Capítulo 7

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Andrew.

Eu me apaixonei e não sei explicar quando ou como. De repente eu comecei a pensar na Anna vinte e quatro horas por dia. Precisei inclui-la nas minhas atividades diárias porque ficar muito tempo longe dela era inaceitável.

Toda vez que eu passava na lanchonete eu parava pra observa-la. Ficava alguns minutos do lado de fora fingindo que estava no celular simplesmente para olha-la. Eu não precisava fazer isso, afinal, ela era minha amiga e além disso, morávamos no mesmo condomínio, mas eu já estava ficando tímido perto dela. Eu já não sabia mais o que dizer ou como agir. E com tudo isso é claro que alguém ia acabar percebendo meu novo comportamento.

O primeiro foi o Kelmer. Ele sempre foi muito observador e observou tanto que me viu olhando pra Anna e ainda olhando pro corpo dela. Que vergonha.

- é impressão minha ou você acabou de olhar pra bunda da Anna?

- eu!?

- ah mas não se faça de besta! Eu vi!

- ah Kelmer por favor vai... não enche!

- arrá! Eu sabia!

- sabia o que? Ficou maluco?

- Andrew você não sabe mentir. Fala logo que está a fim dela!

Isso foi na faculdade, mas ele não parava de tocar no assunto. Estávamos na piscina do condomínio em uma das vezes, Kelmer falava alto e eu quase o afoguei pra ele falar mais baixo. Conversa vai, conversa vem e eu confessei. Pelo menos tirei um peso das costas.

Naquele mesmo dia saímos pra jantar, eu, ele e o Max. Os dois ficaram falando que eu tinha que me declarar, mas eu ainda estava inseguro. A Anna nunca demonstrou nada, nada que fosse além de amizade, então pra mim era difícil saber o que fazer e como fazer.

Depois deles encherem meu saco por semanas eu pensei e decidi me declarar. A festa de aniversário do Max na praia era a minha chance e para a minha sorte eu senti esperança quando disse a ela o que sentia.

Depois de conversarmos na areia da praia, eu a observei entrar na casa e fui para o meu quarto dormir, mas não fiquei em paz por muito tempo.

- ae garanhão! Conta tudo! - Max disse pulando na cama

- conta lindinho. Como foi? - completou Kelmer

- falei com ela. - suspirei fundo

- a gente já sabe bestão! E o que ela falou? - Max insistiu

- disse que ia pensar. - falei esfregando as mãos e relembrando tudo o que ela disse.

Ela tinha que aceitar.

- ah ela vai ficar com você. - falou Kelmer

- como você sabe? - perguntei rindo

- o jeito que ela te olha. - ele deu de ombros

Sorri com o que ele disse.

- e ainda tem a torcida né. O pai dela e o irmão te adoram. - Max completou

- e é recíproco. - falei

- sinto que vocês irão casar. - Kelmer disse batendo as pestanas

Eu ri.

- se o pai dela te disse que sonhou que vocês iam casar é porque a porra tá séria! - gargalhou Max

Eu ri de novo. O pai da Anna tinha virado um confidente. Eu falei pra ele o que sentia por ela em um dia que ele perguntou. Tive que ser sincero, porque se eu tinha a intenção de me declarar, ele ia saber uma hora ou outra.

O RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora