Capítulo 12- Virou rotina

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Um mês depois...

     Agora todos os dias Christopher passava de manhã para me dar carona, as vezes Annie aproveitava e ia conosco. 
     Anahi e Alfonso começaram a namorar com um pedido super fofo que Poncho fez questão de fazer na frente de toda a escola com um enorme buquê de flores. Ucker e eu contamos para nossos amigos que nunca estivemos juntos que tudo não passou de uma vingança.

—E ai gatão, pegou a gatinha do primeiro ano?

—Talvez! -sorriu malicioso

    Eu e Christopher eramos como melhores amigos, contávamos tudo um para o outro, eu até ajudava ele a descolar umas gatinhas, não que fosse preciso da parte dele, até porque todas o desejavam, eu servia como "pombo correio" elas vinham até mim e eu passava o recado para ele.

—Aah não me vem com essa! Pegou ou não!? -cruzei os braços.

—Bom Dia gatinha -depositou um beijo em minha bochecha —Bom dia feioso! -tentou lamber Ucker

—Sai daqui nojento!

—Bom dia Chris! -ri da cara de nojo que Christopher fez.

     Logo Annie e Poncho chegaram junto de Mai. Falamos sobre assuntos aleatórios até o sinal tocar e seguimos para a sala de aula.
       O dia passou voando, era sexta-feira então tínhamos combinado de todos irmos para a casa dos Uckermanns fazer uma sessão de cinema em casa.

—Bom eu vou passar em casa para tomar banho e colocar uma roupa mais confortável! -disse Mai.

—Eu também vou.

—Então façamos o seguinte, quando for quatro horas, todo mundo lá em casa, okay!? -questionou Annie.

—Combinado!

    Christopher foi me deixar em casa mesmo eu falando que não precisava se preocupar pois Claudia jaja sairia.

—Pronto ruivinha, está entregue! -sorriu.

—Obrigada Ucker, até mais tarde! -lhe mandei um beijo enquanto saia do carro e ia em direção a porta de casa.

     Ele buzinou e saiu. Subi as escadas e me joguei em minha cama, tentando arrumar coragem de tomar um banho e me arrumar para daqui a duas horas estar na casa dos Uckermanns. Me levantei, peguei minha toalha, liguei a água quente da banheira e retirei minha roupa.
      Quando sai do banho já eram quase três horas, peguei meu celular para colocar umas musicas enquanto me arrumava, aproveitei e entrei em meu whatsapp para ver as mensagens. Havia uma mensagem de Annie em nosso grupo cancelando o filme e uma no privado.

—Amiga, você pode vir aqui em casa por favor?? É muito importante! O Ucker está precisando da sua ajuda.

    No mesmo instante meu coração parou de bater.

O que aconteceu com ele? Por que ele precisava de mim!?

    Me arrumei as pressas, peguei as chaves do carro da mamãe e corri para a casa dos Uckermanns. Quando cheguei Annie atendeu a porta aos prantos nos braços de Alfonso. No mesmo instante ela pulou em meus braços me apertando com muita força, ela chorava tanto que logo senti meu ombro ficar encharcado.

—Annie, está tudo bem! Nós estamos aqui! -disse Poncho tocando o ombro da namorada.

—O que houve!? -perguntei com desespero

—Christopher e a mamãe pegaram o papai no flagra com a empregada -fez uma pausa
—Ucker quase bateu no papai, se não fosse pela mamãe ele havia perdido a cabeça. -respirou fundo tentando se acalmar —Ele está no quarto dele.

     Olhei para Poncho suplicando que ele cuidasse de Annie. Subi as escadas, chegando em frente a porta do quarto dei três batidas na mesma. Não obtive resposta alguma.

—Ucker, sou eu, a Dul! Abre essa porta vai! -quase implorei

Por que ele não me responde? Por que ele não abre logo essa porta!?

—O que faz aqui!? -abriu a porta.

    Sua cara estava péssima e em uma de suas mãos ele carregava uma latinha de cerveja.

—Vim ver como você está. Annie me contou o que aconteceu...

—Aah ela é uma fofoqueira! -me interrompeu.

—Não Christopher, ela só quer seu bem, Annie está tão mal quanto você.

—Se era só isso, pode ir embora. Eu to bem.

    O olhei por uns instantes, respirei fundo e me aproximei entrando no quarto.

—Quantas latinhas você já bebeu? -perguntei ao ver a lixeira cheia delas.

—Não interessa!

—Christopher, eu só quero te ajudar.

—Eu não quero ajuda. Vai embora!

—Ucker...

—SAI!!

    O olhei, abaixei a cabeça, e me dei por vencida.

—Eu sou sua amiga Christopher, eu quero que você saiba que eu to aqui pro que você precisar -o olhei —Eu só queria te ajudar, eu sei pelo o que você está passando.

    Quando eu ia saindo senti meu braço sendo puxado, Ucker me abraçou com tanta força que quase me fez perder o ar.

—Desculpa. Desculpa. Desculpa. Eu sou um imbecil!

—Tudo bem. -correspondi ao abraço.

     Nos sentamos em sua cama, ele deitou em meu colo e eu fiquei lhe fazendo um cafuné.

—Ei, o que você acha de você tomar um banho e eu preparar um café pra você?

—Tudo bem. Obrigada Dul. -deu um meio sorriso e partiu pro banheiro.

    Desci as escadas em direção a cozinha e acabei esbarrando em Anahi.

—Ele está bem? -fungou

—Sim, está ficando. Ele ta tomando banho, vou preparar um café pra ele.

—Ok. Obrigada Dul, se não fosse você eu não sei o que meu irmão poderia fazer! Ele não quis nos escutar, nem mesmo a mamãe.

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