Tommy abriu o caminho para a casa e enquanto ambos se dirigiam à sala de estar; ele percebeu que Daniel estava familiarizado com a sua casa. Ele realmente não tinha pensado nisso antes, mas Daniel passava um muito tempo aqui, mais e mais, recentemente. O fato lhe tomou de surpresa, sem que ele estivesse ciente disso.
Daniel trabalhava em um centro de abrigo e era parte da rede de serviços sociais. Ele ajudava as pessoas em uma base diária, mas tinha interesse especial em casos de abuso. Daniel tinha 26 anos quando começou a enviar crianças especiais, todas elas meninos, para Dillon, em caráter temporário há vários anos atrás, e isso havia ficado maior do que o esperado antes de que eles pudessem realmente ter um bom plano. Então Soldado chegou, e desde que ele era dono da propriedade que eles haviam estado mais ou menos ocupando, ele uniu-se ao esforço deles, tornando-se parte do grupo e acabou se apaixonado por Dillon e, posteriormente, pelos meninos.
Então, basicamente, tudo tinha começado com Daniel.
Normalmente quando se encontravam aqui era, na maioria das vezes, para falar sobre um caso em que ambos estavam envolvidos. Tommy fez um esforço consciente para evitar sentar-se com Daniel no sofá. Ele sempre deixava Daniel escolher um assento e ele sempre se assegurava de ficar muito próximo, escolhendo uma cadeira ou sentando-se sobre uma almofada colocada ao chão. Hoje à noite, ele não estava prestando atenção. Ele sentou-se no sofá e seu coração se derreteu quando Daniel fez a mesma coisa, sentando-se ao lado dele.
Tommy colocou os cotovelos sobre os joelhos e descansou a cabeça nas mãos durante um momento. Isso provavelmente fazia com que ele parecesse um pouco desanimado para Daniel.
—Tommy, você está bem? Gom está ok? Eu tinha que voltar para o centro. Eu queria vir mais cedo, mas... — ele hesitou — Eu sei que o que ele precisava agora era de Soldado e Dillon, e descanso. Deus, ele está com uma aparência horrível.
—Eu cantei para ele. Ele me perguntou se eu cantaria — disse Tommy, então ele se perguntou por que ele disse isso. Ele não estava pensando com clareza.
—Ótimo. Eu sei que o fez sentir-se melhor. A sua voz sempre foi uma influência calmante sobre todos eles — disse Daniel.
—O resto deles me pediu para cantar também — admitiu Tommy. — Eu dei dois shows esta noite, devido à "caridade" daqueles que resolveram espancar Gom. Você estava lá quando a polícia conversou com ele? Você sabe alguma coisa sobre isso? — Tommy olhou para Daniel que estava muito mais perto do que ele pensava. Ele não queria correr para longe, tornando o seu desconforto óbvio, mas achou a proximidade de Daniel enervante. Desejando que ele pudesse apoiar-se nele, ter um carinho, algum conforto. Parecia quase bom demais para deixar passar agora. Ele só queria...
—Faça. — Daniel disse.
—Fazer o quê? — Tommy perguntou, assustado com que Daniel tivesse lido o olhar diretamente de seu rosto.
—Fazer tudo o que passa por sua cabeça. Você precisa de algo.
Eu acho que é hora de você pegar o que quer.
—Eu não sei o que você está falando — Tommy tentou. Oh, meu Deus, de jeito nenhum que ele estava pronto para isso. Não agora. Hoje não. Suas defesas estavam abaixadas. Ele só precisava...
—Pegue isso. — Daniel disse.
—Droga! O que você é? Psíquico? — Tommy estava ficando agitado. Era como se Daniel pudesse ver diretamente através dele, soubesse o que ele estava pensando. Ele tinha lutado contra esses sentimentos por tanto tempo e agora Daniel parecia estar dizendo... O que Daniel estava dizendo?
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A HISTORIA DE TOMMY (romance gay)
Roman d'amourContinuação de O SOLDADO. Tommy Marsh vive uma vida boa. Seus primeiros doze anos foram um inferno na terra, mas os últimos nove anos têm mais do que compensado. Ele vive sozinho em um apartamento que é parte do Santuário Scarcity, construído e admi...