Acordando com o barulho do helicóptero, Veronic se depara em um quarto com uma varanda que dá de frente ao mar. Saindo do quarto, descendo as escadas, Veronic vai em direção á cozinha, pois, sente o cheiro de ovos mexidos, ao entrar na cozinhar, ela vê Samuel.
A reação foi instantânea, Veronic corre para abraçar Samuel, a alegria de rever-lo era tão grande que ela nem reparara que tinha mais gente na cozinha. Depois de um abraço caloroso, vieram as perguntas.
—Onde estamos? — pergunta ela.
— Bonjour, mon cher, estamos em Malé, nas Maldivas. — responde Samuel sorrindo.
— Como eu cheguei aqui?... Aquele homem. — disse Veronic.
— Eu. Estão falando de mim? Não chegamos á nos apresentar. Sou Erin Béateydoux, prazer em conhece-la senhora Deveaux. — disse Erin, que estava sentado na mesa atras de Veronic.
Arrastando a cadeira e sentando-se, Veronic lembra vagamente do sobrenome Béateydoux.
— Ora, veja quem finalmente acordou, prazer, Ema Béateydoux. — disse Ema, entrando na cozinha e cumprimentando gentilmente Veronic. — Vamos Erin, estamos atrasados para a reunião.
Apos a saída de Erin e Ema, Veronic lembra que Grace comentara sobre a família Béateydoux, que comandava metade da Europa, apenas online.
Samuel coloca o café da manhã de Veronic. O que acontecera depois da sua saída de Paris, havia inúmeras perguntas para se fazer, e Veronic estava predestinada á fazer-las.
— Samuel, posso fazer algumas perguntas? — pergunta ela, pegando a xícara de café e levando ate a boca.
— Ia te pedir para esperar ate á tarde, mas como estou vendo sua curiosidade é imensa, então pergunte. — responde Samuel.
— Como eu vim parar aqui?... Essa é a primeira pergunta, só para constar. — pergunta Veronic.
— Bom, Erin e você fingiram uma luta, ele te deu uma coronhada, você desmaiou, ele disse a todos que você estava morta e que se livraria do corpo. Em quanto você continuava desacordada, Erin e mais um aliado, levaram você para um jatinho particular da família Béateydoux, e cá esta você. — respondeu Samuel, mordendo um pedaço de pão.
— Nossa... Em fim, segunda pergunta, onde esta Grace Hardy? — pergunta ela.
Antes de responder a pergunta de Veronic, Samuel ficara um pouco retraído.
— Ela... ela não suportou a perda das meninas... Infelizmente. — respondeu Samuel.
— Como assim, Grace se suicidou? — pergunta Veronic.
— Sim. — responde Samuel, enxugando uma lagrima que caíra ao falar do assunto.
— Sinto muito, Samuel. — lamenta Veronic.
Respirando fundo, Samuel pede para Veronic não tocar mais no assunto, e ela consente.
— O que aconteceu com você... naquela noite? — pergunta ela.
— Bom, vou resumir, depois que aconteceu aquilo com as suas filhas e as de Grace, Manfred LeMarchal tentou me alvejar, mas graças a Bastianne, que conseguiu mata-lo eu só tive perfurações nas áreas que não são criticas. Não vi o momento exato que te levaram, eu estava rastejando para fora da casa, por um milagre consegui ligar para Ema, que me resgatou...Porém, não sobrou ninguém além de nós dois. — responde Samuel, ainda muito emotivo.
Voltando para o seu café da manhã, Samuel pergunta se o questionamento já acabara.
— Tem mais alguma pergunta, senhora LaFontaine? — pergunta ele.
— Tenho apenas uma afirmação, na verdade... Eu quero voltar para Paris, quero matar cada membro daquela maldita organização. Quero que eles paguem por tudo que eu passei. — responde Veronic.
Sem mostrar reação de surpresa, Samuel faz apenas uma pergunta á Veronic.
— Você tem certeza disso, Veronic? — pergunta Samuel.
— Sim. Porém, preciso de mais orientações, e você é o único que pode fazer isso. — responde ela.
— Então deverá ficar mais um pouco escondida, por via das dúvidas você esta morta. Quando finalmente estiver pronta, você retornará e vingará dignamente todos que morreram. — disse Samuel.
— Esperarei o tempo que for necessário. — disse Veronic, terminando o café da manhã que Samuel preparara com tanto carinho.
Anos depois...
Você deve esta se perguntando o que eu fiz durante esses anos viajando, eu não estava á passeio, e sim a negócios, me reuni com vários lideres de cartéis de todo o mundo, inclusive os maiores inimigos dos lideres do cartel francês, os londrinos. Apos um longo período de conhecimento e reflexão sobre esse mundo do qual o meu falecido marido me colocou, sem a minha permissão, eu estou de volta a Paris, e irei vingar as mortes que giram ao meu redor.
E a única coisa que aviso aos meus inimigos, é que eu não terei piedade com nenhum deles, nem mesmo aqueles que não concordaram com as mortes, mas não fizeram nada para impedir, as astrosidades com a minha família e amigos. Saibam que irei atrás de cada um, custe o que custar.
Veronic S. LaFontaine-Deveraux.
***
— Bem-vinda á Paris, senhora... Para onde quer ir?
— Mansão Bonnaire, por favor.
— Como devo chama-la?
— Apenas Veronic.
Fim.
Ou não.
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VERONIC
AçãoUma bailarina francesa que perdeu tudo... Sua casa, seus pais, suas irmãs, suas filhas, seu marido e amigos íntimos, tudo por um acerto de contas. O que o efeito da corrupção e dividas não fazem com uma mulher, descrita como indefesa e conser...