Jake E Nessie (COMPLETO)

Confusão

Carlisle me chamou em seu escritório, lá ele havia praticamente todo o equipamento para meu pré-natal. Como ele conseguia? Eu não fazia a mínima idéia. Talvez sua forte influência como médico.

-- Qual foi a data da sua última menstruação? -- Ele perguntou com um bloco de notas na mão. Me senti constrangida.

-- Dia 28...

Ele tomou nota e fez alguns cálculos mentais, eu só o observava.

-- Deite aqui. -- Ele me apontou para uma maca que estava instalada no canto de seu escritório. -- E tire sua blusa.

O obedeci.

Ele passou algo gelado em minha barriga e eu ri.

-- Vai gelar um pouquinho. -- Ele sorriu.

-- Não é mais gelado que seu abraço.

-- Provavelmente.

O sorriso de Carlisle era o sorriso mais calmante do universo, nem mesmo as influências às emoções de Jasper eram tão reconfortantes. Carlisle não era nosso patriarca à toa, mas por ser um grande líder capaz de resolver qualquer coisa. Jacob entrou na sala em silêncio e ficou ao meu lado.

Carlisle olhou para a tela.

-- Tenho uma boa notícia. -- Ele nos olhou com um sorriso enorme. -- O bebê corresponde à idade gestacional, ele está se desenvolvendo como um bebê humano.

Suspirei de alívio.

-- Nossa isso me tranquilizou muito. -- Jacob segurou minha mão.

-- Olhe só para o bebê de vocês. -- Ele disse virando a tela para nós.

Não era muito visível, Carlisle me apontou sua cabeça.

-- É menino? -- Jacob indagou, eu ri.

-- Ainda é cedo, com uns três meses vocês descobrem.

Ele pegou outro aparelhinho e colocou sobre minha barriga.

Um som acelerado invadiu o ambiente.

-- É seu coração? -- Eu disse repleta da alegria que aquele som me causava.

Ele concordou com a cabeça. Fechei meus olhos ouvindo, era como uma música ou um soneto para mim, senti as lágrimas molharem, eu nunca quis tanto um bebê como eu queria agora.

Carlisle me tirou do meu mundinho mágico ao limpar minha barriga, por mim eu ficaria ali o dia todo vendo e ouvindo meu filho.

A notícia de que eu tinha uma gestação normal fez todos ficarem felizes.

-- Será que ele será lobo? -- Seth jogou a pergunta no ar.

-- Talvez sim, talvez não. As vezes pula algumas gerações, meu pai não é. Mais já teve casos de pai e filho serem.

Eu mal prestava atenção na conversa deles, eu estava deitada no sofá alisando minha barriga, eu estava agarrada com algumas almofadas, sonhando acordada. Naquele momento parecia que nunca quis algo na vida tanto que eu queria aquele pedacinho de Jacob em mim.

Eu já imaginava aquele mini Jacob correndo pela casa, bagunçando nossas vidas. Já imaginava as noites mal dormidas, os brinquedos jogados pela casa.

Jacob beijou minha barriga, eu já estava acostumada com aquilo.

Alice entrou pela porta cheia de sacolas.

-- Nessie olha as coisas que comprei para seu bebê.

-- Estava demorando. -- Bella revirou os olhos.

-- Mas... ainda não sei o sexo do bebê... você...

-- Não, eu não consigo ver o futuro do seu bebê, mais relaxa eu comprei coisas neutras que sirvam tanto para menino ou menina.

Abri as sacolas e Alice me ajudava a dobrar as coisas e guarda-las.

-- Eu vi um berço tão lindo com um dorsel. Podemos ir comprar. O quarto que era de Jacob ao lado do seu, podemos reformá-lo e fazer o quarto do bebê, assim fica mais perto de vocês.

-- Alice calma, teremos tempo.

-- Okay. -- Ela disse para si mesma fingindo respirar fundo, como se precisasse.

-- Eu to com bastante fome, um big mac cairia bem agora. -- Me joguei no sofá novamente. Jacob se levantou no mesmo instante.

-- Vamos lá comprar para você. -- Ele disse já com a chave na mão.

-- Não depois vamos...não precisa.

-- Vamos também quero. -- Seth também foi para porta e Amy o seguiu.

É, era melhor eu ir.

Jacob me faria a grávida mais mimada do universo, eu deveria controlar meus desejos e o que eu falava, pois se eu pedir dissesse as três horas da manhã uma manga da Índia Jacob iria até lá buscar para mim.

Pegamos uma mesa enquanto Jacob e Seth encaravam a fila. Eu estava agasalhada, o frio estava enorme.

-- Você está bem melhor que ontem. -- Amy disse me oferecendo um chiclete. Eu recusei.

-- É eu aceitei a idéia, até tô feliz.

-- Ainda bem que fui comprar o teste, na hora que te vi vomitando eu desconfiei.

-- Obrigado por ser demasiado chata.

-- Disponha. -- Ela disse piscando um dos olhos.

Comi com tanta vontade que a sensação do sabor do hambúrguer explodiu minha boca. Comer nunca foi tão bom agora.

Depois de comer fomos até a praça que havia em frente, onde Seth resolveu explodir uma guerra mundial com bolas de neve. Ninguém jogava em mim o que me deixou bem triste por sobrar na guerrinha, uma bola não ia fazer mal a mim e nem ao bebê. Revirei os olhos.

Eu e Amy olhamos para perto e ali estava um grupo de garotos fumando, reconheci o loiro apesar da toca.

-- Olha lá a vagabunda que quebrou o seu nariz Johnny. -- Um garoto apontou para mim. Jacob que estava fora do campo de visão com Seth olhou no mesmo instante. O garoto pegou uma bola de neve e acertou em cheio no meu rosto

No mesmo instante temi. Não por mim, mais pelo garoto, quando vi Jacob vindo em nossa direção.