Eu estava sentado perto da parede conversando com a Carol, notei uma presença nova na sala, era você. De início te achei bem engraçado, adorei sua camisa amarela. Não sei o que deu em você pra vim falar comigo mais tarde, você chegou fazendo suas gracinhas e eu adorei aquilo, pensara ter encontrado o que eu sempre quisera: um talvez futuro namorado que eu amasse.
E sabe, por mais que seja bem precoce falar sobre amor sem nem ter lhe conhecido direito, para mim, aquilo que eu sentia era amor, amor misturado com afeto.
Naquele mesmo dia você passou me encarando no recreio, rosto a rosto e ficou me olhando de longe, aquilo foi tão fofo que eu queria morrer. A Sabrina e a Júlia, que estavam do meu lado, te acharam um fofo, perguntaram quem você era, com aquele ar de "ele te quer" e com a carinha safada.
Me lembro de ter respondido que você era hétero e talvez te chamado de idiota. Eu realmente desejava que elas estivessem certas.
Por causas desses atos idiotas e talvez sem importância para sua pessoa, eu adquiri uma ansiedade fodida na barriga e também a incerteza baseada no talvez. Queria tanto mandar mensagem e conversar com você por horas, ou então sentar do seu lado na hora do recreio pra fazer vários nadas.
Me recordo de certa vez que você se sentou do meu lado na aula e falou: "olha Roni, nossa música".E de eu ouvir alguma música que "não me lembro o nome" no fone de ouvido, com você.
Eu não fiz nada naquele momento, porém queria te abraçar e talvez ser abraçado. Você voltou pro seu lugar e eu fiquei ali, sozinho e arrependido por não ter feito o que queria,tanto por medo do julgamento dos outros ou mesmo do seu julgamento, essa foi mais uma chance jogada no lixo de demonstrar meu carinho por você, mais uma se somando à milhares.
Ainda no dia do acontecimento da "nossa música", por volta das 14 horas, eu, lutando contra pensamentos negativos e contra a ansiedade, te enviei duas mensagens. Te enviei uma música chamada "Oitavo Andar" da Clarice Falcão e uns caracteres: "prefiro essa". Você não respondeu, eu apaguei a conversa de dois balões com confirmados azuis.
MÚSICAS RECOMENDADAS: Marceline - Ana Muller / Ensaio Sobre Ela – Cícero
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Uma Carta de Amor a Quem Quiser!
RomancePor meio desse relato, contar-te-ei como me perdi em teus olhos, revelarei a tua culpa no meu desassossego. Leia até o final, meu querido Unknown!