I. SIGN OF THE TIMES

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"Apenas pare de chorar, é um sinal dos tempos (

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"Apenas pare de chorar, é um sinal dos tempos (...)"

—Sign of the times/Harry Styles


Você sempre escuta as pessoas falando dos altos e baixos da vida, mas nunca espera que sua vida seja a tal da metáfora da montanha russa. Ninguém quer ser o coitado que se fode o tempo (quase que) todo por míseras recompensas de alguns minutos. Todo mundo quer uma vidinha de filme da Disney, minto, a Cinderela se lascou muito pra conseguir se livrar da maldita madrasta. Mas antes de tudo, o meu problema não é uma madrasta, não, não... Até porque eu acreditava ter uma vida perfeita, como se eu vivesse em cima de um tapete mágico que voasse cada vez mais para cima.

Ninguém tem medo de altura; as pessoas têm medo é de cair. Quanto mais alto, mais doloroso o tombo. E foi bem lá do alto que eu despenquei do meu maldito falso tapete mágico.

Então eu que sempre estive na parte super alta da "montanha russa" despenquei sem nenhum aviso prévio. Humilhante.

"—Se alguém tem algo contra essa união, fale agora ou cale-se para sempre."

Normalmente essa é a parte em que os noivos dão uma risadinha descontraída, mas aquele tinha sido o marco daquele que seria o casamento (ou não-casamento) mais comentado da cidade na semana ou nas semanas, caso nada de mais interessante acontecesse na pequena Madison.

"Eu sorri brevemente para meu noivo Leo, o sorriso foi barrado pela voz de Willa ecoando na pequena capela.

—Padre, eu tenho algo a falar. —Me virei para minha melhor amiga esperando alguma brincadeirinha, mas o que ela disse a seguir não deveria ser dito nem como brincadeira num momento tão tenso.

—Leónidas não pode se casar com Lea, porque nós teremos um filho juntos."

Nunca me fiz de sonsa, eu sabia das escapadas de Leo, mas eu acreditava em seu amor e mais do que isso, eu acreditava que as traições cessariam após o casamento, porque aí sim seria um relacionamento sério (Talvez eu não me fizesse de tonta, mas dizer que eu não era não seria verdade). Eu também acreditava no tal do destino, não só acreditava como também esperava muito dele. Leo e Lea, tinha de ser um sinal, certo? Errado.

O pior é que de Leónidas eu esperava isso, mas de Willa não. Da amiga com quem eu conversava horas a fio de madrugada, que secava minhas lágrimas toda vez que eu chorava pelo meu namorado e suas novas "peguetes"... Willa era a única das minhas amigas que apoiava o namoro e dava força para eu lutar pelo Leónidas. Ela era como nossa "cupido". E no fundo era só uma fura olho.

Sair da igreja correndo foi como um ato de reflexo. Eu não quis explicação de nenhuma das partes, eu sabia que era verdade, eu não tinha que escutar nada porque não havia nada a se explicar. Ele era um pilantra e ela uma falsa. Fim.

Estranhos em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora