Depois da escolha | Completo

Capítulo 8

Acordei aquela manhã totalmente desperta mas ainda um pouco cansada pela noite mal dormida. Aos 5 meses minha barriga já estava grandinha, e eu não conseguia de maneira alguma achar uma posição confortável para dormir. Naquela manhã faríamos uma ultrassom para confirmar a quantidade e o sexo do bebê - sim a quantidade, já que meus genes de Cinco e o tamanho da minha barriga me diziam que ali haviam duas crianças.

Maxon sentiu meu sobressalto ao seu lado e acordou, não disse nada, só me abraçou deixando minha cabeça no seu ombro.

-Bom dia, meu amor. - e então eu levei a mão à boca. O cheiro de seu perfume me deixou enjoada, me soltei de seus braços e corri para o banheiro da suíte. Até o perfume dele, meu Deus!

Quando me virei Maxon estava na porta com um olhar preocupado.

- Você está bem, minha querida?

- Estou, foi só um pouco de enjoo. Tenha paciência comigo - eu disse com um sorriso fraco.

Ele me abraçou.

- Não se esqueça que você tem uma ultrassom hoje. - ele disse.

- Claro, não havia me esquecido. - embora eu andasse extremamente distraída. - Estou ansiosa para saber quantos bebês tem aqui - sorri levando a mão à barriga.

Maxon piscou, perplexo.

- Como assim " quantos bebês"? Você acha que podem ser gêmeos? - ele disse com a expressão chocada.

- Maxon veja isso. - eu disse apontando para minha barriga. - já está bem grande, o que não é normal nesse tempo de gravidez. Kenna não tinha esse tamanho quando estava grávida de Astra.

Seus olhos de iluminaram e ele abriu um grande sorriso.

- Ah, meu Deus! imagine só. Duas crianças! Eu seria o homem mais feliz do mundo. Como eu te amo, America. - ele me disse enquanto me beijava e me girava pelo quarto em seus braços.

Quando ele parou eu disse.

-Mas ainda pode ser só um, vai que ele só é grande demais. - eu ri.

Depois de me arrumar fui com Maxon até a ala médica para fazer o exame. Nós não tínhamos muita tecnologia, mas o aparelho de ultrassom era bem eficiente, a distinção do sexo do bebê não era muito precisa mas as mães geralmente preferiam ser surpreendidas na hora do parto - inclusive eu.

Chegando lá o médico fez todos os preparativos e me encaminhou para a sala de exame. Depois de tudo pronto eu já estava louca por notícias do meu filho.

Quando Maxon e eu ouvimos o coraçãozinho dele já estávamos a muito chorando, porém estava uma sinfonia meio irregular e rápida demais, não parecia um só, foi quando o médico disse:

- Eles estão muito bem.

Maxon e eu nos olhamos, perplexos.

- " Eles"? - perguntamos em uníssono.

O médico nos olhou, sem parecer ter se abalado.

- Sim, são gêmeos. Um...

- Não! - eu o interrompi e ele me lançou um olhar confuso - Não queremos saber o sexo dos bebês. - Maxon e eu já havíamos concordado em sermos surpreendidos.

- Tem certeza?

-Absoluta - foi Maxon quem respondeu, com a voz cheia de admiração e emoção.

O exame acabou e fomos para o quarto, no caminho ficamos igual duas crianças bobas, rindo um para o outro e chorando de alegria.

- Ah, America eu te amo tanto! - disse ele, e beijando quando já estávamos na cama em nosso quarto - Você me fez o homem mais feliz do mundo, ao invés de uma você me presenteou com duas crianças! - ele beijava meu rosto com ternura e me fazendo cócegas.