Nova realidade

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 Promotor Powell

Três Meses Depois

Receber alta do hospital fora a melhor noticia que tive nesses benditos três meses. Depois de duas cirurgias e de passar sufoco entre dores insuportáveis e ouvindo a repreensão de meus pais pela minha suposta falta de cuidado com a minha própria segurança, eu estava mais forte e pronto para voltar à ativa.

Mas as minhas funções na promotoria de New York seriam limitadas segundo Samuel. O Juiz da comarca fora me visitar e me fez ouvir coisas que não queria. Que queria relutar em similar.

Flash On:

Como alguém conseguia ficar em uma cama mais tempo do que o necessário? Questionei-me remexendo irritado. Estava louco pra ir embora desse ambiente frio e branco. Mas não podia. Não quando minha perna estava engessada e eu não podia sair de lá sem ajuda. Minha família veio em peso me visitar no hospital e foi algo bom em meio ao que aconteceu. Minha sobrinha Bia de seis anos estava nos braços de Rita que chorava a me ver no leito de hospital todo quebrado. Ela ficou sabendo primeiramente o que houve, pois seu marido é tenente da SWAT e fora sua equipe que me resgatara que salvara minha vida.

Seria grato a ele e a sua capitã para sempre, mas não por ter me salvo apenas, mas por ter poupado sofrimento a minha família. Não queria vê-los sofrendo, não por minha culpa. Eu sabia que fora meio negligente em não aceitar suporte policial, mas eu não gostava de ter alguém vigiando meus passos.

– Não demore senhor Marshal. Meu filho precisa de repouso. – disse minha mãe abrindo a porta e deixando-o passar.

–Pode deixar senhora Powell. Será um assunto rápido.

–Tudo bem, vou deixar vocês a sós. – disse se retirando com um sorriso gentil.

– Eu pensei que fosse te encontrar pior Powell. Você esta ótimo! Tirando é claro esse curativo feio em seu pescoço. – falou Samuel quando ficamos sozinhos no quarto.

– Pois é! Não foi dessa vez que conseguiram me derrubar. – respondi com um sorriso presunçoso. Ganhando um olhar duro do meu superior. Sorri torto ao ouvi-lo dizer:

–É bom vê-lo inteiro Powell.

– É bom estar inteiro excelência. Mas o que devo a honra de visita tão ilustre? – indaguei suspeito.

– Bem, digamos que não vim apenas em uma visita de cortesia. – revelou sorrindo.

–Eu já suspeitava. Esses brucutus prostrados em frente à porta do meu quarto me deram a deixa! – disse com raiva.

– Powell, você tem que entender que corre riscos sérios e precisa de proteção. – sempre as mesmas palavras. Isso cansava.

–Sei me cuidar. – retruquei de carranca.

–Percebo muito bem. Percebo tanto que estou aqui te visitando no leito de hospital! Você veio parar aqui inconsciente e ensanguentado. E por um milagre divino suportou uma parada cardíaca e está vivo!

– Ossos do oficio. – falei despreocupado.

–Não, isso é burrice e teimosia. – retrucou sério.

–Senhor peço que se veio me elogiar escolha palavras mais bonitas, essas nem chegam perto de me aborrecer. E a propósito não quero esses bombados na minha cola.

– Não se trata mais de você querer ou não, você vai ter que se acostumar com sua nova realidade. Com os bombados.

–Isso quer dizer? – insiste.

O PromotorOnde histórias criam vida. Descubra agora