Vampires

7

Malu

3 semanas depois

Nesse tempo que passou, me dediquei ao máximo nos estudos, as matérias estão ficando cada vez mais difícil, e eu vim pra cá para ter uma faculdade melhor do que eu teria na minha cidade natal. E durante essas duas semanas, tentei evitar Jake, não porque Peter pediu, mais porque ele não parece ser flor que se cheire, e Peter, eu nem preciso evitar, já que ele faz isso por conta própria com todos da nossa turma, pois é, nesse tempo ele não arrumou nem um amigo, diferente de Jake, que já é popular na escola toda, tabom, agora chega de falar deles.

Agora vamos falar de Emily, minha amiga deu a louca, agora inventou de pesquisar sobre coisas sobrenaturais na internet, como por exemplo vampiros, ela está obcecada por vampiros, diz ela que vampiros realmente existem, e que estão vagando por aí, o que eu fiz? Eu ri, claro, porfavor, são só mitos, lendas, não existem.

E esse foi o básico do que aconteceu por aqui, nada de mais.

O despertador toca, levanto, banho, me arrumo, lancho e saio de casa, mesma rotina de sempre.

Quando estou andando pelas calçadas, sinto como se estivesse sendo observada, sabe quando tem essa sensação? Pois é, estou sentindo agora.

Olho para os lados e para trás, não tem ninguém, continuo a caminhar, com um certo medo, e se for um ladrão?.

De repente escuto passos logo atrás de mim, faço um barulho surpresa e olho pra trás novamente, droga, o que está acontecendo.

Respiro fundo e volto a caminhar, dessa vez não escuto ou sinto mais nada, me deixando aliviada.

*
*

- Já soube da novidade?.- Emily pergunta assim que chego na escola.

- É alguma coisa sobre vampiro?.

- Mais ou menos.- Reviro os olhos.- Relaxa, só quero indicar uma série nova.

- Qual?.

- The vampire diaries..- Já ia berrar mas ela me cortou.- Assiste antes de julgar.

- Hum, ok.- Faço uma nota mental de ver a série hoje a noite, ou Emily provavelmente irá me matar.- Estamos atrasadas, vamos.

Entro na sala e já caminho até meu lugar de sempre, Peter e Jake já estão sentados em minha frente, Jake nem sequer olhou pra minha cara, deve ter desistido de querer ser meu amigo, melhor assim.

- Bom dia alunos.- Diz o professor entrando na sala e sentando em sua mesa.- Estudaram para a prova de hoje?.- Pergunta é a turma solta resmungos e bufadas.- Eu avisei que teria prova, agora se ajeitem.

Todos que estavam sentados em grupos e duplas se ajeitaram em fileiras e logo o professor começou a distribuir as folhas quando uma batina na porta o interrompeu.

- Com licença.- Escuto uma voz fina e levanto o rosto assim como a turma, Tifany está na porta.

Tifany havia ficado ausente durante essas 3 semanas, não tinha dado as caras, fazendo todos questionarem se ela havia ficado doente ou tinha saído.

- Senhorita Tifany, bem vinda de volta, entre e se sente para fazer a prova.- O professor manda e ela o faz.

Vi Jake olhar para Peter e os dois franzirem o cenho.

- Ok, podem começar a responder, os que terminarem podem sair.

Começamos a fazer a prova, observei Jake e Peter se olharem a cada 10 segundos e logo depois os dois olhavam para Tifany, aquilo estava muito estranho.

Terminei de responder a prova e entreguei ao professor, saindo logo em seguida.

Caminhei pelos corredores, pensando em como aquela casa está bagunçada e precisa de uma faxina geral.

Saio da escola e ando pelas calçadas, o sol já está se pondo, fazendo com que o céu ficasse em tons de amarelo e laranja. Após uns 20 minutos caminhando, a noite já havia chegado, odeio vir pra casa a noite, mais ou é isso ou eu falto.

Devem está se perguntando porque eu não pego um ônibus ou um táxi, bom, os ônibus nem passam por aqui direito, imagina a esse horário... e taxi... eu não confio muito.

Quando vou passar por um beco, percebo uns seis caras encostados em um muro,bêbados e drogados, droga, e agora?.

- Calma Malu, eles não vão fazer nada, é só ignora-los.- Penso, respiro fundo e volto a caminhar.

Abaixo a cabeça quando vou passar em frente a eles o mais rápido possível.

- Ei, gracinha!.- Meu sangue gela, mas eu não paro, continuo a andar apressadamente.- Ei! Eu mandei parar.

Sinto uma mão em meu braço.

- Eu mandei parar, vadia.- Um dos homens grita e os outros riem, eu só consigo pensar em uma maneira de sair os mais rápido dali.

- Porfavor, me deixe ir.- Peço com a voz trêmula e o homem da uma gargalhada diabólica.

- Own, a bebezinha vai chorar.- Aperta mais ainda meu braço, me fazendo grunhi de dor.- Você vai chorar mais ainda quando souber o que vou fazer.

Me puxa para mais perto dos outros homens, quando ameaço gritar ele tampa minha boca e lágrimas grossas começam a cair de meus olhos, eu vou morrer, eu vou morrer, Deus porfavor me ajude.

- Aí Mark, pega ela de jeito.- Um dos homens diz e agora que eu surto, chutando o ar e tentando falhamente me soltar. O homem que está a me segurar, leva sua mão nojenta até minha barriga, subindo minha blusa enquanto eu me desesperado tentando me desfazer de seus braços.

Ele beija meu pescoço e eu fecho os olhos com vontade de vomitar, os outros homens só observam soltando risadas sinicas, pelo amor de Deus, não tem ninguém nesse beco?.

Assim que o homem está prestes a tirar minha blusa, sinto seus braços se soltarem de mim com brutalidade, e logo eu o vejo no chão, os outros homens param de rir.

Levanto o olhar e um homem de capuz está de costas para mim, bem em minha frente como se estivesse me protegendo, e ele está.

Ele olha para mim, e eu só consigo ver seus olhos azuis, pois o rosto todo está coberto por um pano preto.

Ele se vira novamente e voa em cima dos homens, em um momento que pisco os olhos, todos já estão no chão, ensanguentados, mortos, MORTOS.

Arregalo os olhos e começo a correr, correr muito, o máximo que consigo até chegar em casa, traçar a porta e me encostar nela respirando fundo, o que foi isso?.