Asas Que Batem a Noite

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Armázem, Gotham City.

Armas, ferramentas que trazem a morte em forma de um pedaço de chumbo quente, porém a evolução tecnológica transformou o chumbo em rajadas de energia, frio, eletricidade, o que o dinheiro sujo puder pagar. O mercado armamentista criminoso hoje é mais poderoso que o das drogas, a tecnologia forçou o crime a evoluir e essa nova geração de criminosos agora quer tomar Gotham. Mas como toda geração eles são estúpidos demais para entender uma coisa, Gotham City pertence ao Batman.

Os guardas caminham de um lado para o outro pelos longos corredores, cercados por caixas com todo tipo de equipamento, qualquer um poderia se tornar um dos fantasiados com o que há nesse lugar, por isso os guardas têm que ficar ainda mais espertos com o material. Seu chefe não fica feliz quando ele perde sua mercadoria.

—Check-in: Corredor D? -O guarda puxou seu comunicador para garantir que tudo está nos conformes.

—Corredor D: Tudo limpo.

—Check-in: Corredor C?

—Corredor C: Tudo limpo.

—Check-in: Corredor B? -Não houve resposta. -Check-in: Corredor B... Corredor B na escuta?

O som de algo caindo sobre metal soou alto, o guarda olhou para cima e antes que pudesse reagir uma figura negra pulou em cima dele, acertando seu rosto com os dois pés. A cruzada do Cavaleiro das trevas começa.

Os demais guardas ouviram seu colega ser derrubado e correram em desespero para junto dele, os dois o encontram amarrado ao telhado pelo pé.

—É ele cara, é o Morcego! -Corredor C começou a tremer.

—Se acalma ta. Você tá segurando uma pistola de frio, se ele aparecer dispara uns espetos de gelo. -Corredor D pegou a faca da sua cintura para cortar a corda, o que não deu em nada. -Mas que merd...

Antes que ele terminasse, Corredor C foi amarrado pelos pés e arrastado para as sombras aos gritos e com as arranhando o chão. Agora era apenas o Corredor D e sua fiel pistola incendiária.

—Cadê você desgraçado? -Corredor D começou a caminhar com passos curtos, seu corpo se movia apenas pelo senso de preservação.

—Aqui! -Batman sussurrou no ouvido do criminoso e o golpeou antes que ele pudesse gritar.

Corredor D não sabia por quanto tempo ficou desacordado, mas quando abriu os olhos percebeu que não estava mais no armazém. Ao levantar a cabeça deu de cara com o Morcego, seu traje dos pés a capa é completamente negro, as únicas cores diferentes sãos os olhos brancos na máscara que expõe seu maxilar e o grande morcego dentro de um círculo amarelo em seu peito. Eles estão no telhado de um prédio.

—Boa noite Jonny. -A voz rouca é uma ferramenta clássica para arrepiar a espinha dos criminosos. -A polícia já prendeu seus colegas e já tem as armas que vocês trouxeram para Gotham, e eu sei que vocês não conseguiram elas na cidade, então você vai me responder...

Batman levantou Jonny pelo pescoço, levemente apertando para dificultar a respiração do bandido, mas não sufocá-lo.

—Quem deu aquele lixo que vocês trouxeram para minha cidade!

—Eu não vou te falar nada aberração. -Jonny tentou socar o Morcego que segurou seu punho e o esmagou.

—Você quem sabe. -Batman alisou os ombros do criminoso e lhe deu um leve sorriso.

Batman foi para cima de Jonny, abraçou a barriga do criminoso e se jogou do prédio. Os gritos sempre o divertiam.

—O chão parece cada vez mais perto Jonny. -Batman nunca deixava eles verem a queda, isso sempre os deixava mais desesperados.

—Ta bom, ta bom, ta bom! Eu falo, eu falo! Só não me deixa cair! Por favor! -Jonny esbravejou até lhe faltar ar.

Chamas saíram dos pés de Batman, os propulsores diminuíram a velocidade da queda e rapidamente os levaram para cima. Jonny foi jogado no telhado do prédio abaixo, o criminoso tateou o chão várias vezes para ter certeza que estava em uma superfície firme.

—Comece a falar Jonny! -Batman o levantou pelo colarinho novamente, mantê-los assustados faziam eles darem mais informação.

—A gente recebeu isso da Intergangue, os caras de Metropolis. -Jonny não hesitar em entregar tudo.

—E você não está escondendo nada de mim não é? -Batman virou o criminoso para a beirada do prédio para que ele apreciasse aquela vista novamente.

—Não, não, não. Eu não sei mais nada. -Jonny se desesperou ao ver o olhar do Morcego ficar mais agressivo. -Eu só estava de patrulha! Isso é tudo que eu sei! Eu juro!

—Eu acredito em você Jonny. -Batman deu uma cabeçada no criminoso o desmaiando.

Helicópteros da polícia se aproximaram do telhado e dispararam holofotes em cima do Morcego. Batman deu um sinal para os policiais e correu para o outro lado do telhado saltando para dentro do seu batmóvel. A vida se tornou muito mais fácil quando a combustão interna foi substituída por motores anti-gravidade.

—Oráculo, estou voltando para a caverna. -Batman colocou as coordenadas no painel do batmóvel, o veículo disparou em direção ao esconderijo do Morcego que analisava a arma que havia roubado dos criminosos e guardado no carro.

Batcaverna, Abaixo da Mansão Wayne.

Esse é um lugar com muitos significados diferentes, para alguns é uma sala de troféus representando grandes vitórias, para outros um museu empoeirado cheio de conquistas vazias, para Batman é um memorial as conquistas do homem que o criou.

—Parece que nossa suspeita estava certa. A Intergangue continua distribuindo seus estoques pelo país, imagino que você pode cuidar disso Laura. -Batman fala sua aprendiz e colega de trabalho, Super-Mulher.

—Sem problema Dick. Vou cruzar a numeração dos navios com os computadores na Metro-Torre, assim eu descubro a quem eles pertencem e aí é só uma questão de caçar Mayhem e seus capangas. -Super-Mulher falou animada. -Está amanhecendo, que tal você ir tentar dormir um pouco vovô. Ninguém quer te ver desmaiando no meio da reunião.

—Muito engraçado mocinha. Me ligue se precisar de ajuda com alguma coisa. -Dick desligou o computador e caminhou em direção a saída da caverna.

Ele parou um momento, seus olhos contemplaram o uniforme de seu mentor em display, o mesmo cinza e azul que ele usava quando Dick era um garoto e havia começado sua carreira com Robin. Um memorial para lembrá-lo de uma figura que trazia medo para ao coração dos criminosos, mas da pessoa que mudou sua vida, do pai que lhe deu uma chance.

—Mais uma noite Bruce.

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