Ando procurando por desculpas.
Intencionais, momentâneas, ridículas e até errôneas.
O que possa me incluir nas insetas culpas
Ou que possam criar em mim mesma uma personalidade inidôneaO que desculpas são, afinal?
Incrementos na vida de quem está entediado, proibido, já excomungado
Vívido uma vez que o contrato de morte foi assinado
Balada triste sem final, decretada a qual
Se deu início dos seus olhos azuis o encaroAgora choro, me canso, me bato
Me alegro, me estranho, me sinto acabado
Não sei se sua expressão me convida para perto
Ou eu me sinto longe demasiadoSe me sinto alto em metro
Ou se minha auto estima me puxa pra baixo
Não há como ser direto
Só queria que entendesse do jeito certo
Antes que as ilusões descessem pelo raloPor isso, crio, reinvento desculpas
Enfiando cada vez mais fundo as ferpas
E me torturando para estar preparado para avistar seu sorriso presunçoso em qualquer lugar por aíE não parecer tanta coisa assim.
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Nuvens de Algodão
شِعرPoemas e canções. Sobre a amizade, o amor, a ignorância, a decepção. Sobre esperança, sobre humanidade, sobre qualquer coisa que vier na cabeça. Porque poesia sempre será poesia. Uma canção sempre será uma canção. E o mundo continuará como está, não...