2.7

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Esse capítulo está em primeira pessoa, me desculpem se houver confusão em algumas partes, mas não achei uma maneira de não o deixar confuso. Leiam tudo com atenção pois tem muito spoiler aqui e esse é um dos capítulos mais importantes da estória.

Boa leitura.

"O sol me tira o fôlego, o mundo me tirou tudo o que eu tinha. Sem escolhas, não tenho nem uma alternativa. Sob a lua, recolho o meu eu estilhaçado." (4 O'Clock - V & Rap Monster)

Tudo estava estranho, minha visão estava desfocada e ondas passavam por meus olhos. Em alguns momentos eu sentia como se estivesse me afogando por dentro fazendo com que levasse as mãos ao pescoço. Meu corpo foi lançado ao chão e eu pude sentir algo quente a baixo, minha visão voltava a se focar aos poucos, e assim consegui enxergar onde estava.

Era a minha casa. Mas ela parecia diferente. Havia sangue por todo o banheiro e eu estava ali, sentado ao chão segurando uma lâmina em mãos. Em questão de segundos foi como se eu sentisse tudo o que o meu outro eu sentia, e sem que eu percebesse já segurava uma lâmina nas mãos e imitava os movimentos do outro voltando ao começo de sua memória sobre aquilo, junto a seus pensamentos e sentimentos.

Eu sinto um vazio em meu peito todos os dias. A lâmina dança em meu pulso de forma delicada, ela conhece todos os cantos, conhece cada pedacinho de meu pulso, os dois são velhos amigos.

O sangue cai.

Ele cai no chão formando uma pequena poça, ela é linda, o vermelho do sangue colore o azul do azulejo do banheiro. Vermelho e azul, uma mistura linda entre cores.

Seokjin acha que estou louco, que fazer isso é errado, ele grita quando vê meus pulsos, e corre para os braços de seu namorado chorando, ele diz que estou doente e que devo me tratar, mas a voz na minha cabeça continua me dizendo para deixar a lâmina deslizar.

Eu não sinto, não sinto a dor, não depois do que ele fez, não depois que Taehyung me deixou.

Nós éramos felizes, ele sempre dizia me amar, ele sussurrava em meu ouvido, fazendo promessas de não me deixar. Eu fui tolo, eu acreditei, eu o amei, amei tanto ao ponto de matar por ele, a ponto de deixar minha vida por ele.

Sim, eu matei. Eu a matei.. Por ele. Eu a torturei, ouvi seus gritos, e seus pedidos de misericórdia, vi suas lágrimas e ouvi meu nome sendo sussurrado pela última vez de seus lábios. No fim, o último som que ela ouviu foi o disparo da arma direto em sua testa.

Taehyung sorriu para mim, e me fez queimar todo o prédio com o corpo dela. Ele me usou, me usou como sua arma mortífera.

Toda aquela lembrança foi se esvaindo aos poucos dando lugar para outra lembrança, mas só que dessa vez aquela lembrança não era minha, e sim de Jimin.

- Queria me ver princesa? - Jimin adentrava em um quarto totalmente branco e ali se encontravam Yoongi, Changkyun e uma mulher que pela sua fala deveria ser a princesa do céu.

- Jimin, eu soube que você foi enviado para a terra pois sua aura o levou. E que você é protetor de um mundano chamado Jeon Jungkook. - A mulher dizia enquanto se locomovia pelo quarto em passos lentos.

- Sim, mas o que quer dizer?

- Auras só te levam para seus mundanos quando eles estão correndo perigo certo? Você por acaso sabe o que está colocando Jungkook em perigo? - Arqueou as sobrancelhas encarando Jimin.

Deadly Machine • »Jikook« [EDITANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora