Forty Eight

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Part 2
J E N N I E

- Jennie? - A voz dele ecoou por todo o lugar.

Um milhão de ideias estúpidas vieram na minha cabeça, correr, gritar pro Jin vir aqui, bater na cara dele e odia-lo ainda mais, mas eu estava machucada o bastante pra não conseguir dar um passo se quer.

- Eu... já estava saindo. - Falo.

- Não! Espera. - Escuto seus passos fortes e rápidos até mim, ele já estava a minha frente - Eu achei que não viesse.

Por que? Por acaso você mandou a droga do convite achando que eu não teria coragem de vir?

- Ah, mas, eu estou aqui. - Minha cabeça estava baixa, eu não conseguia encara-lo.

- Jennie... - Ele parecia nervoso quando tocou a minha mão e a segurou contra seu peito, pude sentir seu coração acelerado - Eu juro que eu tentei, mas eu não consigo parar de acelerar quando te vejo, eu não consigo parar de pensar em você e eu não consigo ter que inventar desculpas pra não ir pra agência só pra não ver o seu rosto.

O coração dele estava tão acelerado, eu estava trêmula, como quando um terremoto acontece, mas era por dentro, por que lá dentro haviam muitas confusões em mim, eu o odiava e o queria ao mesmo tempo, eu queria bater nele e ao mesmo tempo dar o abraço mais forte possível, eu queria nunca mas olha-lo e ao mesmo tempo queria acordar todos os dias ao lado dele, era uma maldita guerra que acontecia dentro de mim.

- Jungkook... - Eu tentava controlar as lágrimas.

- Eu não consigo te odiar Jennie, não dá! - A voz dele passava segurança - E eu não me importo com oque você disse e nem em ser usado por você, eu só preciso que fique comigo.

Oque?

Meu corpo parou por um segundo, até a respiração, ele estava processando o que Jungkook havia acabado de dizer como se fosse algo tão natural.

- Você acha mesmo que eu disse aquilo? - Agora eu estava olhando para ele - Eu não usei você! Eu nunca faria isso.

- Jennie, não precisa mentir, eu te aceito como você é.

- Você só pode ta de brincadeira comigo. - Revirei os olhos em meio as lágrimas - Sabe o que me machucou em tudo isso?

Ele estava surpreso.

- Foi você não ter acreditado em mim. E agora eu vejo que ainda não acredita. - Puxei minha mão de seu peito bruscamente - Vocês dois se merecem, um cego e uma golpista de quinta!

Dei passos para sair dali mas as palavras dele me pararam por um minuto.

- Eu só preciso que diga que me ama e eu acabo com essa palhaça de casamento. - Ele diz por fim.

A minha mente para, tudo estava congelado ali, quando eu finalmente digo algo que talvez eu me arrependa, mas como eu sempre digo, quero me arrepender das coisas que eu fiz, e não das que eu não fiz.

- Se até você acha esse casamento uma palhaçada, por que vocês não constroem logo um circo e me esquecem?

Meus passos eram fortes e o barulho do salto estava alto, ou talvez fosse só o calor do momento, eu estava satisfeita com o que fiz, mas estava quebrada por dentro.

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