Um curto Começo

Capítulo 2

Enquanto nós nos encarávamos o professor olhou para mim com um sorriso estranhamente malicioso.

-A! – Gritou ele – Se não é o nosso querido dorminhoco.

-Não é minha culpa se sua aula é chata. – Falei.

-Não é minha culpa se você repetir de ano.

-Tá, ok.

-Então Amber esse garoto esquisito vai ser sua dupla.

-Como se você fosse normal.

-Pelo menos eu tenho...

-Tá bom!

Ele começou a rir. Amber parecia não estar entendendo nada, mas me cumprimentou. Obviamente eu não soube como reagir e só disse "oi".

-É mesmo o trabalho e para daqui a uma semana na última aula da semana. – Falou o professor – Caso entreguem antes do prazo vou lhes dar pontos extras. Não digam a ninguém claro.

-Grandes coisas.

-Para você não obviamente. – Ele apontou para a Amber – Mas essa garota aqui está com problemas.

-Idai? Pera, você fez de propósito?

-Sim.

-Posso te matar? Tipo, só um pouco. Por favor.

-Não, eu passo.

-De qualquer forma, sobre o que é o trabalho?

Ele me e explicou sobre o que era o trabalho e o por que dele ser feito em dupla. Depois disso ele recebeu uma ligação e rapidamente saiu da sala, eu me pergunto se realmente ele recebeu uma ligação.

-Seu nome é Leon, né? – Perguntou a garota.

-Ironicamente sim.

-Quando você quer começar a fazer o trabalho?

-Agora se possível. Ou você tem alguma aula ou algo para fazer agora?

-Não, não tenho nada.

-Ok, então.

-Vamos para o pátio?

-Prefiro a biblioteca. Mais silencioso.

Ela concordou e fomos até a biblioteca. Como a biblioteca da minha escola era grande existia alguns lugares com mesas isoladas e fomos direto para um desses lugares, quer dizer eu fui. Mesmo a biblioteca sendo grande por algum motivo estranho ela sempre ficava cheia. Não sei se fico espantado pelas pessoas matarem aula aqui ou gostarem de ler. Nós nos sentamos, pegamos nossos livros e começamos a fazer o trabalho. Basicamente eu já sabia tudo o que fazer, mas era difícil explicar. Meu cérebro funcionava diferente do habitual, porém ela parecia estar me entendendo e fizemos boa parte do trabalho com bastante facilidade. Todavia eu estava focado em fazer o trabalho e apenas o trabalho, ela com certeza havia percebido que eu estava evitando contato visual.

-Isso realmente te incomoda, não é? – Perguntou ela.

-O que?

-Fazer isso comigo.

-Na verdade não. Se fosse qualquer outra pessoa daria no mesmo eu acho.

Ela me encarou e riu.

-Você é realmente estranho.

Quando eu a vi sorrindo e dizendo aquilo uma sensação estranha percorreu meu corpo, mas eu ignorei e voltei a fazer o trabalho. Sem percebemos o sinal começou a tocar e tivemos que interromper o que estávamos fazendo. Estranhamente o tempo havia passado rápido, normalmente eu sentia o tempo passar muito devagar. Nós havíamos feito boa parte do trabalho, porém ainda faltava bastante.

-Nossa, já são 11 horas? – Perguntou ela.

-Sim.

-O tempo passou rápido.

-Acho que sim...

Nós estávamos perto da janela e uma ventania veio em nossa direção. Nossas coisas só não sairão voando por que nós as seguramos. Junto com a ventania veio um cheiro doce de flores que me impressionaram instantaneamente. Saindo do transe do perfume eu percebi que o rosto de Amber estava coberta de cabelos e sua roupa estava quase do avesso.

-Hm... Quer ajuda? – Perguntei.

-Por favor.

A ajudei a arrumar a roupa e acabei vendo seu sutiã sem querer, ele era rosa. Ela não parece ter percebido isso. Nós guardamos nossas coisas e fomos para nossas respectivas aulas.

-Podemos continuar o trabalho mais tarde? – Amber Perguntou.

-Não.

-Hã? Por que?

Ela parecia um pouco triste.

-Não é exatamente "não poder", mas eu não tenho aula hoje de tarde então eu vou para casa.

-Entendi. Amanhã o seu horário é o mesmo, né? De manhã.

-Sim.

-Então aqui amanhã as nove?

-Por mim tudo bem.

-Ok, então. Até amanhã Leon.

-Até.

Ela foi embora rapidamente para sala, mas quase acabou caindo no caminho, na verdade ela quase caiu umas cinzo vezes. Estranhamente não estava me sentindo cansado de ter que ficar aturando ela. Além de que eu sempre odiava quando me chamavam pelo meu nome, por que ele era totalmente o oposto de mim. Acho que essa foi a única ou uma das poucas vezes que não me incomodei por isso.

cla+