O Amor em Jogo - Escolhendo o Destino - Livro 1 - DEGUSTAÇÃO

DEGUSTAÇÃO

7

SAM

Que merda!

Mil vezes droga!

Estou aqui olhando para o professor de matemática, Jacob, e pensando na droga da detenção. Ele tenta explicar tal de geometria.

Que diabos é geometria?

Alguém aí pode me explicar onde vou usar isso?!

Minha mente fica oscilando entre uma voz vinda do direto Danne, dizendo: — "Você está aos sábados detenta na escola! ", e o barulho glorioso da tapa na Barbie Malibu. Essa com certeza é a melhor parte do dia.

Mas existe um barulho melhor ainda que consigo ouvir a distância. É o do alarme informando;

"Hora de ir embora querido professor. Seu tempo acabou!"

Sabrina me pediu uma carona até a empreiteira Scott's. Ela vai participar de uma entrevista para auxiliar da secretária do senhor Scott.

Não consigo entender porque sempre tem vagas para essa função na Empreiteira Scott's. Lembro que algumas meninas da minha sala haviam se cadastrado a essa vaga. Ela parece sempre está vazia.

Será que a senhora Betty, uma velha secretária da empresa, não gosta das garotas que se candidatam?!

Eu saio da sala e vou até o armário dela onde marcamos de nos encontrar. Ela está mais uma vez brigando com o armário que há dias não que fechar direito.

— Que droga de armário! Vou me atrasar por causa disso! Essa porcaria não quer fechar. — Ela faz um esforço. — HUMMMM!

— Eu já te falei mil vezes que você precisa falar com o zelador sobre seu armário, mas como você é cabeça dura... — Falo enquanto me aproximo dela.

— Você não Sam! Já basta o meu pai falando isso! — Ela fala irritada e ainda tentando fechar a porta emperrada do armário.

— Ei! Calma! Eu só estava brincando. — Levanto as mãos ao alto, rendendo-me ao mau humor dela.

— Desculpa, Sam! — Ela se arrepende de despejar a ansiedade em mim. — Eu não quero chegar atrasada a entrevista. Quero muito esse estágio. É perfeito. Posso ir depois da escola. Não é tão ruim o pagamento, e de quebra vou me livra do meu pai reclamando do meu cartão de crédito que a cada mês chega mais alto o valor. Eu só preciso fechar a droga desse armário! — Ela faz força e consegue finalmente fechá—lo. — Pronto! Vamos?!

Saímos em direção ao estacionamento onde "Andros" nos espera pacientemente. São muitos anos expressos em sua lataria velha. Mas amo esse carro. Digamos que seus anos de experiência como carro e suas histórias que a mim não foram reveladas deixa um mistério no ar toda vez que entro nele e lembro-me do valor que tem para mim.

No caminho, como sempre, minha amiga procura uma música para tentar relaxar seus nervos. Dessa vez, ela curte um rap com Adam Levine. Ela tenta se maquiar delineando seus olhas grandes e castanhos claros enquanto canta e se rebola ao mesmo tempo.

— Estou tão nervosa. Preciso dessa vaga. – Sussurra talvez pela décima vez no caminho.

—Calma! Você vai conseguir. Mas... não acha estranho que as meninas não ficam por muito tempo nessa vaga? Mesmo com todos os benefícios, elas não demoram muito e saem. Estranho, não?! Tenho a impressão que a empresa Scott's é um ótimo lugar de se trabalhar. Por que isso acontece?