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Entrei correndo na minha casa, estava atrasado.

Mais uma vez.

O mais engraçado é que minha mãe parecia saber que eu estava vindo, pois ela já estava na porta do meu quarto a me esperar.

- Porque demorou hoje, Kim Seokjin?- falou com um tom de superioridade.

Passei olhando pra ela. Vai que ela me joga o chinelo quando eu estiver de costas.

- É que...eu tava ajudando o professor de sexologia.

- Ata.-falou e sumiu da minha porta.-você sabe que não podemos nos atrasar, e fica de papo com professor de sexo. Aliás o que vocês tavam fazendo mesmo?

- Nada, mãe. Ele me pediu para mostrar umas coisas pra ele. Porque ele é novo né.-tirei rapidamente minha roupa e fui para o banheiro.

- Uhum, acredito. Mas enfim, já tá no banheiro?- gritei um "sim"- pois tome logo seu banho. Pior que mulher passa 50 minutos aí dentro.

- Nem passo isso tudo.- desliguei o chuveiro e passei a toalha no corpo.- terminei.

- Teus olhos, Seokjin. Vai banhar direito, filho duma égua.

Impressão minha ou ela se chamou de égua?

Deixa quieto, deve ser a idade.

[...]

- Affe.- falei ao chegar no local onde só se via idosos andando naqueles ferros lá.

Minha mãe me deu um tapa na cabeça.

- Olha o respeito.- me repreendeu, olha só.- Sra.Sook! Quanto tempo.

- É o que?- a velha falou mexendo nos óculos e tacando a cara na minha, talvez para tentar me reconhecer.

- Boa tarde, Sra.Sook.

- Se eu já vou tarde? Nem vou ainda.- falou enquanto olhava agora para minha mãe.

- Foi bom lhe ver.- falei enquanto de fininho me distanciava.

- Kwan veio me ver? Onde?- deixei minha mãe com aquela senhora.

Eu hein.

Comecei a caminhar por aquele centro, que eu era obrigado a toda terça e quinta a vir.

Eu e minha mãe vínhamos cozinhar e ensinar aos idosos a cozinhar né.

Aprender a fazer comida da boa.

O problema é que a maioria não escuta nada e outros esquecem de tudo.

Uma vez a Sra.Bum deixou cair a dentadura na massa de bolo que eu tinha preparado com tanto amor.

Se eu fiquei com raiva?

Que nada, eu sei que eles já estão velhinhos.

Mas eu fiquei triste, pô. Minha massa. Tão gostosa. Tão fofinha. Morreu precocemente.

Um minuto de silêncio por favor.

1.

Pronto já foi.

Eu tive que fazer tudo de novo, para dessa vez um velho que eu nunca tinha visto derrubar no chão porque estava sem óculos.

Nois supera.

- Jiiin!- escutei a voz inconfundível de Kyun Jio. Me virei e vi a garotinha correndo em minha direção.

Ela abraçou minhas pernas e apertou. Abracei sua cabeça porque ela era baixinha e não desgrudava.

- Jio, minha princesa. Me solta um pouquinho.

- Nããão, oppa.- falou chorosa e levantou a cabeça e pode ver seu rostinho lindo.

- Eu queria beijar suas bochechas e ver seu corte de cabelo novo.- ela me soltou imediatamente e puxou minha camisa.

Peguei ela no colo e comecei a caminhar. Beijei diversas vezes as bochechas cheinhas dela.

- E meu cabelo, oppa?- perguntou mexendo nos cabelos negros e longos que estavam cortados na cintura e uma franja a cobrir-lhe os olhos.

- Ficou lindo, como sempre.-a menina riu e me um beijo na bochecha se contorcendo em seguida até conseguir descer do meu colo.

- O seu cabelo loiro também é lindo, oppa!- falou sumindo pelo corredor abaixo.

Ri sozinho e decidi que já estava na hora de voltar para onde minha Omma estava.

Assim que vi os cabelos dela, fui até o seu lado.

- Estava aonde?- ela me perguntou na mesma hora. Credo, nem me viu chegar.

- Conversando com Kyun.

- Kyun Jio? Ela estava aqui a pouco também.-falou minha mãe.- vamos, tá na hora.

Hora de dar aula para idosos.

[...]

Chegar em casa cansado é normal pra mim, mas hoje foi pior.

Kyun Jio teve a brilhante idéia de participar da minha aula. Garotinhas de 7 anos não deviam estar em aulas de culinária profissional.

Ela chegou pedindo para fazer rocambole de leite condensado.

Eu disse que não porque a gente ia aprender a fazer comida para pessoas mais velhas.

Mas ela bateu o pé no chão dizendo que eu era um oppa ruim e que no orfanato ninguém fazia rocambole para ela.

Sim, Jio é uma garota de orfanato, como ela vem pra cá toda semana? Não sei mesmo.

Ela começou o berradeiro e o choro, os idosos ficaram com pena e me fizeram ensinar rocambole pra todos eles fazerem para ela.

ATÉ A SENHORA SOOK, MAIS SURDA QUE UMA VASSOURA FEZ O ROCAMBOLE.

Kyun saiu com 28 pratos de rocambole numa cestinha. Nem pra gritar OBRIGADA OPPA, PELA RECEITA.

Ainda bem que ela não gritou mesmo, já bastava de grito que ela deu na aula, mandando eu colocar chantilly, calda de maracujá, calda de morango, brigadeiro, confete etc etc.

Por isso que ela é gordinha.

Depois que tomei meu banho, vesti meu pijama e fui para a sala assistir novela com minha Omma.

Começou a aparecer um casal homossexual.

Como assim produção? Aqui na Coréia?

Até pisquei o olho, vai que é ilusão.

É verdade mesmo, e minha mãe tá assistindo super de boa.

- Omma.

- Que é.

- O que você pensaria se eu fosse gay?- ela me olhou por um instante.

- E tu não é não? Achei que era.-QUE? Me levantei na mesma hora.

- É isso que a senhora pensa?

- É. Agora cala a boca, olha eles vão se beijar. Aaaah.- minha mãe parece uma adolescente.

Voltei meu olhar para a Tv e vi os dois rapazes aos beijos.

Pois é, né.

...
Ki bostabdkdjem

Sexology;; NamJinOnde histórias criam vida. Descubra agora