(Tifany na mídia)

Malu

O sinal toca para o intervalo de 15 minutos e os alunos se levantam para sair, Emily só acena pra mim e se retira, ela sabe que nos intervalos eu gosto de ficar na sala lendo, sozinha.

- Jake... Peter.- Tifany os chama e eles se viram na direção dela.- Vocês querem andar com a gente? Para não ficarem olhando pra cara feia de certas pessoas que estão na sala.

Essa vadia...

Eles se entreolham e o garoto do canto nega, mas o outro se vira pra ela e sorri se levantando, eu não consigo identificar quem é quem.

- O Peter prefere ficar na sala, mais eu irei.- Ele diz caminhando até ela é então eles saem da sala, Tifany olha para mim e sorri cínica, a vai se ferrar.

Ta legal, então o que saiu foi o Jake... e o que ficou foi o Peter? Ok.

Continuo a ler meu livro, mas seila... eu fico meio incomodada com a presença dele, eu costumava ficar sozinha.

Não custa nada puxar assunto né?.

Como ele não deu iniciativa, eu fecho o livro e boto em cima da mesa, cutuco ele que demora um pouco pra se virar.

- Que foi?.- Ele pergunta é eu arregalo os olhos, que rude.

- Ah... eu... é..

- Fala.- Diz em um tom irritado.

- V-você... gosta de ler?.- Pergunto sorrindo forçado e apontando pro livro.

Ele fica alguns longos segundos me olhando, e eu já devo estar em vários tons de vermelho.

- Não.- Diz simples e eu levanto as sobrancelhas.

- Como não? É o melhor passa tempo da terra.- Levanto o braço falando em descrença.

Ele apenas franze o cenho e se vira novamente, Senhor, que garoto chato, o irmão dele parece ser mais divertido.

Respiro fundo e pego meu livro abrindo na página que parei e volto a ler, bem melhor do que conversar com esse grosso.

Depois de alguns minutos o sinal toca e então todos voltam pra aula.

O outro gêmeo, Jake, se senta ao lado do irmão rindo.

- Vou me divertir bastante nessa escola..- Ele diz sorrindo, e wow, que sorriso.

O outro carrancudo se vira pra ele.

- Você quer nos ferrar.

- Acredite irmãozinho...- Jake chega mais perto do outro e sussurra.- Agir como você, não vai mudar nada, aproveite.

Eu só consegui entender porque estava muito atenta ao que eles conversavam, mas ao perceber isso volto a prestar atenção na aula.

Como assim "agir como você não vai mudar nada?".

.
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Quando deu a hora de ir embora, arrumo meus materiais e rapidamente saio da sala, caminho com medo pelas calçadas, as 17:00 não tem mais quase ninguém nas ruas, e isso é muito perigoso por aqui.

Chego em casa e tranco a porta, jogo minha bolsa no sofá e subo as escadas, tomo um banho quente e visto um pijama, logos após vou pra cozinha.

- Hum... o que vou fazer..- Boto a mão no queixo.- Que tal um pudim?.

Concordo comigo mesma e começo a pegar os ingredientes. Pudim é minha única especialidade.

Quando pego os ingredientes e os analiso.

- Falta alguma coisa..- Percebo que está faltando o açúcar.- Droga... esqueci de comprar.

Bom... eu poderia ir comprar agora.

Não, é muito perigoso...

E que tal... pedir um pouco aos novos vizinhos?.

Ótimo, vai ser aquela em que a donzela pega uma caneca e vai até seu vizinho galã pedir um pouco de açúcar, aí eles se casam e vivem felizes pra sempre.

Rio de meu pensamento já pegando a caneca.

Abro a porta e saio de casa recebendo um vento gelado, ta frio pra caralho, abraço meu corpo e caminho descalça até a casa dos vizinhos no meio da noite, só posso ter retardo mental.

Subo a pequena escadinha que há em frente a casa e então toco a campainha.

Fico esperando um 1 minuto e ninguém vem atender. Aperto a campainha mais uma... duas... três vezes impaciente.

Que droga, ninguém vai atender essa merda?.

E é nessa hora que alguém abre a porta.

- Sim?.

Deem notinha :) e comentem.

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