Bones

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Aquelas palavras traziam tormento para ele, Barnes estava sendo mesmo bem cuidado por alguém da Hydra? Não tinha nenhuma lógica. Na verdade, tinha sim: precisavam de um soldado poderoso e submisso e o Activo se encaixava nisso. Ele novamente concordou com a cabeça, recebendo leves tapas nas costas, como cumprimento de Pierce.

Quando percebeu, estava sozinho numa espécie de cela, paredes cinzas, uma cama de solteiro singela, com travesseiro, lençol e até mesmo um cobertor que parecia quente e aconchegante, mas havia também uma uma porta transparente e tecnológica que substituía grades de metal – que ele conseguia entortar com o braço sem grande dificuldade -, Bucky se sentia como um pássaro na gaiola, mas diferente do animal, não poderia cantar, e nem falar, ele não queria chamar atenção naquele momento, ainda tinha que processar tudo que existia ali. E se Pierce fosse só um teste? As dúvidas lhe davam dor de cabeça.

Deitado na cama, o homem adormeceu, como não fazia por livre e espontânea vontade há anos. O travesseiro era macio e o cobertor passava a sensação de um abraço, era um pedaço do paraíso em meio as ruínas manchadas de sangue presentes na cabeça do moreno.

Ele chegava a estar sonhando novamente.

[...]

Já era de manhã quando a porta se abriu, Bucky já estava de pé, esperando suas ordens, Pierce apareceu novamente, outro terno, tinha um envelope marrom em mãos, o entregou para o soldado e esperou que ele abrisse. – Essa é sua nova missão, por enquanto é simples, você precisa invadir uma empresa e copiar dados, talvez tenha que enfrentar alguns seguranças, mas o principal é descrição, você deve ser invisível. Entendido?

Barnes lia as informações, estava em inglês e eram bem claras, detalhes sobre a empresa, com o que ela trabalhava, localização das câmeras internas, externas e da sala de segurança, assim como fotos com o armamento padrão dos seguranças e informações sobre a troca de turno dos mesmos, ele deveria ser rápido e não causar vítimas letais, não era nada impossível para o soldado invernal.

- Sim, senhor. – o moreno concordou com a cabeça, guardando os arquivos no envelope e entregando ao mais velho.

- Me siga, você precisa conhecer algumas coisas por aqui.

Bucky obedeceu sem questionar, tentava se concentrar ao máximo no ambiente, sem deixar óbvio que quase o espionava. – Pode observar as coisas, filho. Não há nada a temer aqui, somos apenas soldados da paz, buscando maneiras de melhorar o mundo. Assim como iremos melhorar você. - Ele falava calmo, passava confiança, Bucky precisava ficar atento ou poderia cair numa armadilha mortal. – Chegamos.

Era uma sala, tinha a mesma porta transparente tecnológica que a cela de Bucky e abrira com um cartão de Pierce, entrando o local, cientistas com aventais e outros equipamentos de segurança trabalhavam em objetos até agora desconhecidos para o homem.

- Senhores, esse é o Soldado Invernal, preciso que cuidem dele, desde o braço, uniforme e novas armas, até a saúde dele, não apenas drogas que o mantenham acordado, eu quero ele saudável, em seu máximo.

Não foi preciso grandes explicações, um dos cientistas já guiava Bucky para uma cadeira, similar a de um consultório odontológico. – Sente-se, por favor. – Pierce disse o observando. Bucky sentou e logo outros dois cientistas já cochichavam sobre o braço metálico do veterano.

- Em 3 horas tudo estará okay com ele, pelo menos no que podemos oferecer para ele agora, senhor. Quando a saúde, iremos realizar exames no soldado e começar uma dieta para ajudá-lo, do treinamento eu infelizmente não posso dizer muito, essa área não é comigo, mas, garantimos 100% de sucesso.

[...]

A mente de Bucky esvaziou, abrindo seus olhos, via que mexiam em seu braço, olhou para o outro lado ainda zonzo e identificou um painel com seus sinais vitais. Tudo parecia normal, mas por alguma razão, Barnes se sentia fraco, talvez estivesse com fome.

- Ele está com fome. – o homem disse como se Bucky não estivesse ali. E talvez, não estivesse, ele era apenas um objeto que deveria seguir ordens, como um computador ou algo assim, se para Heiki era um cachorrinho, aqui nem se quer era um ser animado. Ele não negaria que estava melhor ali, comendo, dormindo, realizando exames e até agora, sem estar levando choques ou socos para realizar comandos perigosos. Porém algo gritava na cabeça de James, talvez fosse sua consciência, lembranças do passado, pensamentos embolados era muita informação ao mesmo tempo, ele novamente estava ficando tonto, como se fosse desmaiar.

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N.A: Desculpem a demora e o tamanho do capítulo, nesses últimos meses várias coisas aconteceram e eu acabei me distanciando novamente da fanfic, estou tentando voltar a escrever aos poucos, mas me falta tempo e inspiração.

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⏰ Última atualização: Jul 07, 2017 ⏰

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