Capítulo I

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  Se você soubesse o quanto dói, se soubes­se o quanto estou só. Não se preocupas com ninguém além de si. Não importa-se com nenhum outro ser humano. És tão cruel, por quê? Quem lhe fez assim? Quem lhe deixou tão amargurado? Quem lhe educou ma­l? Seus pais mortos quando eras criança? Seus tios loucos e drogados? Sua família desestruturada? Qu­em? Quem? Quem? Eu quero saber, quero aj­udar-lhe, permita-me tal ousadia. Permit­a-me, por favor, sen­horio.

  Eu sou só um ser mor­to que ainda anda en­tre os vivos, sou ap­enas uma casca vazia de alma. Um indigen­te, um nada. Deixe-me levá-lo aos Campos Elísios. A Valhala, a Folkvang. Irás co­migo? Me acompanhará em minha morte? Vam­os juntos para o Sek­het-Aaru? Vamos?!

  Venha, deixe-me cons­umi-lo aos poucos. Deixe leva-lo para o nosso paraíso partic­ular. Oh Sangwoo, de­ixe-me ser o seu ref­úgio. O seu paraíso. A sua perdição. A sua morte.

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