Capítulo 3 - A verdade.

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  Aquele rebolado...Ela não era como as vítimas que eu costumava atrair, possuía belos cabelos loiros longos, curvas que não vemos facilmente, e aquele olhar...Era como olhar para as estrelas. Ela era uma mulher extremamente atraente, ficamos conversando por um curto período de tempo, já que ela precisava atender todos aqueles homens babando no seu decote. Eu estava apoiada na mesa do bar próximo a ela, e então balancei a cerveja vazia em sinal para que ela trouxesse outra. Com sorriso angelical a doce mulher trouxe-me mais uma garrafa.

— Que horas termina seu turno? — perguntei levando a garrafa aos lábios.

— Isso é uma cantada? — ela perguntou franzindo o senho.

— Talvez...Acha que eu teria alguma chance com uma mulher como você? — perguntei lançando um olhar fixo ao dela.

— Uma mulher como eu? — um meio sorriso tomou conta daqueles belos lábios.

— Uma mulher bonita, e pelo que observo muito inteligente também. — um sorriso lateral surgiu em meus lábios.

Ela riu. Em seguida um homem a chamou, ela então me olhou com o canto dos olhos e um sorriso muito bem formado nos lábios. Ela atendeu o pedido e em seguida voltou a se aproximar de mim. Conversamos por mais alguns curtos minutos e combinamos de sair dali em meia hora. O tempo parecia não passar, mas então, ela surgiu ao meu lado já com o casaco em mãos. Não pude conter um sorriso ao vê-la e dali saímos juntas.

— A propósito meu nome é Bizzy. — ela riu.

— Muito prazer, senhorita Bizzy. — segurei a mão dela beijando-a gentilmente. — Me chamo Morgana. — disse voltando a sorrir de lado — Daria-me a honra de levar-lhe até em casa?

Ela sorriu e assentiu, tomamos o rumo da casa enquanto conversávamos como sempre costumava fazer ao encontrar uma vítima em potencial. Chegamos na porta e ela a abriu, logo acendeu as luzes da sala. Adentrei a casa observando-a com calma, fechei a porta e ela logo deixou a bolsa e o casaco no sofá. Se virou, ficando em minha frente com um sorriso tímido e não pude me conter, logo levei minhas mãos aquela cintura colando nossos corpos. A sua respiração era pesada, coração disparado. Olhei diretamente para aqueles lábios carnudos e não me contive em beija-la com intensidade. Bizzy retribuiu mantendo o meu ritmo e então passei a conduzi-la. Me sentei em uma das poltronas que havia na sala pondo-a em meu colo. Minhas mãos apertavam sua bunda com força trazendo-a mais junto a mim. Os beijos passaram a chupões e mordidas em vários locais provocativos. Minha respiração passou a ofegar, nossas peças de roupas espalharam-se pelo cômodo com rapidez, eu a tinha em minhas mãos, deliciosa e apenas para mim. A foda antes do homicídio nunca havia acontecido. Era como se uma parte de mim ardesse desejando ver a preciosa vida da loira esvaindo em minhas mãos, e outra parte de mim ardesse desejando tê-la completamente minha, viva, quente, e em momentos como aquele sem fim. O prazer não era de apenas mais uma foda, mas parecia algo diferenciado, meu desejo por ela ia além daquilo, eu a desejava por completo. Foi naquele momento que percebi, eu não iria mata-la, eu iria conquista-la.  

  Mas que porra você ta fazendo?! — disse empurrando-a para longe.

  Não é divertido quando está do outro lado?  Ela me perguntou cruzando os braços com um largo sorriso. 

 Outro lado? De que merda você ta falando? Vai passar a me perseguir agora? 

Perseguir? Não se lembra de quando nos conhecemos? Você me atraiu com tanta facilidade, mas se eu soubesse que estragaria minha vida assim nunca  deixaria com que se aproximasse.

  Estragar a sua vida? Não estaríamos aqui se não fosse por você! Por mais de quinze anos eu me escondi com grande facilidade, mas precisava ser você a me dedurar não é mesmo?! Empurrei  Bizzy com força, a raiva tomava conta de mim. 

  Minha culpa?! Então você não sabe a verdade? ela segurou minhas mãos com força.

Que merda você ta falando?   perguntei irritada.

  Foi a sua doce princesa Sarah quem ligou para a polícia. E você sabe disso, só não admite a si mesma! Você a criou, deu tudo o que ela precisava, e ela lhe retribuí assim? Você me culpa por não ter admitido minhas participações, mas o que queria que eu fizesse?! Nós duas aqui diminuiria as chances de poder tê-la de volta pra mim!

Ouvi cada uma daquelas palavras que me atingiam com extrema força. A hipótese de Sarah ter sido a culpada por eu estar naquele inferno já pairava em minha cabeça a um tempo mas nunca me permiti acreditar.

Por que diabos ela me entregaria assim? perguntei pensativa.

Ela me amava. — Bizzy disse com um semblante entristecido. Mas ela sabia que eu não iria corresponder, ela sabia muito bem que é você quem eu amo. A ruiva abriu a cortina saindo dali. — Mas não se preocupe, em poucos dias ela virá nos fazer companhia.

A última frase pronunciada fez o ódio que iniciava crescer mais e mais. Finalizei o meu banho com a mente em movimento, a raiva era tanta que eu sentia necessidade de assassinar. Horas depois, perto do jantar, fui atrás de uma guarda que costumava fornecer drogas em troca de foda. Andei ao seu lado sem contato visual.

Eu quero a injetável. Estou disposta a pagar o seu preço.

Em meia hora, no armário ao lado da biblioteca. ela disse logo desviando o olhar e saindo dali.

Após comer a lavagem que costumam servir nesse lugar imundo segui até o armário combinado e a encontrei lá. Fechei a porta e pedi a confirmação da droga. Ela me mostrou a seringa, e antes que eu conseguisse pega-la a guarda abriu o próprio cinto. Me aproximei dela, começando a levar a destra a sua íntima, enquanto com a canhota levei a mão juntamente a dela com a seringa, segurei a mesma em mãos levando-a para minhas costas. Mantive os movimentos com a destra enquanto retirava o líquido da seringa sem que ela percebesse, em um ato rápido injetei ar diretamente em uma veia principal. Ela caiu no chão logo depois, agonizando em minha frente. Encostei-me na parede descendo meu corpo até me sentar, sorria largo ao vê-la contorcendo em minha frente.

  ㅤㅤ ㅤㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤㅤ ㅤ – Folha 3. Terceiro dia.  

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