Cap. 1 - Assuntos Inacabados

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A escuridão...
Era única coisa que eu via...
Estava frio, e eu sentia medo do desconhecido...

O mais engraçado é que a culpa foi somente minha, pois os malditos atalhos nunca levam à lugar nenhum, além da morte, ou faz com que você se perca pelo caminho.

Enfim, aquele atalho acabou ceifando minha vida, e de certa maneira, marcou minha melhor amiga do jeito mais cruel possível.

Não poderia ter permitido isso, nunca.
Mas quando senti ser apunhalado no peito, descobri o quão covarde as pessoas são. E senti que morreria ali mesmo.

Minha vida passou diante dos meus olhos, senti o sangue escorrer lentamente e esvair de meu corpo, um gosto horrível do líquido vermelho entre os lábios senti, me sufoquei com meu próprio sangue, e no mesmo instante, percebi que morri.

Ali, inerte ao chão, meu corpo esfriando rapidamente, por detrás da máscara, pude ver o quanto ela sofria, Helena, me perdoe, não queria ter acabado assim.

...

Sempre fui uma pessoa de bom coração, nunca fiz mal à ninguém e nunca pretendi fazer. Mas as humilhações que eu passava quase todos os dias no colégio sempre foram muito além de Bullyng, socos, tapas, xingamentos virtuais e homofóbicos.

Sim, eu me sentia feliz do jeito que era. Tinha até um namorado secreto, iríamos assumir nosso romance publicamente, mas não tivemos tempo, pois a morte me apunhalou primeiro. Acabaram-se os sonhos, acabaram-se as alegrias, o futuro brilhante se foi, não me sobrou nada, à não ser a cova fria onde meu corpo estava sendo sepultado.

Por ali, eu vi todos os meus amigos e familiares, se despedindo de mim, com flores, lágrimas e orações. Ah, se eles soubessem que eu estava ali o tempo todo, ouvindo seus lamentos, sentindo uma angústia avassaladora de não poder ser visto e ouvido por eles.

E foi assim, por uma semana inteira, vi e ouvi tudo e todos. Ao término dessa semana triste, as pessoas voltaram com as suas rotinas, dia após dia. E eu? Eu simplesmente fiquei esperando, algo vir me buscar, uma luz, um anjo, sei lá. Estava me sentindo solitário já, quando senti uma grande paz, e uma luz branca me tirando de toda aquela escuridão. Já estava seguindo meu caminho, quando parei de repente, e recobrei a consciência.

- Não poderei ir, não agora. - Falei em voz alta.

Aquela luz ficou parada em minha frente por mais algum tempo, segundos ou minutos, não sei bem, então sumiu.

Senti uma estranha sensação de estar caindo em um buraco profundo, um desconforto enorme me tomou, me senti pesado e adormeci.

...

Quando pude acordar, caminhei pelas ruas escuras lentamente, notei que algumas coisas haviam mudado, pessoas corriam batendo de porta em porta, era dia das bruxas novamente.

Havia se passado um ano, desde minha morte, e ainda estava por aqui. Chego em casa, nenhum dos benditos enfeites se encontravam no quintal e nem na porta. Entrei sem precisar bater na porta, pois vazei direto pra dentro, nem meus pais, nem Augustus estavam por lá.

Me lembro de mais uma pessoa que sempre me apoiava em tudo, minha melhor amiga, minha quase irmã, Helena. Irei até sua casa, pois tenho assuntos inacabados para resolver.

~~~✧✧✧~~~
Oie, pessoal!!
Tatu do Bem com vocês?
Vocês pediram e estamos de volta!! (✿^‿^)
Veremos detalhadamente algumas coisinhas que aconteceram em "Gostosuras... ou Morte".
Deixem um comentário sobre o que acharam desse primeiro capítulo e espero que gostem!!

Um Abração e Até o Próximo Capítulo... 🤡

Gostosuras ou... Morte - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora