Explicações | Capítulo 9

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P.O.V Hannah
Assim que fechei a porta, não consegui parar de sorrir.
E cada vez que conseguia parar, lembrava-me da noite anterior, e voltava a sorrir sem parar de novo.
Mal podia acreditar que aquilo tinha acontecido.
Fiquei parada no corredor a olhar para o meu relógio.
Eram 10:07.
O tempo está a passar a correr.
Fui para o meu quarto sem fazer barulho, pra não acordar os meus pais, e deixei-me cair na cama.
Adormeci.

P.O.V Clay
Só depois de ter a certeza que a Hannah estava em casa, e em segurança, é que me fui embora.
Comecei a pedalar, e estava a pensar na noite de ontem.
Todos os pequenos detalhes, e características da Hannah.
Ela é perfeita pra mim.
Distraí-me durante uns segundos, e caí da bicicleta.
Esfolei as palmas das mãos.
Passei o dedo pela testa, e o meu dedo estava sujo de sangue.
Foda-se.
Esta vai ser difícil de explicar.
Voltei para a bicicleta, e fui pra casa.
Deixei a bicicleta na garagem, e entrei em casa.
Deixei as chaves na entrada, e fui à cozinha pra beber um copo de água.
O meu pai estava sentado na mesa da cozinha, e tinha uma caneca de café à sua frente.
Olhou pra mim com um sorriso.

Sr.Jensen- Então? Quem é ela?
Clay- Hannah Baker. É uma amig-
Sr.Jensen- Não é qualquer amiga que passa a noite na casa de um rapaz Clay.
Clay- Bom... Por agora, ela é só minha amiga. Tenho de esperar até amanhã pra saber como as coisas vão ser daqui para a frente.
Sr.Jensen- Aconteceu alguma coisa ontem na festa?
Clay- Não... Quer dizer, sim. É uma longa história. Mas basicamente, a
Hannah está a passar por uma altura complicada na vida dela, e achava que não tinha ninguém.
Sr.Jensen- Claramente estava errada. Ela tinha te a ti.
Clay- Exato. Eu trouxe-a para aqui, porque não a queria deixar sozinha. Não queria mesmo. Por isso, disse que ela podia dormir cá. E desculpa por não ter pedido autorização. Não te queria acordar e explicar o motivo naquela altura.
Sr.Jensen- Não precisas de pedir desculpa Clay, tomaste a atitude certa. Mas, foi só dormir, certo?
Clay- Não...
Sr.Jensen- Usaste proteção?
Clay- Sim... Desculpa.
Sr.Jensen- Não tem mal, não te preocupes.
Clay- Obrigado por me ouvires Pai.
Sr.Jensen- Sempre às ordens. Que arranhão é esse?
Clay- Ah, uh, caí de bicicleta.
Sr.Jensen- Desastrado. Ahahah.

Ri-me também, e dei-lhe um abraço.
Fui para o quarto, e passei as horas seguintes a ouvir música, e nas minhas redes sociais.
A hora de jantar foi silenciosa como sempre.
Antes de dormir, programei o meu alarme pra me acordar 1 hora mais cedo.
Quero fazer uma surpresa à Hannah.

No dia seguinte
Acordei com o barulho do despertador.
Levantei-me da cama, e fui para a casa de banho.
Tomei um banho muito rápido,peguei na minha mala, vesti-me, e desci as escadas.
Fiz uma torrada, e quando estava prestes a sair de casa, ouvi alguém a tossir.
Olhei pra trás, e era o meu pai.
Ele estava a olhar pra mim com os braços cruzados e a sorrir.

Sr.Jensen- Onde vais? Só era suposto acordares daqui a 1 hora.
Clay- Ah! Uh, pois... Queria fazer uma surpresa à Hannah...
Sr.Jensen- Sem problema, pra onde queres ir?
Clay- Estás a falar a sério?
Sr.Jensen- Claro. Mas tens de prometer que trazes a Hannah cá a casa pra jantar.
Clay- Combinado, leva-me à loja de flores mais próxima.

P.O.V Hannah
Acordei com o despertador.
Estava a usar a mesma roupa de ontem.
Não me lembro de muito.
Sei que depois de ter chegado a casa, adormeci, e acordei umas horas depois, com a minha mãe a chamar-me pra jantar.
Depois do jantar, lembro-me de voltar pro meu quarto, e de pegar num livro.
Devo ter adormecido enquanto estava a ler.
Tirei a roupa, e fui tomar banho.
Bem precisava.
Depois do banho, penteei o meu cabelo, e vesti roupa aleatória que encontrei espalhada pelo quarto.
Olhei-me ao espelho.
Meh, serve.
Peguei na minha mala, fui para a cozinha, e dei um beijo de bom dia aos meus pais.
Comecei a comer os meus cereais, preparados pela minha mãe, quando ouvi a campainha.
O meu pai estava de saída, então levantou-se e foi abrir a porta.

Sr.Baker- Uh... Hannah?
Hannah- Sim?
Sr.Baker- É pra ti.

Levantei-me da cadeira, e a minha mãe veio atrás de mim.
Cheguei à porta, e vi o Clay com uma rosa na mão.
Ele tinha um sorriso adorável na cara, e o meu pai estava a olhar pra ele de uma maneira estranha.

Hannah- Ah... uh... Este é o Clay! É meu ami-
Clay- Namorado! Prazer!

E estendeu a mão ao meu pai, para o cumprimentar.
O meu pai riu-se e deu-lhe uma palmada nas costas.

Sr.Baker- Bom, pomos a conversa em dia noutra altura. Portem-se bem.

O Clay riu-se e cumprimentou a minha mãe.
Eu estava incrédula com o que tinha acabado de acontecer.
Este rapaz não existe.
Aceitei a rosa, cheirei-a, e a minha mãe pegou nela, e disse pra nós irmos para a escola.
Peguei nas minhas chaves do carro, e despedi-me da minha mãe.
Rapidamente pousei as chaves
Lembrei-me que o meu carro ainda estava estacionado em frente da casa da Jessica, por isso perguntei à minha mãe se podia levar o dela.
Ela concordou, e disse-me que mais tarde passaria em casa da Jessica pra ir buscar o meu carro.

Sra.Baker- Se deixaste o carro em frente da casa da Jessica, como é que voltaste pra casa?
Hannah- Ah! Pois.... Uh...
Clay- Um amigo nosso insistiu em trazer-nos. Nós dissemos-lhe que não tinhamos bebido mas ele insistiu.
Sra.Baker- Hmm... Está bem. Boas aulas.

Agarrei na mão do Clay, e levei-o para o carro dela.
Ele sentou-se ao meu lado, e estava a sorrir pra mim.

Hannah- Então olá, "namorado"?
Clay- Ahahah, desculpa teve de ser, devias ter visto a tua cara.
Hannah- Ah, muito engraçado, cala-te.

Ele deu-me um beijo demorado.
Tive saudades dele.

Hannah- Vieste a pé para aqui?
Clay- Achas? O meu pai deixou-me cá.
Hannah- O teu pai parece ser fixe.
Clay- Já te disse, tenho o melhor pai do mundo. Ontem falhei-lhe de ti. Ele quer conhecer-te.
Hannah- Como tencionas fazer isso acontecer?
Clay- Ele propôs um jantar.
Hannah- Depois falo com os meus pais. Quando chegar a casa digo-lhes que esta semana vou conhecer os pais do meu namorado.
Clay- Soa-me bem.

Ele ligou o rádio, e o resto da viajem foi silenciosa.
Era de manhã, não tinhamos lá muita energia.
Chegámos à escola, estacionei o carro, e saimos os dois.
Ele deu-me a mão, e entrámos pelas portas principais.

E Se Fosse Tudo Diferente...?Onde histórias criam vida. Descubra agora