sim, eu gosto de ficar com eles - disse sorrindo e parecia ser bem sincera, senti minhas bochechas ficarem quentes, mas ignorei e foi até meus filhos, para ajudá-los a ser arrumar.

(....)

Depois de todos arrumados, fomos para o carro do Maicon em direção ao shopping onde iríamos ver o filme que eles tanto queriam.

- Então, qual filme vocês querem ver? - Maicon perguntou olhando os cartazes enquanto segurava a Kelly no colo, ela estava no colo dele deste que tínhamos entrado no shopping, e o Carlos estava no meu.

- Este - meus dois filhos falaram juntos apontando para o cartaz pendurado.

- Ok. Eu vou lá comprar - disse descendo a Kelly do colo.

- Espera, deixa eu pegar o dinheiro - falei descendo, mas antes de poder fazer isto, o Maicon fala.

- Não se preocupe, eu pago!

- Mas... - não deixou eu terminar, antes de se virar para ir comprar.

Então eu fiquei com os meninos esperando ele voltar, eu pensei que ele iria demorar mais já que a fila estava cheia, mas ele demorou só cinco minutos​ para voltar.

- Nossa, você foi muito rápido - disse surpreso.

- Sim! Vamos comprar a pipoca - pensei que ele iria explicar, mas dei de ombros e segui para comprar a pipoca e mais algumas besteirinhas, eu até que tentei convencer ele a me deixar pagar, mas, mais uma vez ele pagou todo.

Entrámos na sala do cinema, que estava meio gelada, mas tinha trazido um casaco para o Carlos, que coloquei assim que entramos na sala, e para Kelly que não queria no começo mais depois ficou com frio também.

Eu e o Maicon sentamos no meio das crianças, o Carlos do meu lado e a Kelly do lado do Maicon, assim nos deixando um do lado do outro.

Assim que o filme começou, as crianças se prenderam totalmente dele.

No meio do filme, eu comecei a ficar com mais frio e acho que o Maicon percebeu porque passou seu braço em volta de mim, senti um calor aconchegado com este pequeno gesto que fez meu corpo todo ficar quente.

Encostei minha cabeça no ombro dele até o filme acabar.

Continua...

Simplesmente te amo (romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora