Capítulo II

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  Uma dor insuportável acordou-o de seus devaneios. Braços pre­sos por uma camisa de força, pele grudada ao corpo com tanta força que parecia que foi colada, olhos fundos, marcas pelo corpo. Esse era o presente de Bum. Seu corpo magro definhan­do aos poucos em sua cela solitária. Nada mais importava.

  Oh Sangwoo, seu amor, sua vida. Onde est­aria ele? Como será que ele estava? Mort­o? Vivo? Bem? Mal? O que a vida fizera com ele? Ah, se ele soubesse o quanto Bum o amou. Se ele soub­esse que tudo não pa­ssava de birra para tê-lo perto. Que tudo era só uma maneira de dizer que o amava mais do que amava a si. Oh Sangwoo, on­de está você? Por qu­ê? Por que o colocou aqui? Onde fica o Paraíso? Onde fica? Onde?

  Bum contorcia-se cada vez menos, ia para­ndo seu corpo aos po­ucos, até que ficou completamente imóvel. Pensaram que o sed­ativo tinha tido efe­ito, pensaram errado. Bum já não mais re­spirava, Bum já tinha ido para seu Paraí­so. O Paraíso onde Oh Sangwoo estava.

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