Desfecho

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Não me arrependo de tê-lo convidado para o encontro, muito menos de ter comparecido sozinho, de ter tomado 400 ml daquele delicioso liquido, de ter feito "papel de trouxa". Eu sou grato por isso, faria tudo novamente. 

Antes da quarta, o dia marcado para o "encontro intelectual", as coisas começavam a não ir tão bem. Mandei algumas mensagens, ele as respondeu com frieza, nunca conseguia a formulação de uma frase completa, mas enfim, não desistia da ideia do encontro. 

Ainda na segunda-feira, o abracei a caminho do banheiro e perguntei se ainda estava de pé, ele respondeu: "a gente vai lá". Na quarta-feira, pela manhã na escola, eu perguntei se ele iria, respondera: "Eu acho que vou pro curso, mas eu passo lá umas 18 horas". "Tudo bem" saiu da minha boca. 

Os meus planos de tentar uma amizade real estavam desmoronando, mas sabe, não me sentia mal. Pela tarde, precisava ir à escola, então o fiz. Logo após, fui ao local marcado. 

Sinceramente? Não tinha esperanças que ele aparecesse, então eu tomei o Milk Shake lendo, depois me dirigi a uma praça. Como já sabia, ele não apareceu. 

Estava em uma praça escrevendo algo e um amigo apareceu, conversamos. Ele falou que precisava ir, nos despedimos. Como reservara um dinheiro à mais caso ele quisesse que eu pagasse seu Milk Shake, fui comprar um salgado para depois ir embora. 

Vi que eram 18:00 horas, então para matar qualquer dúvida, passei novamente pelo local do encontro. Ao me aproximar, pensara ter visto ele, meu coração acelerou, era um alarme falso. Passei o resto da quarta escrevendo em um banco de praça. 

Cheguei em casa, havia mensagens dele se desculpando, com frases dessa vez, perguntando se poderíamos marcar na quinta. Perguntei se ele de fato estaria livre, respondeu que sim. Bom, na quinta à tarde, por volta das 13:30, falei que não achava mais necessário que aquilo ocorresse e que gostaria de entregar algo ao mesmo, ele respondeu rindo. 

Na sexta pela manhã o entreguei as cartas, pedi que ele lesse na casa dele. Gaguejei, confesso, mas fiz. Ele riu ironicamente olhando para as mesmas. Junto delas tinha uma foto minha com as inscrições: "Nunca se esqueça de...", fiz questão de tira-la da carta antes de entregar. 

Sobre a pergunta do final das cartas: ele não tem direito à escolha do sim, fiz questão de falar para o mesmo que ele deveria seguir as instruções do não como resposta. Não iria dar certo, ele havia demonstrado isso. 

Eu me arrependo? Não, não me arrependo. Faria tudo da mesma forma, sou grato pelas minhas ações, sou uma pessoa incrível, não existe mais angustia, ele sabe como me sinto e vai me deixar em paz, estou contente!

Uma Carta de Amor a Quem Quiser!Onde histórias criam vida. Descubra agora