Você se aproximava e partia, não percebia oestrago que fazia.
Cada palavra e gesto meigo me conquistavam, me davamesperança, cada vez que se afastava e ficava sem falar comigo era uma novamagoa a ser calculada, aquilo me matava. Decidi que colocaria um fim naquilo,eu era incrível demais para sofrer por uma incerteza.
Eis que em um certo diacontei pra você o que sentia, mandei por mensagem, isso fora dia 01 de abril de2016. Eu estava planejando falar pessoalmente, mas era medroso pra tentar.
Teveum dia, em um retorno do segundo ano, que eu tentei ficar te encarando, tinhaesperanças que também o fizesse, como não fez, a chance foi perdida e eu fiqueinovamente magoado.
Contar pra você o que sentia era a minhatentativa mais desesperada de me livrar desse sentimento, quando mandei asmensagens, não possuía esperança que fosse reciproco, ou talvez sim, sintoagora que uma pequena parte de mim desejava que você nutrisse o mesmo.
Naqueledia eu sai pra pensar, enviei as mensagens e coloquei meu celular em modoavião, tinha medo das consequências. Encontrei a Carol na rua e mais uma vezela condenou a minha ação, desde o princípio ela sabia que isso não levaria alugar algum.
Fomos pra praça das bandeiras e ficamos sentados, conversando.Alguns minutos mais tarde, o Emílio e os meninos passaram, pensei que vocêestava no meio deles, me deu um medo tão grande, sabe? Você não estava,agradeci aos céus por isso. A Carol saiu dali com outras pessoas e eu fiqueicom outro amigo lá, um colega na verdade.
Tomei coragem, tirei o celular domodo avião e iria encarar as consequências do meu ato. Chequei a conversa, tudovisualizado e nada respondido. Me revoltei e mandei algo que não lembro, vocêrespondeu dizendo que pensava ser uma brincadeira por conta da data e quegostava de min, mas não da mesma forma que eu.
Aquela data e a sua desculpa pornão responder resumiram tudo que havia ocorrido nos primeiros meses de 2016,foi tudo uma incrível brincadeira, e eu, o garoto solitário, me sentia obrinquedo.
Bem, eu decidi que iria nutrir ódio por você, o ódio esmagaria o amor. Tentei te tratar mal, virar a cara quando estivesse por perto, me afastar quando se aproximasse. Não deu certo, mesmo depois da minha confissão, você continuou a demonstrar afeto, mesmo que bem pouco se comparado à outras vezes.
O seu pouco de afeto era o suficiente para quebrar meus muros, e assim se tornou um ciclo vicioso. Mais muros se erguiam e você os quebrava sem perceber. Eu estava completamente fodido, o que mais eu poderia fazer pra destruir esse sentimento? E porque? Porque tu insistia em falar comigo? Porque insistir em falar com alguém que te tratava mal?
Eu não tinha respostas pra isso, eu ainda não tenho. Sabe o que eu realmente queria? Queria que você me odiasse, que não falasse mais comigo. Se isso ocorresse, seria mais fácil te esquecer. Porque você não entendia isso?
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Uma Carta de Amor a Quem Quiser!
RomancePor meio desse relato, contar-te-ei como me perdi em teus olhos, revelarei a tua culpa no meu desassossego. Leia até o final, meu querido Unknown!