Capítulo 7: O concurso

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Peguei o meu celular e atendi a ligação do professor.
-Alô?
-Alô! - falou o professor com uma voz meio agitada. - Soube da sua mãe espero que consiga o dinheiro pro tratamento.
-Como soube?
- A escola me informou, já que sou o seu professor responsável.
-Hum... Entendi.
- Mas eu tenho uma boa notícia.
- Qual é ?
- Tem um jeito fácil de você conseguir o dinheiro.
- E que jeito seria esse?
- Vai ter uma exposição de artes em um museu famoso. E essas artes serão vendidas por preços bem altos, já que muitas pessoas ricas estarão lá.
- Tá e o que isso tem a ver comigo?
- Irei fazer um concurso na escola e sortear os melhores desenhos para irem comigo a exposição de artes.
- E o que preciso fazer para entrar nesse concurso?
- Você só precisa fazer um quadro muito bem feito, se ele vencer irá para a exposição comigo.
- Entendi, pelo jeito vou ter que me esforçar bastante. Quando é o prazo final?
- Daqui mais ou menos dois meses, não sei bem a data certa.
- Então está certo, será entregue no prazo professor.
- Espero que seja um de seus melhores quadros.
- Será eu prometo! Tchau. - desliguei e fui dormir já que teria aula cedo e já estava cansado.
No meio da noite tive um pesadelo horrível, mas o sonho foi muito confuso também, eu vi minha mãe e do nada ela sumiu, vi também os meus amigos me deixando, vi Helena e ela estava me olhando com uma expressão meio triste, enquanto se virava e ia embora em meio a escuridão. Acordei no meio da noite todo suado e ofegante depois deste tremendo susto, olhei no celular e era apenas 4 horas da manhã.
Três horas e meia depois.
- Ei cara, você está bem? Está com uma cara de sono. - perguntou Zack?
- Estou, só não dormi direito essa noite.
- Por que estava com insônia?
- Não é nada disso, é que tive um pesadelo e acabei perdendo o sono.
- Como foi o pesadelo? - perguntou Will.
- Não foi nada demais, não precisa se preocupar.
- Se não foi nada demais porque perdeu o sono?
- Não sei também! - respondi meio irônico.
- Tem certeza que não foi nada? - perguntou Zack.
- Tenho. - respondi.
- Poxa cara, nós somos melhores amigos, se algo não está bem com você pode me falar. - falou Zack meio desapontado.
- Nos conte!!! Nós somos seus melhores amigos. - falou Will meio irritado.
- Não foi nada demais já falei. - respondi enquanto saia.
- Ele não está bem. - sussurrou Zack para Will. Mesmo assim eu ainda tinha escutado e segui em frente.
- Espere aí! - falou Will correndo atrás de mim junto de Zack.
- O que foi? - perguntei.
- Você está meio diferente hoje, porque está assim? - perguntou Will.
- Não estou diferente, estou normal só que com um pouco de dor de cabeça... Ah é verdade! Não contei para vocês tenho uma notícia boa para contar.
- Fale senhor! - falou Zack com um tom de piada.
- O professor de artes irá fazer na escola um concurso para ver quem ele irá levar para uma exposição de artes, o quadro que ganhar será vendido por um preço alto. Se eu ganhar talvez consiga dinheiro suficiente para pagar a cirurgia de minha mãe.
- Sério, que legal. Essa notícia não é boa e sim ótima! - falou Will muito animado com a notícia.
- E do jeito que você desenha bem não duvido que ganhe. - falou Zack sorrindo.
- Sim, mas não podemos esquecer que ainda pode ter alguém que desenhe melhor do que eu na escola. - falei com ar pessimista.
- Nãooooooooo... Relaxa você é a pessoa que desenha melhor na escola inteira, só precisa ter confiança. - falou Zack orgulhoso.
- Qual desenho você quer enviar para concorrer? - perguntou Will.
- Acho que o desenho que fizemos juntos para o trabalho.
- Tem certeza? - perguntou Will.
- Sim, aquele desenho ficou muito bom, então acho que vale a pena tentar com ele.
- Está certo, se você prefere este. Mas quando irá acontecer este concurso? - perguntou Zack.
- Acho que daqui um mês e meio. - Respondi enquanto passava a mão na cabeça.
- Ainda tem bastante tempo para decidir que desenho usar. - falou Zack despreocupado.
- Tem que ser bom, é pela saúde de minha mãe. - falei triste.
- Não precisa se preocupar tanto! - falou Will enquanto me dava um tapinha nas costas.
- Eu sei, valeu por se preocupar.- eu saí andando e eles foram atrás. - Me desculpem mas poderiam me deixar um pouco sozinho? - falei enquanto implorava com as mãos.
Estava andando pela escola e do nada minha cabeça começou a doer muito por causa da gritaria. Cobri meus ouvidos com minhas mãos com muita força, e do nada senti uma mão no meu ombro.
- Ei Derick você está bem? - olhei para trás e vi Helena, já não estava muito bem e quando a vi piorei mas tentei disfarçar.
- Estou! - respondi meio ofegante.
- Tem certeza você parece estar bem mal?
- Tenho, é que estou com um pouco de dor de cabeça e essa gritaria não ajuda.
- Entendi, cadê seus amigos eles estão sempre juntos de você?
- Estão por ai, eu meio que não estou me sentindo muito bem, então pedi para ficar sozinho.
- Quer que eu saia então?
- Não você me acalma um pouco.
- Fico feliz!
- Sabe agora que eu fui perceber que não te conheço muito bem.
- Verdade, nós mal conversamos direito para nos conhecer melhor.
- Então, tem algo que queira saber sobre mim? - perguntei meio tímido.
- Vamos ver... O que você mais gosta de fazer?
- Como assim? - perguntei sorrindo torto.
- Tipo assim, eu gosto de escutar música e ler. E você?
- Ah tá, agora entendi, eu gosto mais de desenhar sempre gostei. - respondi meio sem jeito.
- A quanto tempo você desenha?
- Já faz algum tempo mas não desenho muito bem.
- Um dia você pode me mostrado os seus desenhos? - perguntou interessada.
- Claro um dia desses trago pra você ver. Você disse que gosta de música, mas que tipo de música você gosta?
- Eu gosto de vários estilos de música mas meu preferido ainda é o rock, tem algumas que me acalmam e quando estou escutando perco a noção do tempo.
- Também gosto desse estilo de música mas prefiro o punk rock! - falei meio alegre. Você não tem jeito de quem gosta de rock.
- Todo mundo diz isso mas eu não acho.
- Bem... É que você parece gostar mais de música pop que estão na moda.
- Por que você acha isso?
- Por causa das suas amigas, elas tem jeito de quem gostam desse estilo de música.
- É, elas gostam desses estilos de músicas, eu até curto mas nem tanto assim. Elas são bem patricinhas.
- Pra que falar assim delas, não são tuas amigas?
- São sim, mas continuam sendo patricinhas não posso fazer nada. - comecei a rir. - Do que você está rindo? - perguntou emburrada que na hora pareceu muito fofa.
- Do jeito que você falou, pareceu engraçado. - falei enquanto parava de rir.
Nós ficamos conversando até o recreio acabar, eu me despedi e saí; nós combinamos de nos encontrar depois da aula, para irmos juntos para casa. Depois do que aconteceu me acalmei um monte e parecia que as coisas haviam melhorado de alguma forma, mesmo que muito pouco pelo menos a dor de cabeça havia passado.

Nota do autor:
Oiiii espero que tenha gostado desse novo capítulo.
Eu adoraria se vocês leitores pudessem compartilhar minha história para os seus amigos nas redes sociais ou recomendar ela para alguém ,seria de grande ajuda . Obrigado por lerem !!!

A espera de um dia melhorOnde histórias criam vida. Descubra agora