O ESTRANHO PRIMEIRO ENCONTRO

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      No sonho que Aurora Victorion, teve na noite passada, a avisava que alguma coisa de memorável aconteceria naquele dia. Mas, a lembrança desse sonho desaparece gradativamente, enquanto corria atrasada para a sua aula.

 A sorte dela era que sua residência, ficava a duas quadras da Academia Santo Dalino, a renomada academia para seres mágicos, possuía uma longa história na formação de bruxas e bruxos ligados aos quatro elementos naturais, onde ficavam até completarem vinte anos onde descobriram seus destinos.

 A família Victorion, era de uma geração de bruxos Elens divididos entre: a manipulação de ar e terra. Formada pelos os líderes Samara e Henrique, junto com seus seis filhos: Emanuelle, José, Anastácia, os gêmeos Bruno e Bruce e Aurora. Todos tiveram seus dons revelados entre os cincos aos dez anos, menos a caçula da família, hoje com treze anos, ainda não havia apresentados indícios de seus poderes.

Não era raro bruxos de Elens, não apresentem poderes depois dos dez anos. Uma pequena população bruxa, não tinha poderes. Eram conhecidos com os Inmag, bruxos sem magia natural, possuíam pouco tempo de vida e serventia ao mundo. Após completarem vinte anos eram enviados às colônias, próximas às raízes de vulcões, onde ficavam trabalhando até morrem.

 Possuir um Inmag na família era visto com uma humilhação e motivo de chacota.

No ambiente escolar esse preconceito era aumentado por dez, ao chegar no nível de que a pequena Aurora, não possuir nenhum amigo e de ser esquecida por seus irmãos.

 Passou correndo pelos grandes portões da Academia, com o olhar reprovador da gárgula protetora. Mesmo, não tendo revelados seus poderes, frequentava o quinto ano. Ficando atrás apenas na parte prática de manipulação do elemento. Naquele dia, os dois primeiros tempos eram voltados para o treinamento de defesa.

O conjunto da área de treinamento, possuía uma quadra específica para cada elemento. Porém, aquela lição de defesa todos os bruxos que estudavam no quinto ano, eram colocados na grande quadra, para treinamento de confronto e defesa.

Mas ao chegar na grande quadra percebeu que havia mais uma turma: a do nono ano. Onde sua irmã, Anastácia, era aluna. Ela é a responsável por acordar às quartas-feiras, a mais nova para não perder o horário da aula, porém, de todos os irmãos Ana era a que mais tinha vergonha de sua pequena irmã.

Aurora correu pela quadra para seu lugar habitual, enquanto o treinador passava as informações sobre a tarefa daquele dia. Poucos perceberam a jovem chegando atrasada, os que perceberam fingiram que não a viram , entre eles estava Anastácia.

Acenou para ela, que virou o rosto para o treinador fingindo que prestava atenção. Aurora deu de ombros e sentou no seu habitual lugar na arquibancada atrás da mesa do técnico. Pegou sua edição gasta de A História da Arameia . Uma fada que conseguiu montar em um unicórnio.

Quando encontrou no Sebo Luz e Poesia, achou integrante a ideia da autobiografia de Arameia.



Um erro na execução de um exercício de defesa, fez com a que a jovem se tornasse um alvo. Emersa em sua leitura, não percebeu a movimentação a sua volta, de pessoas tentando ajudar a diminuir a rajada de vento que atingiria.

Aurora teve apenas tempo de levantar o olhar antes de ser arremessada contra a parede da arquibancada. Seu corpo se chocou na parede com bastante força, cada membro do seu corpo doía, tentou respirar fundo para tentar diminuir a dor e a queimação que a rajada causou, mas mal conseguia respirar.

O treinador caminhou em direção a jovem para tentar ajudá-la, ficou com um pouco de receio de que a vida dela estivesse por um fio. Pois, o golpe que recebera era forte demais e a forma como ela atingiu a parede deveria ter quebrado alguns ossos.

Antes do treinador conseguir chegar a Aurora, ela sentiu a queimação em seu sangue ficar intensa, em um modo automático ela respirou mais uma vez fundo e as dores de seu corpo sumiram.

Não soube como explicar o que aconteceu quando se levantou em modo automático, sabia que era o certo a se fazer transformou a corrente de ar, que estava ao seu redor em uma fumaça vermelha que foi em direção a Cristina, a moça que errou o golpe. A fumaça o rodeou Cristina que ficou sem ar antes de ser arremessada contra o portão, do outro lado da quadra ficando inconsciente.  

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