Estaca zero

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-(Revisado)-
Leslie.

O inverno chegou, e os avisos de furacões também, a cidade parecia deserta, todos os locais de atrações turísticas estavam fechadas, sem turistas sem dinheiro, aqueles 100 dólares estavam quase para serem usados, mas minha maior preocupação é que realmente chegasse o furacão e pelo o estado e condições dela diria que ela não aguenta nem mesmo uma chuva pesada, por sorte o litoral ficava do outro lado da cidade e seria impossível as ondas levarem minha casa.

Desta vez me arrisquei a ir um pouco mais longe para ver se eu conseguia clientes, para de frente ao um prédio espelhado e olho meu reflexo, fazia alguns dias que eu não tomava banho, mas a culpa não era minha, meus banhos eram na beira do rio e com aquela agua congelante eu no minímo ficaria doente, meus cabelos estavam presos em um coque para amenizar a oleosidade, minhas roupas estavam sujas de tinta, os tênis de lama, eu estava um pouco mais magra do que a um ano atrás, mas quem poderia culpar, eu não tinha uma refeição completa fazia tempo, minha bolsa com materiais estava um farrapo mas ainda aguentava firme, me sento na calçada respirando fundo.

Observo um carro preto parar do outro lado da rua, não consigo conter o olhar ao ver um homem alto, de terno e óculos escuros sair de dentro do carro, eu podia jurar que ele estava me olhando, ao atravessar a rua ele passa por mim com passos firmes, porém os passos diminuem e ele volta a andar em minha direção, olho por cima do ombro e ele me olha com desdém, o vejo pegando sua carteira e tirando uma nota de 100 dólares e ele faz algo desprezivel e repugnante, ele soa aquele nariz estranhamente charmoso na nota e a joga ao meu lado no chão.

Uma raiva percorre meu corpo, eu queria socar aquela cara bonita e metida dele e enfiar os óculos em um lugar bem desconfortável para ele, quem ele pensava que era? o rei da inglaterra? Bil Gates? E ainda por cima eu podia ver o divertimento em seu rosto ao fitar minha expressão de raiva e confusão, eu me levanto e lhe dou as costas eu seria capaz de soca-lo até dizer chega.

-Ei!.-Ele fala com a voz firme e eu o ignoro pronta para atravessar a rua-Estou falando com você!

Eu nem ao menos perdi meu tempo em lhe responder apenas fiz um gesto com o dedo um tanto quanto obsceno por cima do ombro e atravessei a rua, riquinho mimado e esnobe.

Sebastian.

Estava indo ao meu trabalho como de costume, estava cansado e estressado demais para me dar ao trabalho de estacionar na garagem como eu sempre fazia, em vez disso parei de frente ao meu prédio, assim que saio de meu carro me deparo com uma garota sentada na calçada do meu prédio, a julgar pelas roupas e aparência era uma mendinga, nem sabia que este tipo de gente ainda existia, atravesso a rua e passo direto por ela mas algo surgiu em minha cabeça, porque não descontrair um pouco a manhã estressante que eu tive? Recuo meus passos e vou até a garota. Pego uma nota bem alta de minha carteira assoo meu nariz na mesma e a jogo no chão ao lado da mendiga , olho com sarcasmo para ela e a mesma olha para nota se levanta e sai andando.

-Ei!.-Falo e ela nem se dá ao trabalho de me olhar-Estou falando com você!

Com certeza ela nem reparou que era uma nota de cem, mas em vez de me olhar ela me manda o dedo do meio por cima do ombro.

Garota insolente , além de ser suja e pobre ainda é orgulhosa, entro em meu prédio furioso, meu dia acaba de piorar, ainda mais.

-Vanessa!.-Chamo a secretaria e ela vem até mim.-Não quero nenhum animal em frente ao meu prédio!.

-Animal senhor?.-Ela me olha sem entender e a ponto para a mendiga do outro lado da rua.-A o senhor esta falando da garota. -Ela suspira.

-Animal, garota, não me importo!.-Entro no elevador e aperto na cobertura.-O meu prédio é um lugar para a alta classe e não quero esse tipo de gente na porta espantando meus clientes!

Moradora de ruaOnde histórias criam vida. Descubra agora