Não diga que é amor se não for!

18ºCAPÍTULO

Acordei com o alarme do meu celular apitando, a luz do sol na janela me mostrava que já é dia. Eu preciso levantar depressa. Mas estou com tanto sono. Fiquei até tarde acordada ontem.

Cochilei mais um pouquinho e quando acordei já eram sete horas. Eu preciso correr senão vou me atrasar.

Me arrumei e desci pra garagem e quando cheguei lá...

_ Droga!

O pneu da moto está vazio,  mas ontem estava tudo certo. O que aconteceu?  Eu nem usei ela.

Liguei pro Christian...

_ Oi Elise! - Ele disse em tom frio.

_Ahn... bom dia Chris, você já tá indo pro consultório?

_ Sim, porque?

_ O pneu da minha moto está vazio, você pode me dar uma carona?

Ele demorou um pouco pra responder.

_ Tá, eu passo aí.

_Obrigado, vou ficar em frente ao prédio te esperando.

_Ok!

Desliguei o telefone e vi o Robert saindo do prédio onde eu moro. Mas... o que ele está fazendo aqui?

_ Oi Elise - ele disse todo sorridente - Tudo bem com você?

_ Sim! Mas, o que você tá fazendo aqui?

_ Então esse é o seu prédio?

_ Sim.

_ Ah que legal, vamos ser vizinhos gata - Ele disse sorrindo, mas não vi nenhum tipo de malícia ou paquera em seu tom de voz.

_ Vizinhos?

_ Sim, comprei o apartamento do quinto andar.

_ É o mesmo andar qie o meu.

_ Legal - Ele disse animado - Agora sim podemos ser amigos.

O carro do Christian chegou e ele estacionou na nossa frente.

_ Eu tenho que ir. Tchau!

_Tchau Elise, cadê a sua moto?

_ É uma longa história.

Entrei no carro e o Christian está muito sério, provavelmente ainda com raiva de mim.

_ Bom dia - Ele disse.

_ Bom dia, a gente pode conversar?

_ Agora não, a gente tem que trabalhar.

Ele está tão frio que por um momento pensei que fosse congelar, e tudo por causa do Erick.

Só virei o rosto pra janela e não disse mais nada.

Chegamos e não nos falamos o tempo todo, só o necessário.

A hora foi passando e quando já estava na hora de eu ir pra casa o telefone começou a tocar.

_ Almoça comigo? - como assim? Ele me ignorou a manhã inteira e agora quer almoçar comigo?

_ Claro! - Eu não posso dizer que não, a gente precisa conversar.

Ele me levou em um restaurante ali por perto mesmo, ainda em silêncio fizemos nosso pedido.

Ele não está nem me olhando nos olhos.

_ Vamos parar com isso! Eu já não aguento mais você assim.

_Elise... - Ele deu uma longa pausa - Você vai ter que fazer uma escolha! - Ele disse com a voz firme.