Lea Hunter sempre foi grata pela vida que levava, mas após o fiasco de seu casamento ela decide que a vida deve seguir continuar e por isso ela segue para sua viagem de lua-de-mel sozinha.
Bem, nem tão sozinha... Ela não esperava, mas acabou encontr...
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Eu costumava ser tão cheio de confiança
Costumava saber exatamente onde ir e o que eu queria.
—Hey/Red Hot Chili Peppers
Pensar que eu aos quatorze anos era mais destemida e confiante que a minha versão mais atual era algo que eu estava carregando como um peso, uma vergonha. Porém era algo que eu não poderia usar como desculpa a vida inteira; eu tinha que me levantar, retomar as rédeas de minha vida e seguir em frente. Minha avó sempre disse isso: Mesmo que tudo esteja um caos, voltar é um erro. Você tem que seguir em frente. Sempre em frente! e era isso que eu tinha que fazer, sem preguiça e mais desculpas. Eu não poderia me deixar abalar, não porque isso me tornaria fraca, mas porque isso não me tornaria mais forte.
Eu tinha muito a fazer, retomar minha autoestima era algo primordial, eu precisava me amar, fazer coisas que eu gostava de fazer, recuperar um pouco de minha espontaneidade da adolescência. Ser quem eu nunca deveria ter deixado de ser.
Eu não podia economizar adjetivos para descrever Paris, fantástica me parecia insuficiente e animada para me descrever era com certeza pouco.
—Esse hotel parece um palácio. —Eu disse quando o taxista parou em frente ao enorme prédio onde eu me hospedaria.
—Ter dinheiro para bancar esse tipo de luxo deve ser, realmente, tedioso. —Kieran disse sarcasticamente.
—Ah sim, com certeza.
—É agora que começamos a agir como recém-casados?
—Teoricamente sim. O que me preocupa é você não parecer latino o suficiente, papi.
—¿Qué quiere decir con eso, mami? ¡Mi español es perfecto!
—Você é muito idiota, Kieran.
—Eles não vão questionar isso, relaxa.
—Espero que não. —Disse rindo, enquanto pegava minha mala.
—Eu pego as malas, você resolve na portaria.
—Obrigada.
Adentrei o hotel e por dentro ele ainda parecia mais perfeito. Direcionei-me até o
balcão e uma mulher de cabelos escuros me atendeu com um grande sorriso.
—Bom dia, senhorita. O meu nome é Mary-Kate, em que posso ajudá-la?
—Bom dia, eu tenho uma reserva aqui, foram os meus sogros que fizeram. Leónidas Pablo Henrique Velásquez Alvarez.
—Estou checando. —A mulher disse sem tirar o sorriso plástico do rosto. —Não tem nenhuma reserva feita nesse nome.
—Foi cancelado?
—Não, constaria se tivesse sido cancelado. Será que não está em seu nome?
