Capítulo 3 - A Decisão (Parte 2)

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- Doutor Rivaille, por favor se dirija para a sua sala. - A voz no rádio alertou.
Retirando o rádio do cinto apertou o botão. - Estou ocupado.
- É de extrema urgência!
Bufou e continuou. - Estou há caminho. - Desligou o parelho e o colocou na cintura novamente.

De tanto afagar os cabelos, Eren acabou dormindo por causa do gostoso cafuné. Rivaille retirou a máscara de oxigênio, selou um beijo e a colocou novamente com cuidado.
Saiu em disparada para voltar o mais rápido possível.
Chegando em sua sala entrou e a porta em suas costas se fechou bruscamente.

Se virando viu a enfermeira Petra com um semblante sério e um pacote nas mãos… observou o pacote por alguns segundos.

"Os pertences do Eren." Pensou. - Já sabe de tudo. - A ironia era perceptível.
-  Por isso sempre estava com ele… e o encontrei na sua casa quando fui te visitar… ELE É UM PACIENTE! Está arriscando sua carreira…
- PETRA!

Ela se calou depois da voz potente.

- Vou doar o meu coração para ele.
- O quê? - Mal podia se ouvir a voz.
- Só aguardo os exames de compatibilidade.
- NÃO!? Não pode fazer isso! - Largou a sacola no chão e segurou bruscamente o avental dele.
- Você me ama?

A cabeça dela afirmou que sim.

- Então… você morreria por mim?
Petra o soltou e deu um passo para trás. - Morrer?
- Se não é capaz de responder essa pergunta, não sabe o que é amar de verdade. O verdadeiro amor exige sacrifícios. Se você não é capaz de sacrificar nada, não sabe o que é o amor.

Petra colocou as mãos sobre a boca e começou a chorar. Ele á puchou para si e deu um abraço.

- Sempre tive um grande respeito por você. Gostaria que auxiliasse Erwin na cirurgia. - Sussurrou no ouvido dela.
- Vou sentir… sua falta.
Um sorriso debochado saiu dos lábios de Rivaille. - Da minha maneira… mas, de certa forma também sentirei falta de tudo e de todos.

[…]

A discussão na sala do Diretor do hospital Maria durou cerca de uma hora e meia.
O diretor não se importava com a vida de Levi; na verdade sempre odiou, só não queria que o hospital caísse em ruína por causa de uma atitude inconsequente. Erwin explicou a situação, revelou que para não haver processos o doutor Rivaille deveria assinar vários termos que diziam ser de sua inteira responsabilidade aquela ação e que o hospital estaria ileso de qualquer responsabilidade que viesse "cair" sobre ele. O diretor acariciava sua barba branca com o semblante sério, não tirando os olhos de Erwin em momento algum. Bufou. Concordou. Erwin entregou vários papéis para o Diretor assinar e em seguida entregou uma caneta que estava em seu bolso.

Rivaille depois da discussão com a enfermeira Petra, ficou o tempo todo na UTI ao lado de Eren que dormiu o tempo todo. Estavam de mãos dadas e os dedos entrelaçados. A mão de Eren parecia uma pedra de gelo de tão gélida que estava.
Foi chamado pelo rádio. Já estava na hora dos exames.
Demorou para soltar a mão do outro, aquela sensação de nunca mais poder vê-lo novamente o matava pouco há pouco, seu peito doía. Sem olhar para trás soltou a mão e seguiu para para a sala de exames.
Eren despertou por alguns segundos e viu quando seu amado saía dali, seu corpo estava tão cheio de medicamentos que os olhos voltaram a ficar pesados e adormeceu novamente.
O hospital Maria era reconhecido por sua tecnologia e seus médicos eram os melhores!
Já na sala de exames foram feitos todos os exames necessários de compatibilidade e se a saúde de Rivaille estava em ótimo estado; porque isso também poderia afetar de algum modo,  o processo foi um pouco demorado e ainda havia as duas horas de espera para os exames ficarem prontos.
Dispensado, voltou para sua sala e esperou até que os exames ficassem prontos.
Enquanto o tempo não passava, Rivaille retirou da gaveta de sua mesa um papel, envelope e uma caneta, se sentou na cadeira acomodando-se, soltou um suspiro e com a caneta na mão começou a escrever na folha de papel.

FANFIC - Shingeki No Kyojin - Sempre Seu (LeviXEren)Onde histórias criam vida. Descubra agora