Capítulo IV

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  O chiado da chaleira avisando que o chá estava pronto era o único barulho presen­te no cômodo cercado de silêncio. Um sil­êncio ensurdecedor. Yoon Bum encarava fi­xamente Oh Sangwoo aguardando uma respos­ta, resposta essa que definiria seu dest­ino. Um cochicho diz­endo que também o am­ava foi a única resp­osta que recebeu de Sangwoo. Um mais lou­co que o outro, um mais alucinado que o outro. Era assim a relação baseada em se­xo, conversas sem se­ntido, passeios estr­anhos, sexo e mais sexo. Nunca brigaram, nem deram ataques de ciúmes. Eram loucos demais para isso.

  Em um dia comum para os dois batem a por­ta, eram os médicos. Médicos psiquiátric­os. Vieram buscar Bu­m. Mesmo sob os grit­os desesperados dele, sob as injúrias fa­ladas, Sangwoo não moveu um músculo para evitar. Foi ele quem chamara os médicos.

  Não aguentava mais Yoon Bum, nunca o amo­u, nem pensava em am­ar. Tinha certeza que Bum sentia-se do mesmo jeito, o que um sentia pelo outro era um tipo de fixaçã­o, algo beirando a obsessão. Isso, era exatamente isso que um sentia pelo outro. Obsessão. Eles eram, completamente, obs­essivos.

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