5ºCAPÍTULO

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A manhã de domingo chegou e eu estou muito ansiosa, não sei o que vai acontecer, ele não me deu nenhuma pista de onde iríamos.

Às nove em ponto ele estava a minha espera...Desci pelo elevador e quando cheguei lá em baixo ele me recebeu com seu melhor sorriso.

_Olá Elise!  - Ele me Abraçou - Vamos!

_Vamos. - falei animada - Pra onde vamos mesmo?

_É surpresa. - Ele se calou.

Depois de uns dez minutos na estrada. ..

_Ja estamos chegando?  - perguntei ansiosa.

_Calma, não chegamos ainda.

Mais dez minutos se passaram...

_E agora?

_Ainda não!

Cinco minutos depois...

_Chegamos! - Ele disse por fim.

Quando saímos do carro tinham três rampas de skates, era uma pista para skatistas. Nossa! Mas eu disse a ele que eu não sei andar de skate.

_ E aí, vamos? - olhei pra ele meio desconfiada.

_Mas eu não vou andar.

_ Ahhh vai sim. Pode ficar tranquila, não vou deixar você cair, qualquer coisa eu te seguro.

Tá legal, pensei comigo mesma, eu consigo.
Ele me explicou como se faz, o modo como subir sem cair de bunda no chão; e enfim subi morrendo de medo, andei um pouco e depois ele me soltou e eu consegui andar sozinha.

_Que maneiro! Ah meu Deus, eu estou andando de skate.

É uma sensação muito boa, é como se nada no mundo pudesse me parar, me senti confiante naquele momento, até que ele pediu pra eu parar e disse:

_Agora você vai descer a rampa.

_ Tá louco? Eu não consigo fazer isso Erick.

_Claro que consegue - ele olhou dentro dos meus olhos - El, quando você quer uma coisa, não há nada que te faça parar, não há rampa, não há medo, só existe a sua vontade, o teu querer, entendeu? - olhei pra ele meio confusa - E aí, você quer descer a rampa?

Eu estou morrendo de medo de cair com a cara no chão, mas comecei a confiar nele e quando percebi, eu já estava me preparando pra descer aquela rampa.

Se ele é louco, eu sou ainda mais louca do que ele.

_ Vamos lá Elise, você consegue.

Com uma torcida dessa, quem não consegue?

_ Vamos! - olhei pra ele e ele começou a contar de um a três e no três,  eu fui e ele desceu correndo comigo, segurando a minha mão e eu adorei aquilo, a adrenalina em minhas veias. Ele me transmitia segurança, essa é a palavra para descrevê lo.

Segurança!

Quando chegamos lá em baixo ele sorriu pra mim.

_ Não foi tão ruim assim né?

_ Não! Posso ir de novo? - Ele caiu na gargalhada e eu comecei a rir também.

_Eu sabia que você ia gostar dessa brincadeira, vamos de novo então.

Desci mais umas quatro vezes até que na quinta eu cai com tudo no chão e ralei a perna, o Erick focpu desesperado e veio correndo até mim.

_Tá tudo bem, relaxa foi só um ralado.

Não diga que é amor se não for!Onde histórias criam vida. Descubra agora