A coisa que eu mais queria fazer era viver uma vida "normal" sem muitos problemas, vivendo da maneira que eu quisesse. Não é como se eu fosse antissocial, mas eu preferia ficar sozinho na maior parte do tempo. Isso basicamente me fez se isolar das pessoas parcialmente, mesmo na escola era difícil alguém falar comigo, não que eu me importasse muito, na verdade, para mim era mais conveniente dessa forma. Pelo menos era assim até um tempo atrás, quando minha paz e sossego foram arrancados de mim. Agora nesse exato momento estou sentado em um banco em frente a uma das mesas do pátio. O clima estava bom assim como o ambiente, tirando o fato de uma garota estar na minha frente olhando fixamente para mim. Eu não conseguia nem piscar sem me sentir desconfortável. A maneira como nós chegamos aqui é bastante estranha, então acho melhor começar a explicar do começo.
Tinha cerca de um mês que nosso ensino médio havia começado. Na sala um garoto estranho e pardo estava sentado perto da janela, seu cabelo castanho escuro estava uma bagunça, seu uniforme estava um pouco amarrotado e seus olhos quase amarelos olhavam fixamente para a ilustração que estava lendo. Como de costume esse era eu sozinho antes da aula começar. Um pequeno grupo de arruaceiros, digo, três estudantes tinham chegado na sala. Eles rapidamente vierem em minha direção e um deles pulou em mim, seu nome era Peter. Ele era um pouco mais baixo que eu, media cerca de 1,68cm. Sua pele era escura, seus olhos castanhos escuros seu cabelo castanho liso e curto. Junto com ele estavam Samuel e James. Samuel era um ano mais velhos que nós, havia sido reprovado e acabou ficando na nossa turma. Ele era ruivo com olhos castanhos claro e sua pele era pálida. James tinha a mesma cor de pele que eu, seus olhos eram levemente esverdeados e seu cabelo era castanho bem claro e encaracolado. Peter começou a me agarrar e me puxar o que quase me fez cair com a cadeira em cima dele.
-Você não cansa não? – Perguntei – Você faz isso todo santo dia.
-Não posso começar bem um dia sem perturbar meu melhor amigo – Falou Peter.
-Não, não. Você pode sim. Sabe, é só manter distância.
-Mas assim eu não conseguiria perturbar você.
-Esse é o propósito!
-Vocês dois se dão bem, né? – Disse uma voz feminina vindo da nossa frente.
A voz vinha de uma garota loira de cabelos curtos, seus lábios eram finos e chamativos, sua pele era branca que parecia algodão e seus olhos eram azuis escuros. O nome dela era Laura.
-Nós não nos damos bem. – Falei – Ele que vive me infernizando. Já faz cinco anos isso, não consigo me livrar dele nem trocando de escola.
-Você fala isso mas sabe que não vive sem mim. – Disse Peter enquanto me encarava com aquele sorriso medonho.
-Eu vivo MUITO bem sem você.
-Nossa você é cruel, cadê o amor?
-Longe de você.
Peter começou a rir.
-Você não muda mesmo. – Disse Peter.
-É, nem você. – Eu ri.
-Ei eu quero um pouco de atenção também. – Disse James e pulou em mim
-Se for assim... – Samuel fez o mesmo
-Opa, uma competição. – Peter também o fez.
-VOCÊS TRÊS ME SOLTEM! – Gritei.
Todos começamos a rir.
-Melhor ir para os seus lugares a aula já vai começar. – Falou Laura e eles foram se sentar.
A aula estava bem cansativa então fiz o grande erro de apoiar meu rosto sobre a mesa, foi questão de segundos até que eu dormisse. Eu acordei com Laura tocando meu rosto com a mão coberta de agua gelada, o que quase me fez pular da cadeira.
-Você quer me matar?!
-Era você quem estava dormindo na aula.
-O que isso tem a ver?
-Que diferente de você eu tenho que prestar atenção na aula.
-Não é culpa minha você não estudar.
-Não é culpa minha você não ter vida social.
-EI!! Eu tenho sentimentos!
-Volte a falar comigo quando tiver vida social.
-Sua...!
Vendo Laura rir aos poucos comecei a rir também.
-Perdi alguma coisa enquanto dormia?
-Nada muito importante, bem, talvez para você seja.
-Como assim?
-Nosso professor passou um trabalho em dupla.
-Tá, ok. Isso e um problema. Se bem que posso pedir para um daqueles idiotas me ajudarem.
-Aí que está o problema.
-Hã?
-O professor que escolheu as duplas e como você foi um número ímpar acabou ficando isolado.
-Então eu posso fazer sozinho, mas mesmo assim eu não sou o ultimo da chamada.
-Você estava dormindo.
-A é.
-Você vai fazer dupla com uma pessoa de outra sala.
-Por que não posso fazer isso sozinho? Que problemático.
-Você conhece nosso professor, ele não vai mudar de ideia.
-É... Eu sei.
-Além do mais ele disse que isso vai fazer com que você socialize ao menos um pouco.
-Até o professor me apunhala pelas costas.
Laura riu.
-Enfim o professor mandou você ir na sala dos professores para ir ver sua dupla. Por isso eu te acordei.
-Ah... Que saco.
-Não reclame tanto. Você vai gostar da sua dupla.
-Você dizendo isso eu fico pouco esperançoso.
-Anda logo e vai.
-Ok...
Eu peguei minhas coisas, levantei e fui até a sala dos professores. Perto da porta meu professor estava sentado. Ele tinha por volta dos 30 anos. Tinha uma pele clara, cabelos escuros, seus olhos eram castanhos e ele usava óculos. Estava usando uma camisa branca com uma azul de botões aberta por cima, junto com sua calça jeans escura e seu tênis preto. Sinceramente ele não tinha perfil de um professor, tirando os óculos. Logo que entrei eu vi que havia uma estudante do lado dele, ela tinha o meu tamanho. Seu cabelo era escuro, liso e longo até as costas além de parecer que eles eram bem macios; sua pele era meio rosada; tinha uma espécie de presilha esmeralda no cabelo e seus olhos eram verdes claros. Quando entrei na sala eles pararam de conversar e me olharam. Foi a partir desse momento que nossos olhos se cruzaram e que eu vi o sorriso daquela garota que minha vida começou a ficar uma bagunça.
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Um curto Começo
RomanceLeon é um garoto que como ele mesmo se chama é antissocial, seus(poucos) amigos implicam com ele por isso e até mesmo um de seus professores. Ele estava vivendo sua vida normalmente até que e obrigado a fazer dupla com uma garota e a partir desse mo...